quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Ficção real ou realidade ficcional?

Houve duas coisas que me fizeram regressar hoje ao blog (desculpem a longa ausência, a propósito, mas tenho bons motivos): o Sagan e um comentário.

Do Sagan já tratei na posta abaixo. Com uma profundíssima vénia. Vamos, então, ao comentário.

É que não podia deixar em claro o comentário que uma tal Dora deixou hoje na Spam Fiction nº 3, A triste sina de uma rapariga triste. Respondendo, presume-se, ao remate do conto ("sou uma rapariga triste, presa numa eterna adolescência."), a dorita retorquiu com um laminar:

És mas é uma estúpida!!


E eu achei delicioso.

Não faço ideia se a Dora percebeu ou não que aquilo era um conto. Ficção. Falso. Que não é a rapariga triste quem escreve neste blog. Que não é a rapariga triste quem irá ler o comentário. Se percebeu, o ter entrado no jogo é delicioso; e se não percebeu, o próprio facto não o é menos. Achei um piadão.

Beijoca, Dorita. Na testa, não vãs ser também tu adolescente, e a beijoca ser subvertida pedofilamente. Mereceste-a.

Cosmos

Apesar de milhares de anos de tradição que nos tenta convencer do contrário, nada existe mais maravilhoso do que o verdadeiro funcionamento do universo.

Sagan sabia-o bem.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Comentário a Rui Tavares



O Rui Tavares pôs hoje no blogue dele uma posta salomónica, com a qual concordo quase por inteiro. Mas como falta o quase, tentei deixar lá um comentário a explicar o quase que falta. Só que o weblog.com.pt está transformado na maior porcaria que já vi e o comentário não entrou. Assim, aqui fica:

Hm... não pode ser que andes a ler o que eu escrevo em sites de redes sociais... ou pode? Não, não pode!

Como já tinha escrito noutro sítio muito do que escreveste aqui, em forma condensada, menos desenvolvida e menos clara, o amen é óbvio e evidente. Só num ponto discrepo, e discrepo de modo fundamental: nos clássicos.

Não, não devem ser os clássicos a fornecer o esteio do ensino da literatura. Os clássicos atraem os miúdos que gostam de história mas afastam e reforçam o preconceito de que ler é chato em todos os outros. O ensino da literatura deve ser equilibrado, com material clássico, moderno, futurista, etc. e tal e coiso, mas fundamentalmente com material que não só seja boa literatura mas seja também divertido. Que ensine aos putos que ler pode estar muito longe de ser a seca que pensam que é.

Só assim se vai lá. Não com clássicos cheios de teias de aranha e chatos como a potassa, e/ou demasiado complexos para mentes imaturas, descrevendo mundos que não só já não existem mas que não lhes interessam nem um bocadinho. Ainda me lembro das estuchas que apanhei na escola a tentar ler alguns clássicos; se não tivesse já o hábito de ler e livros que realmente me interessavam com fartura, estou convencido de que teria pura e simplesmente desistido.

Declaração de voto

Não, não sou a favor de que se humilhem na praça pública, julguem nos tribunais e encarcerem nas prisões as mulheres que abortam. Basta isso para que vote SIM no referendo que aí vem. Evidentemente.

Oliveira vs. Fernandes

Daniel Oliveira espanca sem contemplações aquele projecto de assessor de imprensa dum partido qualquer de direita chamado José Manuel Fernandes. Imperdível.

(Cada vez mais triste Público!)