terça-feira, 29 de agosto de 2017

Lido: Flip-Flip Crack-Crack

Às vezes há histórias que parecem ser inteiramente óbvias para qualquer leitor com alguma experiência de leitura, mas a páginas tantas, geralmente mesmo no fim ou perto disso, aparece um pequeno detalhe que os arranca à obviedade e recompensa os leitores persistentes. Flip-Flip Crack-Crack, de um Rui Leite de que julgo que nunca tinha lido nada, é uma dessas histórias. Não que seja necessária grande persistência para chegar ao fim; o conto é bem curtinho, o que aliás é timbre de toda a publicação em que se insere. Mas vocês percebem.

Estamos numa biblioteca e acompanhamos um segurança que, na primeira noite de serviço, é acordado pelo título e vai investigar, embora não devesse. O título de que falo é o da história, esclareça-se; uns estranhos ruídos de flip-flip crack-crack vindos de algures. É a investigação, o que lhe acontece por causa dela e as consequências mais ou menos explicativas da aventura que compõem esta história, da qual pouco mais falarei exceto para dizer que estamos em territórios lovecraftianos e que, apesar disso, o conto é mais divertido do que horrendo. Rui Leite brinca com o Mythos e eu, que também já o fiz à conta de um tal Mehamod, só posso achar muito bem.

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