sábado, 29 de agosto de 2009

Lido: Lying to Dogs

Qual seria a resposta que a sociedade humana daria se, num Universo vazio de inteligência, se descobrisse de súbito uma mensagem oriunda duma espécie extraterrestre extremamente avançada e se soubesse que para enviar essa mensagem os ETs destruiram toda a sua cilivização? É essa a premisa de Lying to Dogs, noveleta de ficção científica de Robert Reed que se ambienta entre um grupo reduzido de técnicos isolados do lado oculto da Lua, atormentados por avarias e atrasos no sistema de comunicações, cuja função é zelar pelo bem-estar do observatório aí construído, e onde estão acompanhados apenas por uma IA. É esse microcosmos da sociedade humana que se vê súbita e fortuitamente confrontado com a mensagem, com o suicídio de uma espécie inteira ocorrido milhões de anos antes, noutra galáxia, e com os pesadíssimos motivos que estiveram por trás dessa decisão. Reed constrói a história habilmente, evitando centrá-la demasiado na ideia em si mesma, o que lhe fornece camadas adicionais de interesse e de literatura. Uma noveleta francamente boa, cujo ponto mais fraco talvez seja o final. Gostei bastante. E fiquei a matutar em como seria um romance baseado naquela premissa, no qual a informação, em vez de ficar confinada a uma mão-cheia de pessoas trancadas no lado oculto da Lua, fosse conhecida por toda a Humanidade.

Brrr... Um tipo até estremece só de pensar.

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