quinta-feira, 31 de agosto de 2006

O debate do milénio

Tenho muita pena que os americanos não tenham aceite a proposta dos iranianos para juntar Bush e Ahmadinejad num debate televisivo, a dois. Julgo que seria um espectáculo a todos os níveis notável, com aqueles que provavelmente serão os dois maiores palhaços que há hoje na política mundial. Uma sala em que estivessem aqueles dois não acolheria QI suficiente para um homem normal, e vê-los a "esgrimir" "argumentos" na TV devia ser uma delícia.

Outro debate delicioso seria um que juntasse Olmert a Kim Jong Il, mais duas figuras de topo da cretinocracia internacional.

Qual wrestling, qual carapuça!

Ignorâncias

Há a ignorância e há a inguenurânssia, que é assim uma ignorância ignorante, com aditivos. Adubo, portantos.

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Vale de Almeida

É por causa de coisas como esta que eu gostava mesmo que o MVA se preocupasse menos com a sua, e dos outros, condição de homossexual e escrevesse mais. Porque a orientação sexual devia ser irrelevante mas o talento não, em vez do contrário.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Blogue novo

É para avisar que tenho desde hoje um blogue novo, com tema muito específico e em inglês. Chama-se Thousands of Planets. Welcome aboard!

domingo, 27 de agosto de 2006

Maravilhas do Unicode

Acabei de receber um spam em Unicode: o endereço vinha em caracteres latinos, o título vinha em hebraico e o corpo em cirílico russo.

Como reconhecer canalhas

Há muitos anos, costumava pensar que os canalhas se reconheciam pela forma insidiosa como fazem as coisas. Pela intriga. Pelas mentiras bacteriologicamente puras e pelas meias-verdades que emitem, aquelas mais em privado, estas mais em público, pois aquelas são mais facilmente detectáveis que estas. Por determinarem as suas relações sociais pelas vantagens que delas se julgam capazes de obter. E há, de facto, canalhas que se podem detectar assim. Mas há-os também de outro tipo, canalhas-camaleão que se confundem com o meio numa camuflagem mimética, por vezes durante anos a fio, escondendo de todos e até de si próprios a sua condição de canalhas, até que de repente, sem que nada sirva de sinal, lançam o seu ataque, em geral quando a vítima está mais desprevenida e mais solitária. Estes são muito mais daninhos, muito mais perigosos. Não só porque se aproveitam com eficiência da confiança que neles é depositada, mas também porque, tantas vezes, para o mundo lá fora é como se nada se tivesse passado. As suas canalhices não costumam deixar provas. Eles conhecem-nas, as suas vítimas também, mas para os outros, todos os outros, permanecem tão impecavelmente dissimulados como sempre. Os mais canalhas desses canalhas começam então a fase seguinte: a calúnia em privado. O raciocínio é simples: há que corroer a credibilidade da vítima caso esta resolva denunciá-los. Faz parte do mimetismo. É assim que são capazes de voltar a desaparecer no meio da multidão, disfarçados de homens ou mulheres como os outros à procura dos próximos "amigos" insuspeitos. Há quem consiga viver assim uma vida inteira e ser recordado como um bom ser humano. Há quem conseguiria assim viver durante vinte vidas, se as tivesse. Indetectável. Camaleão perfeito. Mas nem por isso menos canalha.

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

A definição mais estúpida do Universo

Era difícil, mas os astrónomos reunidos em Praga conseguiram: depois de um início prometeder, que parecia destinado a, finalmente, colocar algum bom senso na nomenclatura planetária, eis que a volta foi de 180º e o que saiu da capital checa deverá ser a mais estúpida definição do Universo. E arredores.

A definição em causa, traduzida, é esta:

A IAU decide, portanto, que os "planetas" e os outros corpos do Sistema Solar, sejam definidos em três categorias distintas da seguinte forma:

(1) Um "planeta" é um corpo celeste que (a) está em órbita em torno do Sol, (b) tem massa suficiente para que a sua própria gravidade supere as forças do corpo rígido de modo que assume uma forma de equilíbrio hidrostático (praticamente redonda) e (c) que tenha limpo a vizinhança da sua órbita.

