segunda-feira, 30 de abril de 2018

Lido: Estratégias de Combate

A ficção científica é um género vasto, seja em abordagens, seja em temáticas, estilos, por aí fora. Tão vasto, na verdade, que justifica plenamente a ideia de que se alguém diz que não gosta de ficção científica isso significa apenas que nunca a leu em suficiente quantidade e/ou variedade, pois se o tivesse feito certamente encontraria algum cantinho na FC que lhe agradaria. E, inversamente, não deve haver nenhum fã do género que goste de todo e qualquer tipo de ficção científica que lhe apareça à frente.

No meu caso tendo a não gostar de space opera, embora já tenha encontrado algumas exceções, space operas que apesar de o serem me agradaram. Por vários motivos que não cabem aqui, pois dariam um texto de opinião bastante extenso e isto é uma opinião que se pretende curta sobre um conto também ele curto. Um conto de space opera.

O título, Estratégias de Combate (bibliografia), é autoexplicativo. Estamos no espaço, em guerra, numa reunião das chefias militares de uma das duas frotas em confronto, na qual se delineia a estratégia para a vitória. O fulcro da história é precisamente essa estratégia, e o conto divide-se basicamente entre uma primeira parte em que ela é concebida e uma segunda em que é executada. Carlos André Moraes (Moraes? Ou Mores?) utiliza para isso uma prosa direta e eficaz, de que não se pode dizer que é de grande qualidade mas a que também não é possível chamar má. O ritmo da prosa também não é mau. Mas...

... mas eu achei o conto absolutamente desinteressante. Não há nele uma personagem que seja mais que esboçada, usa, como só podia usar (inovação num conto tão curto com um cenário tão vasto não é propriamente fácil), clichés de space opera mais que batidos, as estratégias parecem-me inverosímeis, mas mesmo que não parecessem só me despertariam indiferença, enfim, não há nele nada que me interesse.

É para mim credível que apreciadores de space opera tenham uma opinião diferente mas eu, que não o sou, achei esta história bastante fraca.

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