tag:blogger.com,1999:blog-5328670.post2747877911559002939..comments2024-02-01T00:07:04.999+00:00Comments on A Lâmpada Mágica: Les bons esprits se rencontrentJorge Candeiashttp://www.blogger.com/profile/09670245742463915748noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-16211745913287184922012-04-22T17:29:35.094+01:002012-04-22T17:29:35.094+01:00Tem havido milhares de reformas ortográficas por e...Tem havido milhares de reformas ortográficas por este mundo fora. Só no século XX houve centenas. Houve até línguas que mudaram de ALFABETO.<br /><br />E já que me fala de Inglaterra, o inglês que se escreve hoje não é idêntico ao que se escrevia há 100 anos. Houve várias atualizações ortográficas em vários países anglófonos ao longo do último século. Pequenas, é certo, mas existiram. Ainda recentemente houve uma polémica por causa da abolição de um apóstrofo.<br /><br />E já agora, era bom que as pessoas que querem ter opinião sobre isto soubessem o mínimo. E o mínimo é, por exemplo, saber que uma coisa é a língua, outra MUITO DIFERENTE são as convenções ortográficas com que ela se escreve.<br /><br />Quanto ao "facto" de só terem havido dois filólogos na elaboração do acordo, é mentira.<br /><br />A esmagadora maioria do povo estar contra é outra mentira. A esmagadora maioria do povo está-se nas tintas. E a esmagadora maioria do povo que acha que está contra foi de tal maneira aldrabada por graçamouras que julga que vai ter de passar a escrever "fato" em vez de "facto". Quanto aos linguistas, a maioria não está contra o acordo: têm dúvidas sobre certos aspetos pontuais do acordo. E isso, até os que são globalmente favoráveis à nova ortografia têm.<br /><br />Se mudanças à língua merecem no mínimo um referendo, toca a referendar esse "mudanças merece" que você aí põe. Isso sim, é uma mudança à língua. ;) Passar-se a escrever "ato" conforme se pronuncia não é.Jorge Candeiashttps://www.blogger.com/profile/09670245742463915748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-53664950570083715262012-04-22T16:09:00.295+01:002012-04-22T16:09:00.295+01:00É natural no nosso país. Quantos efectivamente fiz...É natural no nosso país. Quantos efectivamente fizeram Acordos? A Inglaterra recusou três já. <br /><br />Nós sempre fomos um país sofredor de alterações forçadas à língua. Daí que o nosso povo vá com a desculpa do: "A mudança é natural." Claro que é, então não a forcem. Eliminar grafemas não é algo com bons resultados. <br /><br />E o que diz o senhor ao facto de só ter havido dois filólogos na elaboração do Acordo? E do facto de nunca ter sido entregue o vocabulário comum? E da esmagadora maioria do povo estar contra? E linguistas, também. <br /><br />Não estamos numa democracia? Mudanças à língua merece no mínimo um referendo.Mariohttps://www.blogger.com/profile/05044229112853914212noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-71935437121187743102012-04-22T15:53:29.069+01:002012-04-22T15:53:29.069+01:00Não há questão nenhuma de sensibilidade artística....Não há questão nenhuma de sensibilidade artística. Os casmurros anti-AO não têm nem mais nem menos "sensibilidade artística" do que os que são capazes de se adaptar.<br /><br />A questão que existe é apenas uma: rigidez mental. É a única coisa que explica o facto de que, embora todos nós tenhamos aprendido a ler segundo as regras antigas, uns se adaptam com a maior facilidade às novas, e outros não.<br /><br />Já aconteceu o mesmo em 1911. E acontecerá sempre que se fizer uma atualização ortográfica. É natural.<br /><br />Mas ser natural não implica que a língua portuguesa tenha de ficar refém dos seus utilizadores mais inflexíveis. A inflexibilidade, a resistência à mudança, a casmurrice, é uma sentença de morte para a língua.<br /><br />Os que não se conseguem adaptar não irão transformar a nossa língua num fóssil, por mais que tentem fazê-lo.Jorge Candeiashttps://www.blogger.com/profile/09670245742463915748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5328670.post-92153295102695164062012-04-22T15:30:23.668+01:002012-04-22T15:30:23.668+01:00Há a questão de sensibilidade artística. Se existi...Há a questão de sensibilidade artística. Se existisse um pénis entre cada parágrafo isso iria certamente distrair-me da leitura. Mas não sendo extremista, se houvesse erros ortográficos, ainda que "mudos" também distrairia. Algo como "har" em vez de "ar."<br /><br />E quem não gosta do Acordo (muita gente, como o senhor referiu) irá distrair-se sempre. A sua mente irá reverter para o Acordo, quer queira quer não. <br /><br />Eu falo por experiência, larguei a leitura do Acácia ao fim de três páginas. E conheço muitos casos assim.Mariohttps://www.blogger.com/profile/05044229112853914212noreply@blogger.com