Aaaaah! Que bom que é estar de descanso, por breve que ele seja!
Sim, a tradução está feita, revista e enviada à editora. Antes do fim do prazo, como eu gosto. Agora seguem-se uns diazitos de calma, relativa porque tenho muitas coisas não-laborais a fazer, e depois toca a despachar o que falta do último livro (o 8º) do Martin.
O wiki subiu mais um bocadinho. 33 páginas novas ao longo da semana fizeram subir o total para 15 432. E tem havido também uma série de mudanças em páginas já existentes.
Quanto a leituras, não foram propriamente abundantes. Ficam resumidas com dois títulos.
O primeiro é Se Matarem a MGM, Quem Fica com o Leão?, de Ray Bradbury, um conto passado na Segunda Guerra Mundial e que reflecte o clima de paranóia existente na costa ocidental dos EUA, à espera de um ataque japonês. Não achei grande coisa. De novo o tema não é dos mais chamativos, e desta vez a prosa nem é tão brilhante como isso.
O outro é Biblioteca Infernal, de Zoran Zivkovic, um conto magnificamente irónico sobre um homem que vai parar ao inferno e, em vez das chamas e tormentos de que estaria à espera, depara com o funcionário aborrecido de uma biblioteca, cuja tarefa é decidir qual a leitura que lhe servirá de tortura para toda a eternidade. Muito bom.
E foi só isto. De hoje a sete dias haverá mais.
sábado, 31 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Na recta final
Pois é, malta, estamos na proverbial recta final da publicação de Por Vós lhe Mandarei Embaixadores, e mais próximos da meta ficámos com o vigésimo sétimo capítulo, que acabou de ser disponibilizado lá no blogue.
É o último capítulo razoavelmente grande da história, e mostra-nos o que era, afinal, que vinha a descer, e porquê. Serra, descontrolado, a ver a vidinha a andar para trás, procura remediar o que ainda puder ser remediado, enquanto o ET se prepara para pôr em prática uma decisão que parece que já tinha tomado algum tempo antes.
É o último capítulo razoavelmente grande da história, e mostra-nos o que era, afinal, que vinha a descer, e porquê. Serra, descontrolado, a ver a vidinha a andar para trás, procura remediar o que ainda puder ser remediado, enquanto o ET se prepara para pôr em prática uma decisão que parece que já tinha tomado algum tempo antes.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Semana
Vivam, oh meus dois fiéis leitores, como costuma dizer o Lúcio Manfredi (para quem não sabe, um escritor brasileiro de FC&F cujo "day job" é escrever telenovelas).
Sim, sim, sim. A tradução terminou. Viva, pim pam pum, rebentam morteiros, cascatas e outros elementos de fogo de artifício cujos nomes tenho preguiça de ir agora pesquisar. Ainda não me lancei à revisão; isso começa amanhã. Por agora há uns problemas da vida não laboral a tentar resolver.
O wiki deu um pulinho. Com 15 399 artigos, cresceu 65 ao longo da última semana. E além disso tem uma novidade na página inicial, que passa agora a incluir uma lista dos nascimentos e falecimentos do dia, gerada automaticamente. Os visitantes habituais do site poderão ter de forçar um refrescamento da cache para apresentar a data correcta, mas fora isso está a funcionar sobre rodas. E parabéns à Safaa.
E no que toca a leituras, acabei umas coisas, como quase sempre.
Acabei um romance com o bizarro título de "Aconteceu Mesmo!?..." e, sim, tudo isto faz parte do título, incluindo as aspas. É de José Saibreira e não é tão catastroficamente mau como o título pode fazer crer, à excepção do segundo capítulo, que realmente é uma catástrofe. Pondo de parte este segundo capítulo, em que o autor se assume como protagonista, se descreve, e resolve usar esse púlpito para pregar de sua justiça, o romance é uma história de viagem no tempo que leva um grupo de alteradores da história insatisfeitos com a presente fraqueza de Portugal até ao século XVIII, onde introduzem tecnologia e alguns dos usos do presente, tentando transformar o país na superpotência da época, recuperar as colónias perdidas para holandeses e não só, e ganhar mais algumas, além de dar porrada nos espanhóis. Tudo com muito nacional-porreirismo à mistura, umas dosezinhas de pregação católica, apesar de também a inquisição levar no toutiço, e uma ideologia em geral francamente facholas. Porreiro, pá! Ou não: apesar de não ser catastroficamente mau, é mau.
Siga.