(2) Um "planeta anão" é um corpo celeste que (a) está em órbita em torno do Sol, (b) tem massa suficiente para que a sua própria gravidade supere as forças do corpo rígido de modo que assume uma forma de equilíbrio hidrostático (praticamente redonda), (c) não tenha limpo a vizinhança da sua órbita e (d) não é um satélite.

(3) Todos os outros objectos, excepto os satélites, que orbitam o Sol serão colectivamente denominados como "Pequenos Corpos do Sistema Solar".


A isto são acrescentadas três notas:

1. Os oito planetas são: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urrano e Neptuno.

2. Será estabelecido um procedimento da IAU para atribuir aos objectos de fronteira o estatuto ou de planeta anão ou de outras categorias.

3 Os Pequenos Corpos do Sistema Solar incluem actualmente a maior parte dos asteróides do Sistema Solar, a maior parte dos Objectos Trans-Neptunianos (TNOs) e outros pequenos corpos.


Onde está a estupidez? Por todo o lado. Para começar dizer que um planeta anão não é um planeta está ao mesmo nível lógico de dizer que um anão não é uma pessoa. Ou de dizer que uma estrela anã não é uma estrela. Ora, como o Sol é uma estrela anã, resulta daí que, a aplicar a "lógica" desta definição, nós, habitantes do planeta Terra, não somos iluminados nem aquecidos por uma estrela. Pior um pouco ficam aqueles de nós que sofrem de nanismo, que não só deixam assim de ser iluminados e aquecidos por uma estrela, como inclusivamente perdem todos os privilégios de pertencer à espécie humana. Se bem que, a ajuizar por esta definição, nesse ponto perdem muito pouco.

Mas se fosse essa a única questão estaríamos nós bem. Longe disso. Acontece que na última década e tal têm vindo a ser descobertos corpos à volta de outras estrelas e até a vogar livres pelo espaço interestelar que vão desde o tamanho de Calisto (uma lua de Júpiter não muito maior que a nossa) até muitas vezes o tamanho de Júpiter. Já vai em mais de 200. Mas, como esta definição diz que só são planetas os corpos do Sistema Solar que giram em torno do Sol, tem-se que os plan... erm... corpos que giram em torno de outras estrelas ficam sem nome. Suponho que se pode propor um, certo? Gambuzinos! Que tal?

Temos, portanto, um universo composto por biliões de estrelas conhecidas (ou não, já que a maioria são anãs e, segundo a lógica da IAU, não serão estrelas... lá vou ter de chamar-lhes outro nome... hum... trelas? OK, trelas!). Recapitulando: Temos, então, um universo composto por biliões de estrelas, muitos mais biliões de trelas, mais biliões de objectos exóticos como buracos negros, pulsares, nebulosas de vários tipos, etc., etc., e depois 8 planetas, pelo menos 3 planetas anões que não são planetas embora sejam planetas, uns quantos objectos ainda indefinidos, largas dezenas de satélites e largos milhares de pequenos corpos do sistema solar, mais duzentos e tal gambuzinos em volta de outras estrelas, trelas e pulsares ou até a vogar livres pelo espaço. E não me perguntem como se chamarão os pequenos corpos que giram em torno de outras estrelas e de outras trelas porque não quero pensar nisso agora, OK? Portanto é isso.

Ou será que não é?

É que há aquela coisa das órbitas limpas e mais não sei o quê. Deixem-me explicar: à medida que se vai passando o tempo, os planetas vão acumulando material vindo do espaço, que vai caindo e formando crateras quando o planeta não tem atmosfera ou a tem fina demais para o tamanho do calhau, ou ardendo na atmosfera quando o calhau é pequeno demais para a atmosfera. Aqui na Terra aos primeiros chamam-se meteoritos e aos segundos meteoros. Lá no espaço, chamam-se todos asteróides ou então poeira. Onde deixa de ser asteróide e passa a ser poeira, ninguém sabe, mas também não quero que me falem nisso agora se fazem favor. Ah, sim, e lá no espaço, são eles que fazem as crateras da Lua, por exemplo.

