sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010

E lá começou mais um. Que terá, tudo o indica, a dúbia distinção de vir a ser um dos piores anos da minha vida.

É que nem que tudo o resto me corra improvavelmente bem. Nem que o trabalho continue a ser abundante e interessante, nem que o Martin conclua o seu quinto livro, ele seja tão bom como o terceiro (ou melhor, porque não?) e eu o traduza com o mesmo gozo com que traduzi o Storm of Swords. Nem que Unidade em Chamas, a pequena novela que escrevi em Outubro, seja mesmo publicada no Brasil e seja unanimemente aplaudida. Nem que consiga acabar o romance que estou a escrever, ele saia tão bom como eu desejo, e a primeira editora a que o apresentar corra a publicá-lo e consiga vendê-lo como pãezinhos quentes. Nem que me farte de ganhar amigos novos, não perca nenhum dos antigos e os inimigos me deixem em paz duma vez por todas. Há uma coisa, uma probabilidade, uma quase certeza, que se sobrepõe a tudo e fará deste ano de 2010 um ano de merda.

Mas isso é para mim. Que os vossos sejam tudo com que sonham. Que esta economia de bosta que tivemos em 2009 melhore mesmo. Que a porcaria de políticos que nos governa ganhe por artes mágicas um mínimo de qualidade e deixe, já agora, de se dedicar a birrinhas cretinas e faça política, o que implica negociação e cedência. Que o desemprego se transforme em emprego. Que deixe de haver tanto disparate à volta do acordo ortográfico. E que percamos menos tempo com merdas, todos nós, para nos dedicarmos de alma e coração ao que realmente interessa.

Porque o tempo, esse porco, não espera por nada nem ninguém.

Ah, sim, e que voltem cá em breve, porque assim que me passar a neura tenho coisas novas para vos dar.

2 comentários:

  1. Bem, eu sei que não estás com muito boa disposição nem com grandes expectativas para 2010, mas um bom ano para ti ;) Que seja melhor do que dizes aí no post.

    Um abraço.

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  2. Obrigado, pá. Bom 2010 para ti também.

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