Também li Os Condutores de Cometas, mais uma das antiquíssimas noveletas de Edmond Hamilton. E, claro, há nela um imenso e muito mortal perigo, uma expedição com uma imensa frota de cruzadores espaciais para enfrentar o perigo, uma batalha que parece correr mal, um salvamento in extremis e a solução milagrosa que salva o universo. A marginal dose de originalidade reside em desta vez nem todos os expedicionários acabarem presos dos alienígenas malignos: são só alguns. Ah, sim, e a natureza do perigo, claro. Desta feita é um cometa (!) gigantesco que ameaça destruir a galáxia (!!!). A mente dá um nó com o tamanho do disparate: na época (1930) já se tinha uma ideia bastante correcta da monumental diferença de escala entre uma galáxia e um cometa. Esta péssima história encerra um péssimo livrinho que é das piores coisinhas que a FC me apresentou nos últimos anos: Patrulha Interstelar. FC pulp da pior espécie, formulaica, disparatada e infantil. Consegue ser pior que o Saibreira.
Para compensar, li A Hosita, de Serge Nigon, um conto de FC que apesar de não ser particularmente bom, admito, e de não estar lá muito bem traduzido, me deliciou por ser magnificamente subversivo. Descreve uma sociedade em que a igreja está transformada num autêntico centro de orgias, cheio de agarrados às "hositas" (e a semelhança com "hóstia" não é casual) que lhes causam grandes pedradas. Tudo dirigido por um computador central. E segue o trajecto duma espécie de sacristão que no meio de todo aquele regabofe se apaixona, violando todos os mandamentos. Herege até mais não, bem como eu gosto.
E também li O Comboio da Noite Para Babylon, de Ray Bradbury, um conto sobre um homem que, no dito comboio, depara com um ilusionista/aldrabão que engana uma multidão com o velho truque das três cartas. O protagonista conhece o truque e o conflito é inevitável. O tema não é dos mais chamativos, mas lá está a brilhante prosa de Bradbury, que compensa muita coisa.
E chega, que uma nova semana está aí a começar.
Sim, sim, sim. A tradução terminou. Viva, pim pam pum, rebentam morteiros, cascatas e outros elementos de fogo de artifício cujos nomes tenho preguiça de ir agora pesquisar. Ainda não me lancei à revisão; isso começa amanhã. Por agora há uns problemas da vida não laboral a tentar resolver.
O wiki deu um pulinho. Com 15 399 artigos, cresceu 65 ao longo da última semana. E além disso tem uma novidade na página inicial, que passa agora a incluir uma lista dos nascimentos e falecimentos do dia, gerada automaticamente. Os visitantes habituais do site poderão ter de forçar um refrescamento da cache para apresentar a data correcta, mas fora isso está a funcionar sobre rodas. E parabéns à Safaa.
E no que toca a leituras, acabei umas coisas, como quase sempre.
Acabei um romance com o bizarro título de "Aconteceu Mesmo!?..." e, sim, tudo isto faz parte do título, incluindo as aspas. É de José Saibreira e não é tão catastroficamente mau como o título pode fazer crer, à excepção do segundo capítulo, que realmente é uma catástrofe. Pondo de parte este segundo capítulo, em que o autor se assume como protagonista, se descreve, e resolve usar esse púlpito para pregar de sua justiça, o romance é uma história de viagem no tempo que leva um grupo de alteradores da história insatisfeitos com a presente fraqueza de Portugal até ao século XVIII, onde introduzem tecnologia e alguns dos usos do presente, tentando transformar o país na superpotência da época, recuperar as colónias perdidas para holandeses e não só, e ganhar mais algumas, além de dar porrada nos espanhóis. Tudo com muito nacional-porreirismo à mistura, umas dosezinhas de pregação católica, apesar de também a inquisição levar no toutiço, e uma ideologia em geral francamente facholas. Porreiro, pá! Ou não: apesar de não ser catastroficamente mau, é mau.
Siga.
Também li Os Condutores de Cometas, mais uma das antiquíssimas noveletas de Edmond Hamilton. E, claro, há nela um imenso e muito mortal perigo, uma expedição com uma imensa frota de cruzadores espaciais para enfrentar o perigo, uma batalha que parece correr mal, um salvamento in extremis e a solução milagrosa que salva o universo. A marginal dose de originalidade reside em desta vez nem todos os expedicionários acabarem presos dos alienígenas malignos: são só alguns. Ah, sim, e a natureza do perigo, claro. Desta feita é um cometa (!) gigantesco que ameaça destruir a galáxia (!!!). A mente dá um nó com o tamanho do disparate: na época (1930) já se tinha uma ideia bastante correcta da monumental diferença de escala entre uma galáxia e um cometa. Esta péssima história encerra um péssimo livrinho que é das piores coisinhas que a FC me apresentou nos últimos anos: Patrulha Interstelar. FC pulp da pior espécie, formulaica, disparatada e infantil. Consegue ser pior que o Saibreira.