Ora bem, em tempos que já lá vão, havia muito mais asteróides e poeiras do que há hoje. Como é fácil de entender, quanto maior o planeta mais coisas destas atrai, e ao longo do tempo, vai "limpando" as redondezas da sua órbita. E, como é fácil de compreender também, quanto maior a órbita e menor o planeta, mais devagar ela fica "limpa". Ou seja: um corpo do mesmo tamanho torna-se "planeta" muito mais depressa se estiver onde está Mercúrio do que onde está Plutão. Pior: quanto mais pequeno o corpo, mais afectado é pelos outros corpos; ao fim de tempo suficiente, todos os corpos mais pequenos acabarão ou por se esmagar contra um dos corpos maiores, ou por serem atirados por um destes ou para o Sol ou para fora do sistema. E isso implica que se lhes dermos tempo suficiente, todos os corpos com uma dimensão razoável acabam por se transformar em planetas, mesmo que nada neles mude. Pior ainda, como bem sabemos, ainda hoje a Terra continua a ser bombardeada com asteróides, o que significa, obviamente, que não tem as redondezas limpas. Ops! Acabámos de excluir a Terra do grupo dos planetas?!

Bem, dado que não está definido nem o que significa "limpo" nem o que significa "vizinhança", e dado que há material de pequenas dimensões em todo o Sistema Solar, se formos aplicar a definição à letra, não só acabámos de excluir a Terra do grupo dos planetas como acabámos de excluir todos os planetas do grupo dos planetas! Não é brilhante? De repente, seguindo a definição da IAU, ficámos com 11 planetas anões onde, segundo a mesma definição, devíamos ter 3 planetas anões (que não são planetas, não se esqueçam!) e acabámos de chegar à conclusão que não há um único planeta em todo o vasto Universo! Há é 200 e tal gambuzinos.

Magnífico!

É ou não é a coisa mais imbecil que já viram?

Por minha parte, borrifo-me nos gajos e parto para o radicalismo. As definições devem ser simples. Devem basear-se em propriedades das coisas definidas. Devem ser coerentes. E as propriedades mais evidentes devem servir para definir as subdivisões de nível superior, deixando-se as subdivisões dessas subdivisões para propriedades menos convincentes, ou mais arbitrárias, ou mais incertas. Por isso, a partir de hoje o que é um planeta no meu léxico passa a ser definido pela simples frase:

Um planeta é qualquer objecto que tem massa suficiente para que a sua própria gravidade supere as forças do corpo rígido de modo que assume uma forma de equilíbrio hidrostático e não tem massa suficiente para gerar reacções nucleares no seu interior.


E mainada. Depois disto, subdivide-se em categorias. Querem planetas anões? Com certeza: saem planetas anões, planetas como os outros, mas anões; tal como os planetas gigantes que há (4) em volta da nossa estrela e também (quase 200) em volta das outras são planetas como os outros, mas gigantes. Tal como os planetas terrestres. Ou os planetas satélites (eu avisei que ia ser radical), que seriam planetas de pleno direito se girassem em torno de uma estrela. Querem subcategorizar os planetas? Força! Dêm-lhes com subcategorias em cima. Mas planetas são os corpos suficientemente grandes para ser redondos. Ceres é planeta. A Lua é planeta. Plutão é planeta. Calisto é planeta. Mimas é planeta. Vesta e Pallas vamos ver, tal como iremos ver aqueles trans-neptunianos mais pequenos. "Xena" é planeta. Epsilon Eridani b é planeta, Mu Arae e é planeta. Nada mais simples. E muito mais válido, sob todos os aspectos, do que cretinice que saiu da IAU.

Tenho dito.

Eis como se "ganham" eleições na América?

