quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Nanocuentos del planeta tierra - quem é esta gente? (1)

Quando começaram a sair as listas de contos aceites para os Nanocuentos del Planeta Tierra, e confrontado com tantos nomes que desconhecia por completo, tive curiosidade de saber quem era aquela gente e fui (devagarinho, muito devagarinho, que isto não tem andado fácil por estas bandas) investigar. Depois, achei que, já agora, bem podia divulgar os resultados da investigação.

Este post é a primeira dessas divulgações. Em parte porque ainda não completei a investigação, em parte porque escrever isto sempre gasta algum tempo, em parte porque não sei se há aí alguém minimamente interessado nisto, aqui está o que consegui saber sobre os dez primeiros autores apenas.

Jenny Kangasvuo foi o primeiro nome a surgir. Não encontrei muita informação e a que encontrei está em finlandês, portanto houve logo recurso ao tradutor do Google. É uma autora finlandesa, aparentemente nascida em 1975, teve um romance publicado em 2012 e ganhou em 2006 um prémio Atorox. O que é isto, perguntam vocês? Pois parece ser um prémio finlandês de ficção científica dedicado a contos.

Balazs Farkas veio a seguir. Depois de me livrar do futebolista com o mesmo nome, descobri que se trata de um escritor húngaro ativo em ficção literária e weird fiction (ou talvez simplesmente horror), nascido em 1987, e com uma lista razoavelmente longa de obras publicadas em húngaro (se o tradutor me ajudou suficientemente bem, o que é algo duvidoso) desde 2005, além de três em inglês.

Dolly Garland foi fácil: o seu site é logo o primeiro link a aparecer no Google. Trata-se de uma escritora com um ar muito indiano e baseada em Londres e uma lista razoavelmente curta de contos publicados, acompanhada por alguma poesia e uma extensa lista de artigos.

Servando Clemens não tem muita informação disponível. Só fiquei a saber que é mexicano de Sonora e que parece ter começado a escrever há relativamente pouco tempo. Parece dedicar-se sobretudo ao horror, mas posso estar muito enganado a este respeito.

Graciela Yaracci é argentina de Buenos Aires e parece ter-se dedicado sobretudo à poesia, ainda que também tenha escrito contos muito breves, por vezes em parceria.

Gergely Buglyó é outro húngaro e mais uma vez lá teve de vir o tradutor do Google em meu auxílio. Aparentemente é escritor e cientista (ciências biomédicas, ajuizando pelos títulos dos papers), baseado em Debrecen, e tem publicada uma trilogia que parece ser de fantasia, além de alguns contos em antologias e online.

Alejandro Bentivoglio é mais um argentino da região de Buenos Aires, nascido em 1979, que parece ter uma ampla produção literária focada nas microficções, coligidas em vários livros que vêm saindo desde 2006. O estilo parece andar entre o absurdista, o fantástico e o poético, possivelmente influenciado por Cortázar.

María Rosa Lojo também é argentina e de Buenos Aires. Nascida em 1954, é uma académica (estudos literários) com quase 20 livros publicados entre o romance, as coletâneas de contos e a poesia, isto para não falar da dezena ou mais de publicações de cariz ensaístico e académico.

So Blonde deixou-me de mãos atadas. Não só tem todo o ar de pseudónimo (significa "tão loura/o" em inglês), como existe um jogo de computador com esse título, o qual domina por completo as buscas no Google. Foi o primeiro nome que me deixou a zeros, mas não deverá ser o último.

José Luis Zárate é um dos poucos nomes que já conhecia. Mexicano de Puebla, nascido em 1966, é um dos mais importantes escritores mexicanos de ficção científica e fantástico (ativo em ambas as vertentes da coisa) e tem uma carreira já longa, pois começou a publicar em 1987, tendo até agora posto cá fora seis romances e vários livros de contos.

E pronto, os primeiros dez são estes. Um dia destes haverá mais.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de idiotas. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.