Para compensar, li A Hosita, de Serge Nigon, um conto de FC que apesar de não ser particularmente bom, admito, e de não estar lá muito bem traduzido, me deliciou por ser magnificamente subversivo. Descreve uma sociedade em que a igreja está transformada num autêntico centro de orgias, cheio de agarrados às "hositas" (e a semelhança com "hóstia" não é casual) que lhes causam grandes pedradas. Tudo dirigido por um computador central. E segue o trajecto duma espécie de sacristão que no meio de todo aquele regabofe se apaixona, violando todos os mandamentos. Herege até mais não, bem como eu gosto.
E também li O Comboio da Noite Para Babylon, de Ray Bradbury, um conto sobre um homem que, no dito comboio, depara com um ilusionista/aldrabão que engana uma multidão com o velho truque das três cartas. O protagonista conhece o truque e o conflito é inevitável. O tema não é dos mais chamativos, mas lá está a brilhante prosa de Bradbury, que compensa muita coisa.
E chega, que uma nova semana está aí a começar.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Capítulo 26
Já pouco falta para deixarem de ver por aqui estas notas semanais, mas por enquanto ainda vos vou dando a novidade habitual das segundas-feiras: há mais um capítulo de Por Vós lhes Mandarei Embaixadores no blogue do romance. O vigésimo sexto.
Trata-se de outro capítulo muito curtinho, no qual acontece algo de inesperado em pleno discurso do ET, e Serra dá mostras de abundante valentia, paixão e altruísmo. Ou então não dá.
Trata-se de outro capítulo muito curtinho, no qual acontece algo de inesperado em pleno discurso do ET, e Serra dá mostras de abundante valentia, paixão e altruísmo. Ou então não dá.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Semana
Esta semana foi estranha, por motivos cá meus. Uma estranheza que lançou pseudópodes sobre boa parte do que faço, fazendo com que qualquer actividade parecesse desenrolar-se banhada em melaço. Uma estranheza viscosa, e também um bocadinho sufocante. Bizarro. Mas passa.
Mas sim, o livro atrasou. Não o acabarei até dia 20, como estava nos planos, mas sim a 21 ou 22. Não é grave, não tem qualquer impacto no cumprimento de prazos: significa apenas que talvez não possa tirar uns dias antes de me lançar a revê-lo, conforme tinha planeado. Faltam-me neste momento 48 páginas para o fim. Está já ali.
O pobre do wiki também pouco avançou. Com 15 334 páginas, cresceu só 22 desde a semana passada. Ninguém ajudar também não... hm... ajuda. Mas enfim.
Quanto às leituras da semana, li Biblioteca Nocturna, um conto fantástico de Zoran Zivkovic sobre um homem que chega ligeiramente atrasado à biblioteca, minutos depois da sua hora de fecho, mas ainda encontra a porta aberta. Por sorte, pensa ele. Só que a bilioteca que encontra não é aquela de que estava à espera, mas sim uma biblioteca secreta, cujos livros não são a habitual mistura de literatura, obras de referência e outras coisas de todas as bibliotecas, mas sim os livros da vida de todos os seres humanos do planeta, ainda vivos ou já não. Francamente bom.
Em completo contraste, li também Dentro da Nebulosa, mais um vetusto conto de ficção científica pulp de Edmond Hamilton. Cientificamente disparatado, tal como os anteriores, embora neste o disparate talvez se explique mais pelo imperfeito conhecimento científico da época do que pela ignorância do autor. De modo que o principal problema do conto (antes, uma noveleta) nem é esse: é repetir rigorosamente o mesmo enredo dos dois contos anteriores. De novo há um perigo absoluto, de novo há uma equipagem de heróis (desta feita, multi-específica, com terrestres e extraterrestres) enviada numa nave para investigar e tentar fazer o que for possível, de novo os heróis acabam, após feroz batalha, aprisionados por uma espécie alienígena de intenções malévolas, de novo conseguem fugir milagrosamente, e de novo salvam o universo em duas penadas. O único elemento de originalidade é que agora não era uma estrela mal-comportada a causar perigo, mas sim uma nebulosa "em fogo", que ameaçava incendiar a galáxia. Uma enorme porcaria soporífera.
E ponto final nesta semana. Venha a próxima.
