sábado, 18 de abril de 2009

Semana

Lá se acabou mais uma semana, e mais uma semana muito pouco produtiva, sob todos os aspectos. Eu chamo-lhe recarregar de baterias, que realmente andavam em baixo. Mas se alguém lhe chamar preguiça eu lá terei de baixar os olhos e raspar com o pé na terra, pois então.

Não que não tenha feito nada. Li os capítulos do próximo livro do Martin que estão disponíveis, quer no último livro (o típico capítulo de chamariz que aparece em todos), quer na web. Depois, escolhi aquele que me pareceu mais interessante, traduzi-o, revi-o e enviei-o à editora. Ou seja: até que o Martin termine e publique A Dance With Dragons, nada mais dele tenho a traduzir.

Isto, claro, se a editora não decidir publicar algum livro fora da série do Gelo e Fogo e não pensar em mim para a tradução. Não se pode dizer que não tivesse a sua piada.

Ah, sim, e também escrevi umas coisas. Tenho um conto quase pronto, o primeiro que escrevo desde há muitos meses. É... bizarro.

O wiki esteve muito parado. Só tem 18 páginas novas desde a semana passada, subindo o total para 16 162. Mesmo tendo em conta que a maior parte do que se fez foi refinamento de material pré-existente, que portanto não entra nas contas das novidades, é pouco.

No que toca a leituras, passei a maior parte da semana a tentar penosamente dar um avanço num romance muito chato, mas ainda li mais umas coisitas. Nomeadamente...

Três crónicas de Saramago. Ninguém se Banha Duas Vezes no Mesmo Rio é um daquelas reflexões filosóficas sobre o tempo e a mudança por que toda a gente já deve ter passado. As Bondosas tem um certo tom neo-realista ao descrever aquilo que terá acontecido à casa de infância da família Saramago. E Cair no Céu é mais um texto umbiguista sobre um momento em que, deitado de costas, o autor se terá deixado dominar pela vertigem do azul. A linguagem é quase sempre saborosa, mas confesso que estas crónicas pouco mais do que isso me estão a dar. A ver vamos o que está para vir.

Li também —E a Lua Continue Assim Brilhante, conto de Bradbury em jeito de western de ficção científica, no qual um dos elementos de mais uma expedição a Marte se decide defensor das cidades mortas do planeta morto, e primeiro deserta, regressando depois para matar os antigos companheiros. É um conto francamente bom se tomado isoladamente, e melhor se torna quando enquadrado na história mais lata a que pertence. É uma das charneiras dessa história.

Por fim, li Four Lawns, um poema razoavelmente longo de Tom Disch. Sabem aqueles textos que se lêem e relêem e nos deixam sem saber o que pensar ou, sequer, se fazem ou não sentido? Pois. Foi o caso.

E é tudo. Até para a semana

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