quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Lido: Velho Caxombo Sonhou com o Mar

Velho Caxombo Sonhou com o Mar é mais um dos pequenos contos fantásticos que José Eduardo Agualusa desenvolve com inspiração em velhas notícias saídas nos jornais angolanos de finais do século XIX ou, como no caso deste, no dealbar do século XX. Este, ao lê-lo, fez-me lembrar um velho filme de terror, de que tenho apenas uma muito vaga memória, sobre um forte (seria forte? Não me lembro) que é atacado por um mar de formigas assassinas. Pois é disso que se trata: o Velho Caxombo, o protagonista, guarda de uma pequena empresa agrícola algures no interior de Angola, vê-se de repente rodeado por um mar de formigas e procura sobreviver. Para isso, serve-se do engenho. Mas não contava que o engenho das formigas fosse superior ao seu. É um conto tão bem escrito como seria de esperar em Agualusa, mas pareceu-me demasiado curto para ter realmente o impacto que poderia ter. E também há a tal questão do filme a emprestar-lhe um certo tempero a déjà vu.

Contos anteriores deste livro:

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