Mas sim, o livro atrasou. Não o acabarei até dia 20, como estava nos planos, mas sim a 21 ou 22. Não é grave, não tem qualquer impacto no cumprimento de prazos: significa apenas que talvez não possa tirar uns dias antes de me lançar a revê-lo, conforme tinha planeado. Faltam-me neste momento 48 páginas para o fim. Está já ali.
O pobre do wiki também pouco avançou. Com 15 334 páginas, cresceu só 22 desde a semana passada. Ninguém ajudar também não... hm... ajuda. Mas enfim.
Quanto às leituras da semana, li Biblioteca Nocturna, um conto fantástico de Zoran Zivkovic sobre um homem que chega ligeiramente atrasado à biblioteca, minutos depois da sua hora de fecho, mas ainda encontra a porta aberta. Por sorte, pensa ele. Só que a bilioteca que encontra não é aquela de que estava à espera, mas sim uma biblioteca secreta, cujos livros não são a habitual mistura de literatura, obras de referência e outras coisas de todas as bibliotecas, mas sim os livros da vida de todos os seres humanos do planeta, ainda vivos ou já não. Francamente bom.
Em completo contraste, li também Dentro da Nebulosa, mais um vetusto conto de ficção científica pulp de Edmond Hamilton. Cientificamente disparatado, tal como os anteriores, embora neste o disparate talvez se explique mais pelo imperfeito conhecimento científico da época do que pela ignorância do autor. De modo que o principal problema do conto (antes, uma noveleta) nem é esse: é repetir rigorosamente o mesmo enredo dos dois contos anteriores. De novo há um perigo absoluto, de novo há uma equipagem de heróis (desta feita, multi-específica, com terrestres e extraterrestres) enviada numa nave para investigar e tentar fazer o que for possível, de novo os heróis acabam, após feroz batalha, aprisionados por uma espécie alienígena de intenções malévolas, de novo conseguem fugir milagrosamente, e de novo salvam o universo em duas penadas. O único elemento de originalidade é que agora não era uma estrela mal-comportada a causar perigo, mas sim uma nebulosa "em fogo", que ameaçava incendiar a galáxia. Uma enorme porcaria soporífera.
E ponto final nesta semana. Venha a próxima.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Conselhos para escritores
0. Kuidado com a hórtografia os, sinais de pontuaçao e não te esqueças de que a claridade cristalina das águas é a melhor forma de demonstrar que és um grande escritor.
1. A primeira coisa hé conhesser beim a hortografia.
2. Cuide a concordância, o qual são necessária para que você não caiam naqueles erros chatos.
3. E nunca comece com uma conjunção.
4. Evite as repetições, evitando assim repetir e repetir o que já tinha antes repetido.
5. Use; correctamente. Os sinais: de, pontuação.
6. Trate de ser claro; não use hieráticos, herméticos ou errabundos gongorismos que possam depreciar as melhores ideias.
7. Imaginando, criando, planificando, um escritor não deve aparecer enganando-se, abusando dos gerúndios.
8. Correcto para ser na construção, cair evite em transposições.
9. Pegue o touro pelos cornos e não caia em lugares comuns.
10. Se você fala e escreve em português, OK.
11. Coa breca!... juro a pés juntos que devem evitar-se os arcaísmos.
12. Se algum lugar é inadequado na frase para pendurar um verbo, o final de um parágrafo é-o.
13. Por amor de Deus!, não abuse das exclamações.
14. Tende cuidado com as conjugações quando escrevas.
15. Não utilize nunca a dupla negação.
16. É importante usar os apóstrofo's correctamente.
17. Procurar nunca os infinitivos separar demasiado.
18. Releia sempre o que escreve, e veja se palavras.
19. Relativamente a frases fragmentadas.
Traduzido de uma piada de internet em castelhano. Desconheço quem seja o autor. Mas dou-lhe os parabéns.
1. A primeira coisa hé conhesser beim a hortografia.
2. Cuide a concordância, o qual são necessária para que você não caiam naqueles erros chatos.
3. E nunca comece com uma conjunção.
4. Evite as repetições, evitando assim repetir e repetir o que já tinha antes repetido.
5. Use; correctamente. Os sinais: de, pontuação.
6. Trate de ser claro; não use hieráticos, herméticos ou errabundos gongorismos que possam depreciar as melhores ideias.
7. Imaginando, criando, planificando, um escritor não deve aparecer enganando-se, abusando dos gerúndios.
8. Correcto para ser na construção, cair evite em transposições.
9. Pegue o touro pelos cornos e não caia em lugares comuns.
10. Se você fala e escreve em português, OK.
11. Coa breca!... juro a pés juntos que devem evitar-se os arcaísmos.
12. Se algum lugar é inadequado na frase para pendurar um verbo, o final de um parágrafo é-o.
13. Por amor de Deus!, não abuse das exclamações.
14. Tende cuidado com as conjugações quando escrevas.
15. Não utilize nunca a dupla negação.
16. É importante usar os apóstrofo's correctamente.
