Em 2010, ainda que não regressando propriamente ao meu normal de mais de 50 livros lidos por ano, já me aproximei bastante, apesar de tudo. Não se compara com a miséria do ano passado: li muito mais. Leituras ecléticas, como devem ser sempre, com preponderância de FC na primeira metade do ano e de outas coisas na segunda.
Os livros propriamente ditos, lidos por lazer mas todos comentados na Lâmpada ao longo do ano, somaram 39. A lista completa é a seguinte:
1- Conduzindo às Cegas, de Ray Bradbury (contos de fantasia e mainstream);
2- Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley (romance de FC; distopia política);
3- E Tudo o Tempo Levou, de Ward Moore (romance de história alternativa e FC);
4- Na Praia de Chesil, de Ian McEwan (romance mainstream);
5- Relatório Minoritário, de Philip K. Dick (noveleta de FC);
6- A Ignorância, de Milan Kundera (romance mainstream);
7- O Terror, de Arthur Machen (uma novela e uma noveleta de horror);
8- Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson (um romance e contos de horror);
9- À Espera do Ano Passado, de Philip K. Dick (romance de FC);
10- O Menino de Cabul, de Khaled Hosseini (romance mainstream);
11- Crónicas Marcianas, de Ray Bradbury (coleção de contos interligados de FC);
12- O Hotel "A Queda do Alpinista", de Arkadi e Boris Strugatski (romance de FC policial);
13- O Vírus Entranhado, de Arsénio Mota (contos fantásticos e mainstream);
14- Que Cavalos São Aqueles que Fazem Sombra no Mar?, de António Lobo Antunes (romance mainstream);
15- Crônicas, de Gerson Lodi-Ribeiro (contos de FC);
16- Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira (romance fantástico);
17- Nação Crioula, de José Eduardo Agualusa (romance mainstream);
18- A Mão de Midas, de Jack London (contos fantásticos e mainstream);
19- Eis o Homem, de Michael Moorcock (novela de FC; viagem no tempo);
20- Uma Nova História Universal da Infâmia, de Rhys Hughes (contos surrealistas e borgesianos);
21- O Império do Medo, de Brian Stableford (romance misto de FC, horror e história alternativa);
22- Histórias de Mistério e Imaginação, de Edgar Allan Poe (contos de horror, aventuras e policial);
23- Rock'n'roll Altitude, de vários autores (contos temáticos, sobre rock, de HA e fantasia);
24- Uma Noite não São Dias, de Mário Zambujal (novela de antecipação e humor);
25- Carbono Alterado, de Rochard Morgan (romance de FC);
26- Histórias Fantásticas (Inglesas e Americanas), de vários autores, org. por Cabral do Nascimento (contos fantásticos, especialmente de fantasmas);
27- Quantas Madrugadas Tem a Noite, de Ondjaki (romance mainstream/fantástico);
28- Por Outros Mundos, de A. A. Attanasio (romance alegadamente de FC);
29- As Intermitências da Morte, de José Saramago (romance fantástico);
30- Outros Brasis, de Gerson Lodi-Ribeiro (coletânea de história alternativa);
31- A Feiticeira do Douro, de Eduardo Augusto de Faria (novela de fantasia);
32- A Casa Quieta, de Rodrigo Guedes de Carvalho (romance mainstream);
33- Deste Mundo e do Outro, de José Saramago (crónicas e pequenos contos, a maioria fantásticos);
34- O Livro do Deslumbramento, de Lorde Dunsany (contos de fantasia);
35- Contos Acrónicos, de António Eça de Queiroz (romance mainstream com toques fantásticos);
36- Firmin, de Sam Savage (romance fantástico);
37- A Conspiração dos Abandonados, de António de Macedo (contos fantásticos e de horror);
38- O Anibaleitor, de Rui Zink (novela fantástica);
39- The melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories, de Tim Burton (livro de poesia insólita e de horror)
A acrescentar aos livros li também revistas, que funcionam praticamente como se fossem antologias periódicas e portanto também contam para o total. E já tinha dito isto no ano passado. São mais 4:
40- Ficções, nº 11 (contos mainstream e fantásticos);
41- Asimov's, nº 323 (contos e poemas de FC);
42- Scarium, nº 21 (contos de horror e FC baseados na obra de Lovecraft);
43- Asimov's, nº 321-322 (contos e poemas de FC e história alternativa)
Por fim, e de novo tal como no ano passado, também li alguns livros por obrigação laboral. Também estes foram quatro, o que faz com que o total de leituras chegue a 47. Quase 4 por mês:
44- Dune, de Frank Herbert (romance de FC);
45- Dreamsongs, de George R. R. Martin (contos e novelas de FC, horror e fantasia; parte foi lida sem obrigação laboral);
46- Fool's Errand, de Robin Hobb (romance de fantasia épica);
47- Golden Fool, de Robin Hobb (romance de fantasia épica)
O melhor do ano? De caras e sem qualquer dúvida Quantas Madrugadas Tem a Noite, de Ondjaki. O podium completa-se com as velhinhas Crónicas Marcianas, de Bradbury, e As Intermitências da Morte, de Saramago, embora tenha havido outros livros de que gostei o suficiente para quase desalojarem um destes dois. Em especial Dreamsongs, do Martin, e Admirável Mundo Novo, de Huxley. Na verdade, são talvez uns 10 os livros lidos este ano que se podem agrupar numa pilhazinha de leituras bastante agradáveis, e algumas delas com surpresa. Livros de que gostei bastante mais do que estava à espera.
Mas também li livros maus, ou melhor, livros de que não gostei mesmo nada ou gostei muito pouco. O pior, de novo de caras e sem a mínima hesitação, foi A Feiticeira do Douro, de Eduardo Augusto de Faria. Bem melhores, mas mesmo assim suficientemente desagradáveis ao meu palato para se juntarem a este no trio de piores leituras do ano, temos Uma Noite Não São Dias, de Mário Zambujal, e A Conspiração dos Abandonados, de António de Macedo. A Ignorância de Kundera esteve mesmo vai-não-vai para vir aqui parar, e Contos Acrónicos, de António Eça de Queiroz, também.
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