Um programador afirma, sob juramento, ter escrito um protótipo de um programa que permite adulterar eleições realizadas electronicamente. Aconteceu mesmo? Não é possível saber. Mas que é perfeitamente possível que tivesse acontecido, pelos vistos, é indubitável. E tendo em conta a falta de ética (para não lhe chamar outra coisa) demonstrada em repetidas ocasiões por esta administração americana, parece-me até muito provável.

Brazuca analfabeto ao ataque

Os brasileiros que acharam boa ideia tentar sacar dados aos clientes da Caixa Geral de Depósitos voltaram ao ataque. Desta vez o email é, parece, idêntico. O que é giro é o título: "Todas as contas estão indo ser restringidas, Você confirmará dados."

Quem será que estes analfabetos acham que enganam?

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Viva a eficiência!

A 25 de Julho, paguei pela internet o selo do carro.

O selo, propriamente dito, chegou hoje.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

A Lâmpada Mágica, Março de 2004

Spamesia

297. Fantástico!
298. Roubado
299. Tintureiro
300. Falso
301. Gestalt
302. Desconhecido
303. Faz as malas
304. Duro como pedra
305. Aterrorizado
306. Tempo de jogar
307. Como queiras
308. O meu grito
309. Estatuto
310. Tentativa de ignorância
311. Pausa
312. Métrico
313. Portal para o seu
314. Correio devolvido: utilizador desconhecido
315. Irreal
316. Contrabando
317. Excepção
318. Caos
319. Sexto
320. Projectos no Médio Oriente
321. Alma gémea
322. Conversa
323. A luz das chamas
324. A economia está muito melhor agora
325. Termostato de presunção
326. O palhaço anelar
327. A exaustão da maçaneta

Diversos

- Como é óbvio...
- LOL

Este blog e os outros

- Os fins, os princípios, as motivações e os amigos delas
- Trigésimo sétimo
- A formiga no carreiro
- O Technorati passa-se...
- Olha quem bloga também...
- A propósito do estupido

FC&F

- Novidade no E-nigma
- Novidade no E-nigma
- Nova novidade no E-nigma

Política

- Há muito tempo que não me indignava tanto
- Sobre o spamema 305
- Em todo o caso, não deixa de ser curiosa...
- Compreende-se, mas é ridículo
- Dava tudo para estar neste momento em Madrid...
- ¡Y Viva España!
- Tinha vontade de escrever qualquer coisinha sobre o pós 11/3...
- E fica tudo dito em meia dúzia de palavras
- Os maiores aliados do planeta
- E se fosse só a guerra e o terrorismo...
- E agora? Que irão os pró-prisão desencantar a seguir?

Música

- Declaração solene

Literaturas

- Anúncio
- Entrei em órbita

Tentativas de humor

- A chatice de deixar de ligar à bola...

Internet

- Estes gajos do Google são uns subversivos...

Já anda por aí a cor do céu

Já anda por aí, nas livrarias e, espera-se, também nas mãos dos leitores, o primeiro livro traduzido por mim da capa à contracapa. A Cor do Céu, chama-se ele, escrito por um senhor inglês chamado James Runcie. Quem me conhece das FCs e dos fantásticos poderá supor tratar-se de algo ligado ao género. Pois não é. É um romance histórico passado um pouco antes da Renascença entre a Itália e vários pontos da Ásia, entremeado com uma história de amor e uma chegada à idade adulta muito invulgar para o tempo.

Gostei de traduzir este livro. Embora não seja o meu tipo de livro favorito, não faça parte do meu género favorito, gostei da prosa do Runcie, da forma como construiu a história, da maior parte das personagens. E espero ter feito bom trabalho.

(Adenda: Quem quiser, pode ler o primeiro capítulo no site da Saída de Emergência)

Ganda post!

Grande post, este, do Daniel Oliveira!

Desabafo

É uma grande trabalheira, isto de dar volta a mais de duas mil mensagens de email. Esta história de se estar ligado, à distância de um clique, tem mais que se lhe diga em termos de trabalho envolvido e tempo dispendido. Só quando as mensagens se acumulam assim é que um tipo se aparcebe bem deste facto, que no dia-a-dia normal passa despecebido na rotina.