17. Procurar nunca os infinitivos separar demasiado.
18. Releia sempre o que escreve, e veja se palavras.
19. Relativamente a frases fragmentadas.
Traduzido de uma piada de internet em castelhano. Desconheço quem seja o autor. Mas dou-lhe os parabéns.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Vinte e cinco
Com o capítulo acabado de publicar no blogue que vocês já devem estar fartos de conhecer, sobe a vinte e cinco o número de capítulos de Por Vós lhe Mandarei Embaixadores que estão disponíveis online. E à medida que nos vamos aproximando do fim, mais a trama se vai adensando.
Desta vez temos mais um capítulo de tamanho médio, no qual finalmente termina o interminável discurso do presidente demissionário (demonstrando que não era interminável, afinal de contas) e o protocolo da Tona é quebrado mais uma vez, para grande exasperação do Meneres e consternação do nosso amigo Serra.
Desta vez temos mais um capítulo de tamanho médio, no qual finalmente termina o interminável discurso do presidente demissionário (demonstrando que não era interminável, afinal de contas) e o protocolo da Tona é quebrado mais uma vez, para grande exasperação do Meneres e consternação do nosso amigo Serra.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Semana
Fresquinha, esta, hã? Não me lembro de ter aqui na terrinha uns frios intensos tão prolongados. Dois dias seguidos com mínima de -2.5 ºC, o dia anterior com -1 ºC, e ainda vai continuar. É coisa rara. A malta queixa-se, claro, não está habituada, mas a verdade é que isto não é nada. Já estive debaixo de -43 ºC e estou aqui para contar a história e com tudo funcional. Ou tão funcional como estava antes.
Não só por isso, mas também por isso, seja qual for a temperatura lá fora cá dentro continua-se a trabalhar. Esta semana lucrou mais 54 páginas, uma regularidade verdadeiramente notável. Duas dessas páginas são parcialmente ocupadas com uma série de versos, o que me deu que fazer durante a maior parte de um dia. É por isto que os versos me irritam: eu recebo à página. Grunf. Mas já não há mais nas 98 páginas que faltam para o fim. Daqui a duas semanas devo estar a dizer-lhes que comecei a revisão.
O pobre do wiki é que tem sofrido. Na semana que passou não cresceu mais do que umas míseras 8 paginecas, fazendo subir o total para 15 312. Haverá tempos melhores.
E as primeiras leituras de 2009, ou pelo menos concluídas em 2009, foram um romance e um conto.
O romance chama-se O Prestígio, é de Christopher Priest, e já deu um filme, de modo que provavelmente saberão do que se trata mesmo que não o tenham lido. É um romance epistolar, difícil de classificar (mistura elementos de fantasia, horror e até steampunk), que relata a longa rivalidade entre dois ilusionistas britânicos da viragem do século XIX para o XX. Ambos ganham fama com um truque de teletransporte, semelhantes embora diferentes, cada um envolvendo um enorme segredo. Francamente bom, e não é por o final ser previsível para leitores perspicazes que essa qualidade sai minimamente prejudicada. Entra directamente para as boas leituras do ano.
(bem... enquanto escrevo isto estou a ouvir o top+... a linguagem pega-se)
O conto chama-se Um Gentleman, é de Gérard Klein, e trata-se de um divertido conto de ficção científica sobre um cavalheiro muito bem educado que, após um desgosto de amor, decide encomendar uma amante andróide que, no entanto, o vai também desapontar. Ou ela ou o facto dele ser tão absolutamente cavalheiresco. Moral da história: às vezes mais vale ser-se curto e grosso. Um bom conto, que entrega bem o que pretende entregar.
E por esta semana é só isto que tenho para vos dizer. Agora com licença, que vou trabalhar.
Não só por isso, mas também por isso, seja qual for a temperatura lá fora cá dentro continua-se a trabalhar. Esta semana lucrou mais 54 páginas, uma regularidade verdadeiramente notável. Duas dessas páginas são parcialmente ocupadas com uma série de versos, o que me deu que fazer durante a maior parte de um dia. É por isto que os versos me irritam: eu recebo à página. Grunf. Mas já não há mais nas 98 páginas que faltam para o fim. Daqui a duas semanas devo estar a dizer-lhes que comecei a revisão.
