terça-feira, 16 de outubro de 2012

Lido: Giza

Giza é um conto curto de ficção científica apocalíptica, de Joe Haldeman. O conto tem o seu interesse, mas tem também o grande contra de mais parecer o delinear de um romance. É um relato histórico, contado por uma personagem que o encerra numa espécie de cápsula do tempo em vésperas de um acontecimento potencialmente cataclísmico, e é o modo como se chegou ao ponto de ser provável o desaparecimento da civilização humana na Terra que o protagonista relata. Trata-se, de facto, de uma história que poderia perfeitamente ser desenvolvida até se transformar num romance, ou no mínimo numa novela. Uma história sobre bioengenharia e as aspirações de um povo antigo — os bascos — à independência e à grandeza, e depois sobre o que acontece quando essas aspirações se veem uma vez mais defraudadas. A construção do mundo é muito interessante, e o esboço do enredo também, mas Haldeman fica-se por aí. E é pena. Talvez tivesse sido melhor escrever mesmo o bom romance que está sugerido por esta história em vez de se ficar por um continho que, tudo somado, pouco passa o razoável.

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