Uf.

Faltam mil, mais coisa menos coisa...

domingo, 20 de agosto de 2006

Fim

Fim do retiro. Fim da primeira e mais longa e complexa parte do trabalho. Regresso à vida. Agora, é ver o que se passou na minha ausência e descansar um pouco. A primeira parte significa, entre outras coisas, tratar as mais de duas mil mensagens de email que tenho acumuladas. A segunda, não sei ainda, mas se calhar quer dizer dormir. Ah, dormir...

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Uma interrupção no retiro

Faço uma interrupção no meu retiro, que ainda deverá durar mais três dias. É que já se conhece a proposta de definição de planeta que os astrónomos vão votar a 24 da Agosto. E (oh, que bem que sabe!) é muito parecida à que eu há muito tempo que penso que é a melhor, e da qual já falei aqui e aqui. Ou seja: o que interessa, caso a proposta passe (e tudo me faz crer que sim), é a forma e se esta forma é causada pela gravidade. Em "tecniquês", pretende-se saber se o corpo está, ou não, em equilíbrio hidrostático. Se estiver, é planeta, salvo se for satélite; se não estiver, não é. Ou seja, na prática, se for grande e mais ou menos esférico, é planeta; se mais parecer uma batata grande demais, não é.

Depois há uma peculiaridade que tem a ver com os satélites. Naqueles dois posts que estão linkados acima, falo das luas como uma espécie de planetas que giram em torno dos planetas principais; pois bem, na definição proposta para planeta, há luas que passam realmente a planetas. No nosso sistema só há uma, mas poderemos descobrir mais noutros sistemas (ou até talvez neste, entre os muitos mundos que ainda estão por descobrir nos confins do sistema). Isso acontece quando o centro de massa do sistema não está dentro de nenhum dos corpos, falando-se nesse caso de planeta duplo (ou triplo, ou quádruplo, etc.), sendo que cada um dos corpos é elevado à categoria de planeta.

Assim, caso a proposta seja aprovada (sim, sim, sim), o nosso sistema passará de imediato a contar 12 planetas em vez dos actuais 9:

Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Ceres (antigamente o maior dos asteróides, mas mais antigamente ainda o quinto planeta, como agora... às vezes há círculos engraçados), Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão, Caronte (ou o planeta duplo Plutão-Caronte) e 2003 UB313 (nome provisório; o definitivo deverá ser bem mais atraente que isto, mas talvez menos atraente do que a alcunha, Xena).

Além deste grupo, há mais um par de mãos-cheias de corpos que estão sob avaliação pela União Internacional de Astrónomos, à espera de se conhecerem mais coisas sobre eles para decidir da sua pertença ao clube ou não. São eles:

Vesta, Pallas e Hygiea, actualmente chamados asteróides, e ainda 2003 EL61 (alcunhado de Santa, isto é, Pai Natal), 2005 FY9, Sedna, Orcus, Quaoar, Varuna, 2002 TX300, Ixion e 2002 AW197, todos ou Objectos Trans-Neptunianos, ou "Objectos Dispersos do Disco" (será assim que se traduz isto?). Nem todos estes mundos passarão a fazer parte da lista de planetas, mas é certo que alguns sim. E ainda há muita coisa por descobrir lá longe, onde a luz quase não chega e o calor menos ainda. É provável que um destes dias o sistema solar tenha mais de 20 planetas, ou mais de 30, ou até muitos mais do que esses.

E levaram eles este tempo todo para decidir uma coisa tão óbvia... tsc, tsc, tsc...

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Fora do mundo

Ao longo das últimas semanas, salvo umas palavrinhas ocasionais aqui para a lâmpada e umas olhadelas aos noticiários durante as refeições, tenho andado por completo por fora do mundo para ver se consigo terminar um trabalho por entre o cagaçal das obras, de um atrasado mental que passa os dias aos berros na vizinhança e dos veraneantes que, lá porque eles estão de férias, acham que todos os demais têm de estar também e, logo, ninguém se incomoda com os ralis que fazem na rua, com a música que põem a altos berros, com os seus próprios altos berros enquanto conversam às quatro da manhã por baixo de janelas que não podem ser fechadas por completo por causa do calor.