O pobre do wiki é que tem sofrido. Na semana que passou não cresceu mais do que umas míseras 8 paginecas, fazendo subir o total para 15 312. Haverá tempos melhores.
E as primeiras leituras de 2009, ou pelo menos concluídas em 2009, foram um romance e um conto.
O romance chama-se O Prestígio, é de Christopher Priest, e já deu um filme, de modo que provavelmente saberão do que se trata mesmo que não o tenham lido. É um romance epistolar, difícil de classificar (mistura elementos de fantasia, horror e até steampunk), que relata a longa rivalidade entre dois ilusionistas britânicos da viragem do século XIX para o XX. Ambos ganham fama com um truque de teletransporte, semelhantes embora diferentes, cada um envolvendo um enorme segredo. Francamente bom, e não é por o final ser previsível para leitores perspicazes que essa qualidade sai minimamente prejudicada. Entra directamente para as boas leituras do ano.
(bem... enquanto escrevo isto estou a ouvir o top+... a linguagem pega-se)
O conto chama-se Um Gentleman, é de Gérard Klein, e trata-se de um divertido conto de ficção científica sobre um cavalheiro muito bem educado que, após um desgosto de amor, decide encomendar uma amante andróide que, no entanto, o vai também desapontar. Ou ela ou o facto dele ser tão absolutamente cavalheiresco. Moral da história: às vezes mais vale ser-se curto e grosso. Um bom conto, que entrega bem o que pretende entregar.
E por esta semana é só isto que tenho para vos dizer. Agora com licença, que vou trabalhar.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Pegadas
Acho que preciso de juntar as pegadas todas num sítio só. Então cá vai.
Além daqui, partes de mim podem também ser encontradas aqui, aqui, aqui e aqui. E também aqui, aqui e aqui. Igualmente aqui e aqui. E acho que me estou a esquecer de qualquer coisa. Mas enfim; se me esqueço é porque não tem grande importância.
Além daqui, partes de mim podem também ser encontradas aqui, aqui, aqui e aqui. E também aqui, aqui e aqui. Igualmente aqui e aqui. E acho que me estou a esquecer de qualquer coisa. Mas enfim; se me esqueço é porque não tem grande importância.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Chegou o vigésimo quarto
Então, rapaziada? As saídas foram boas? As entradas foram melhores? Já vos passou a ressaca? Se já, então têm ali ao lado o vigésimo quarto capítulo de Por Vós lhe Mandarei Embaixadores. E se ainda não, também têm, que o meu romancezito não faz destrinça entre os sóbrios e os bêbados.
Este capítulo é curto, e nele, após muita insistência e perguntas, o ET finalmente compreende uma série de coisas. Serra está cada vez mais enrascado, e a cerimónia da Tona prolonga-se, prolonga-se, proloooonga-seee... Se ninguém tomar nenhuma atitude, ainda o romance acaba antes dela. Acho eu. Mas que sei eu?
Este capítulo é curto, e nele, após muita insistência e perguntas, o ET finalmente compreende uma série de coisas. Serra está cada vez mais enrascado, e a cerimónia da Tona prolonga-se, prolonga-se, proloooonga-seee... Se ninguém tomar nenhuma atitude, ainda o romance acaba antes dela. Acho eu. Mas que sei eu?
domingo, 4 de janeiro de 2009
Cada vez mais inevitável
Enquanto animais sedentos de sangue desencadeiam mais um massacre na terra que teve de ser um cínico sarcástico a baptizar como santa, parece cada vez mais inevitável que aquele enfrentamento de monstros só terminará quando alguém tiver a brilhante ideia de reduzir tudo aquilo a um deserto radioactivo coalhado de crateras. A cada "operação de auto-defesa", este desfecho fica mais inevitável, cada vez mais inevitável. E nós, ou fazemos alguma coisa duma vez por todas, ou ainda acabamos também atingidos pelo fallout.
E a verdadeira tragédia é que a louca ideia de riscar Israel do mapa começa a fazer algum sentido.
E a verdadeira tragédia é que a louca ideia de riscar Israel do mapa começa a fazer algum sentido.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Semana
Então, que tal? 2009 está a tratar-vos bem? Benzinho? Mais ou menos? Assim-assim? A mim é mais ou menos isso. Na verdade, não se nota a diferença. Chovia em 2008 e em 2009 chove; em 2008 trabalhava-se para cumprir um prazo, em 2009 o prazo obriga a trabalhar, e em 2008 resolvi alimentar a Lâmpada com notas semanais, e continuo a fazê-lo em 2009. Nada de surpreendente: as fronteiras temporais são arbitrárias por natureza, de modo que nada realmente mudam, apesar da mania que nós temos de as realçar com fogos de artifício e festarolas. Mas adiante.
