tag:blogger.com,1999:blog-5328670.post1238427790955873603..comments2024-02-01T00:07:04.999+00:00Comments on A Lâmpada Mágica: Maria Júlia Pacheco: Risco VermelhoJorge Candeiashttp://www.blogger.com/profile/09670245742463915748noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-75482080188687457282019-12-30T22:42:41.470+00:002019-12-30T22:42:41.470+00:00E não disse em lado nenhum que um protagonista des...<i>E não disse em lado nenhum que um protagonista destes teria de ser representado como um imbecil. Disse que tentei representar o meu como um imbecil. É diferente.</i><br /><br />Peço desculpa, do contexto pensei mesmo que estavas a preconizar esse tipo de caracterização para esse tipo de personagem. (Um à parte, esse tipo de pessoa começa por ser sedutor, manipulador, inteligente, até ter a pessoa tão enredada na sua teia que já não se consegue libertar quando o abuso começa. Se mais pessoas soubessem disto mais alertadas estavam.)<br /><br />Outra possibilidade, neste tipo de histórias da perspectiva do agressor, é este desculpar-se com o choradinho do sociopata: "Vê lá o que me obrigaste a fazer!" Sim, matou-a, mas foi ela quem o "levou à loucura". Choradinho típico do sociopata. A culpa é sempre dos outros, nunca é dele. Não sei se a autora queria abordar isto e não foi bem sucedida. Como disse, era preciso eu ler a história para formar uma opinião.katrina a gotikahttps://www.blogger.com/profile/13265407871970377999noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-23719950253361987812019-12-26T14:04:23.715+00:002019-12-26T14:04:23.715+00:00Sim, seria necessário ler a história. E há espaço ...Sim, seria necessário ler a história. E há espaço para interpretação. A mim pareceu-me desculpatório, na base do "coitado, ele matou-a, e nem queria, porque não podia fazer outra coisa por causa de isto e isto e aquilo". Outros leitores provavelmente farão outras interpretações.<br /><br />E não disse em lado nenhum que um protagonista destes teria de ser representado como um imbecil. Disse que tentei representar <b>o meu</b> como um imbecil. É diferente.Jorge Candeiashttps://www.blogger.com/profile/09670245742463915748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-86170284402227205082019-12-26T05:49:09.703+00:002019-12-26T05:49:09.703+00:00Ok. Pode ser, admito. Não li a história. Desta crí...Ok. Pode ser, admito. Não li a história. Desta crítica, aqui, retirei que ela explicava as motivações e traumas do agressor, não que o desculpava. Há uma grande diferença. E só porque um autor nos põe dentro da cabeça de um personagem não significa que tenhamos de empatizar com ele/ela. Tenho tendência a ler histórias em que os protagonistas são monstruosos, a ponto de desejar que morram no fim, em que eles justificam porque são assim e que motivações (certas ou erradas ) os levam a agir. Estou neste preciso momento a ler um desses, na perspectiva de um serial killer que gosta de matar rapazes para uso necrófilo, e não tenho de empatizar com ele. Se o compreendo? Compreendo muito bem. Como compreendo qualquer serial killer do Mentes Criminosas ou o famoso Hannibal Lecter. Gosto de compreendê-los, de entrar na mente deles. Não é leitura para toda a gente.<br />E também não acho que um protagonista destes tenha de ser representado como um imbecil. Por exemplo, o Hannibal Lecter.<br />A questão aqui parece ser esta: até que ponto é que a autora nos está a mostrar o protagonista da perspectiva dele e até que ponto está a desculpá-lo (ou não). Teria de ler a história para ajuizar.<br />katrina a gotikahttps://www.blogger.com/profile/13265407871970377999noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-22881335436044004852019-12-26T02:35:09.028+00:002019-12-26T02:35:09.028+00:00Pode-se fazer tudo.
E também se pode achar certas...Pode-se fazer tudo.<br /><br />E também se pode achar certas coisas bizarras. Ou será que já não posso achar bizarro que uma mulher escreva uma história de agressão sexista praticamente a desculpar o agressor?<br /><br />E sim, se fosse um homem a escrever faria mais sentido: os homens fazem isso desde sempre. A história da literatura está pejada de histórias em que um gajo qualquer assassina uma mulher porque, coitado, a «amava muito». Escritas por homens, evidentemente, porque na sociedade deles as mulheres eram propriedade. Até estava na lei: o marido traído tinha o direito de matar a mulher. O contrário? Ha! Boa piada.<br /><br />Sempre achei essas histórias profundamente idiotas e, às vezes, sintomas de desejos recalcados. E acho bizarro que uma mulher pareça ir no mesmo sentido.<br /><br />Não é o facto de ela escrever uma história destas. É escrevê-la como a escreveu.Jorge Candeiashttps://www.blogger.com/profile/09670245742463915748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-84666093884955122212019-12-25T21:46:38.716+00:002019-12-25T21:46:38.716+00:00O que leva uma mulher a escrever assim uma históri...<i>O que leva uma mulher a escrever assim uma história destas?</i><br /><br />Não percebo esta dúvida. E se fosse um homem a escrever, já faria sentido?<br />Eu farto-me de ler histórias de monstros e assassinos vários da perspectiva deles, geralmente escritos por autoras (o que é curioso), em que lhes são explicadas as motivações. Se calhar é mesmo por isso: conhece o teu inimigo e isso tudo.<br />Estamos a fica demasiado politicamente correctinhos para o meu gosto, é só o que digo. Então agora já não se pode escrever sobre violência contra mulheres da perspectiva do agressor?katrina a gotikahttps://www.blogger.com/profile/13265407871970377999noreply@blogger.com