Segundo o plano inicial, o grosso do trabalho deveria ter terminado hoje. Deveriam seguir-se uns diazitos de descanso e depois mais quinze dias para retoques.

Não terminou.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

A notícia do dia

Se o que os ingleses anunciam é verdade (e isto não é certo, que a polícia britânica não tem um registo lá muito bom no que diz respeito a ameaças terroristas; basta lembrarmo-nos do Jean Charles de Menezes), então é uma óptima notícia. É assim que se combate o terrorismo. Precisamente assim. Desbaratando planos e prendendo culpados.

Que contraste com o que fazem israelitas no Líbano e na Palestina e americanos e os próprios britânicos no Iraque, que mais não é do que aumentar a força, o número e a legitimidade dos terroristas! Que contraste com fingir que se combate o terrorismo com mais terrorismo, mostrando que não há diferença nenhuma entre um lado e o outro, a não ser que o lado pretensamente não terrorista é muito mais mortífero e muito mais indiscriminado do que o outro! Que contraste com o assassínio de civis aos milhares em nome da "democracia", associando para sempre esta palavra que deveria ser nobre à brutalidade mais abjecta, à tortura e à morte! Que contraste!

Era assim que devia ser sempre. Sempre! Se fosse sempre assim, o fascismo islâmico não cresceria todos os dias.

A serem verdadeiras as notícias, a polícia britânica mostrou hoje como agem os que não são aliados dos terroristas. Quanto aos outros, continuam a matar.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Da degenerescência dos nomes famosos

Acabei de receber um spam de um tal Gagarin. V. B. Gagarin. Felizmente ainda resta o nome próprio e o patronímico.

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Milagres da guerra

A selvajaria e barbárie israelita um dia destes consegue uma proeza que não estará longe do milagre: unir o Líbano.

sábado, 5 de agosto de 2006

Maravilhas da publicidade

"Tiras fixativas"?!?!

Não seriam "fixadoras"? Ou "fixantes"? Fixativas?!

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

O tempore, o mores

Bandeira, a verdade é que se perguntares por aí o que vem a ser um daguerreótipo, o mais certo é responderem-te que é um tipo com diarreia.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Uma perguntinha

Será que uma organização política onde militem fascistas é uma organização fascista? Se a resposta for não, há que perguntar então que nome se deve dar a uma organização política não-fascista que tolera fascistas no seu seio. E mais ainda se os tiver em lugares de destaque. Se a resposta for sim, há que perguntar então porque motivo não chamamos fascista ao PSD. Afinal de contas o Palhaço Jardim é, clara e indiscutivelmente, um fascista.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Algarvios, agarrem-se

Aí vêm os bárbaros!

Alguns, aliás, já cá estão há alguns dias. É vê-los aos berros pela rua às duas da manhã, ou a fazer ralis (com carros provavelmente alugados) à uma.

Os bárbaros, depois de encherem esta terra de lixo durante mês e meio (quinze dias cada bando) voltarão para as suas, a falar mal dos bárbaros que encontraram por cá.

E antes que me caiam em cima, não, nem todos os turistas são bárbaros. Os bárbaros são quase sempre turistas portugueses. Os estrangeiros, mesmo os que para cá vêm em "trabalho" assaltar carros, roubar carteiras ou vender aquelas coisas que não se vendem no comércio tradicional, tendem a ser bem mais discretos.

E se mesmo assim me quiserem cair em cima, não, nem todos os turistas portugueses são bárbaros. A percentagem nem sequer deve ser grande, talvez uns 10% ou até menos. Mas é muito mais do que suficiente para infernizar a vida a todos os demais.

E se mesmo assim me quiserem cair em cima, se forem do sexo feminino e não muito pesadas, já podem.

Pereira contra pereira

Ah! Ganda Ricardo, pá!