O livro passou já de meio: vai na página 192, de novo um crescimento semanal de 54. O que não é nada mau para a semana de ano novo. E ainda por cima com versos à mistura. Mania dos versos. Começo a pensar que lá na SdE abrem um livro e vêem se tem versos; se tiver, vem-me parar às mãos. Limpinho. A parte mais agradável é que faltam já só 152 páginas (e mais versos! Sigh!)
O wiki continua a crescer pouco. Terminou o ano com 15 304 páginas, o que quer dizer que na semana que passou cresceu 27.
E leu-se, evidentemente. Leu-se e acabaram-se contos e livros, tudo ainda em 2008 (2009 até agora foi dedicado a romances). Por exemplo:
(Re)leu-se Pátrias de Chuteiras, de Gerson Lodi-Ribeiro, uma noveleta de história alternativa que não é preciso pensar muito para concluir que me agrada bastante, dado tê-la publicado no E-nigma. Conta a final de um campeonato do mundo entre a República de Palmares e o Brasil, no universo dos Três Brasis do Gerson, e é provavelmente o melhor fecho possível para Outras Copas, Outros Mundos, antologia de contos fantásticos movidos a futebol. Um livro irregular, com demasiados contos fracos ou francamente maus, mas que acaba por valer a pena pelo punhado de bons contos que contém, em especial este do Gerson, o do Octavio Aragão, e o do Carlos Orsi Martinho, com uma menção honrosa para o da Carla Cristina Pereira.
Li também A Fronteira, de Octávio dos Santos. Trata-se de um conto fantástico sobre a identidade, com uns toques surrealistas, que também é bem capaz de ser o melhor fecho possível para o seu livro Visões. É o maior de todos os contos, é também aquele que parece ter sido mais pensado, e está escrito com alguma competência. Não é propriamente bom, não passará de razoável mais, mas está alguns furos acima da média do livro, que é bastante baixa.
Além destes contos que encerraram os respectivos livros li mais um, e em estrangeiro. Social Dreaming of the Frin, de Ursula K. LeGuin, é um conto razoavelmente curto que descreve uma sociedade num mundo paralelo em que as pessoas (e também os animais) partilham telepaticamente os sonhos. A ideia é óptima, mas francamente não gostei da sua concretização: LeGuin desperdiça uma ideia que daria pano para mangas num continho arraçado de artigo sociológico em que realmente não existe história. Passei o conto todo a imaginar histórias e historietas possíveis numa sociedade assim, e acabei frustrado por nenhuma me ter sido apresentada.
E para a semana já haverá leituras de 2009. Até lá.
O livro passou já de meio: vai na página 192, de novo um crescimento semanal de 54. O que não é nada mau para a semana de ano novo. E ainda por cima com versos à mistura. Mania dos versos. Começo a pensar que lá na SdE abrem um livro e vêem se tem versos; se tiver, vem-me parar às mãos. Limpinho. A parte mais agradável é que faltam já só 152 páginas (e mais versos! Sigh!)
O wiki continua a crescer pouco. Terminou o ano com 15 304 páginas, o que quer dizer que na semana que passou cresceu 27.
E leu-se, evidentemente. Leu-se e acabaram-se contos e livros, tudo ainda em 2008 (2009 até agora foi dedicado a romances). Por exemplo:
(Re)leu-se Pátrias de Chuteiras, de Gerson Lodi-Ribeiro, uma noveleta de história alternativa que não é preciso pensar muito para concluir que me agrada bastante, dado tê-la publicado no E-nigma. Conta a final de um campeonato do mundo entre a República de Palmares e o Brasil, no universo dos Três Brasis do Gerson, e é provavelmente o melhor fecho possível para Outras Copas, Outros Mundos, antologia de contos fantásticos movidos a futebol. Um livro irregular, com demasiados contos fracos ou francamente maus, mas que acaba por valer a pena pelo punhado de bons contos que contém, em especial este do Gerson, o do Octavio Aragão, e o do Carlos Orsi Martinho, com uma menção honrosa para o da Carla Cristina Pereira.
Li também A Fronteira, de Octávio dos Santos. Trata-se de um conto fantástico sobre a identidade, com uns toques surrealistas, que também é bem capaz de ser o melhor fecho possível para o seu livro Visões. É o maior de todos os contos, é também aquele que parece ter sido mais pensado, e está escrito com alguma competência. Não é propriamente bom, não passará de razoável mais, mas está alguns furos acima da média do livro, que é bastante baixa.
Além destes contos que encerraram os respectivos livros li mais um, e em estrangeiro. Social Dreaming of the Frin, de Ursula K. LeGuin, é um conto razoavelmente curto que descreve uma sociedade num mundo paralelo em que as pessoas (e também os animais) partilham telepaticamente os sonhos. A ideia é óptima, mas francamente não gostei da sua concretização: LeGuin desperdiça uma ideia que daria pano para mangas num continho arraçado de artigo sociológico em que realmente não existe história. Passei o conto todo a imaginar histórias e historietas possíveis numa sociedade assim, e acabei frustrado por nenhuma me ter sido apresentada.
E para a semana já haverá leituras de 2009. Até lá.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Não participo
Não, não vou participar nisto. Por uma questão de princípio. Têm categorias para tudo e mais alguma coisa, até para o mais recente modismo com uma implantação insignificante: os booktrailers. Mas para os tradutores?
Traduquem?
Portanto não, não participo. E se, como eu, acharem inaceitável que o trabalho dos tradutores continue a ser sistematicamente esquecido (salvo quando é para deitar abaixo), o apelo que faço é para não participarem também.
Traduquem?
Portanto não, não participo. E se, como eu, acharem inaceitável que o trabalho dos tradutores continue a ser sistematicamente esquecido (salvo quando é para deitar abaixo), o apelo que faço é para não participarem também.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Balanço de 2008 e...
Não se assustem. Não estou aqui. Isto foi preparado há bocado e publicado automaticamente a esta hora. Porque sim.
Neste momento em que, em Portugal Continental (e em todos os outros territórios que usam o tempo UMT), se entra no ano de 2009, venho fazer um pequeno balanço pessoal do ano que acabou de terminar e desejar a todos os leitores da Lâmpada um óptimo ano que agora começa. Bem sei que as previsões são tenebrosas, que vem aí um cataclismo, que isto e mais aquilo, mas baseio o meu desejo em dois factos:
Por um lado, previsões são previsões, e pela sua própria natureza podem ou não concretizar-se. Especialmente previsões como as económicas, que estão tão dependentes daquilo que os homens resolverem fazer com base nelas. Ou ignorando-as. A espada de Dâmocles pode estar mal equilibrada sobre as nossas cabeças, mas é de nós que depende ela cair ou não. De todos nós, o que faz com que cada um pouco poder tenha para influenciar o rumo dos acontecimentos. Ou talvez não. Afinal, se uma borboleta pode criar um tufão, talvez que uma palavra proferida pelo mais improvável membro da espécie possa desencadear uma sucessão de acontecimentos que desemboque na quebra das previsões mais pessimistas. Talvez.
E, por outro lado, as coisas piorarem ou melhorarem é uma média estatística. E, como em todas as médias estatísticas, poderão reflectir uma tendência geral mas não reflectem trajectórias individuais. Em todas as catástrofes há pessoas que sobrenadam, e em todos os tempos de bonança há quem soçobre. Portanto mesmo que as piores previsões se confirmem, o meu desejo é que convosco tudo corra bem. E comigo também, naturalmente.
Porque 2008 até correu bem, e gostava de manter-me nessa trajectória. Se não fosse a porcaria de vizinhança que tenho de aguentar, teria corrido mesmo muito bem. Não houve crises graves na família, nada de realmente sério se passou na vida pessoal, e a vida profissional solidificou-se bastante mais do que eu estava à espera. O lado negativo é ter estado tão atarefado que quase não escrevi nada de meu. Mas o lado positivo é este:
(Se deixarem o rato pairar um pouco sobre cada uma das capas, ficarão a saber que intervenção tive nelas)
Neste momento em que, em Portugal Continental (e em todos os outros territórios que usam o tempo UMT), se entra no ano de 2009, venho fazer um pequeno balanço pessoal do ano que acabou de terminar e desejar a todos os leitores da Lâmpada um óptimo ano que agora começa. Bem sei que as previsões são tenebrosas, que vem aí um cataclismo, que isto e mais aquilo, mas baseio o meu desejo em dois factos:
Por um lado, previsões são previsões, e pela sua própria natureza podem ou não concretizar-se. Especialmente previsões como as económicas, que estão tão dependentes daquilo que os homens resolverem fazer com base nelas. Ou ignorando-as. A espada de Dâmocles pode estar mal equilibrada sobre as nossas cabeças, mas é de nós que depende ela cair ou não. De todos nós, o que faz com que cada um pouco poder tenha para influenciar o rumo dos acontecimentos. Ou talvez não. Afinal, se uma borboleta pode criar um tufão, talvez que uma palavra proferida pelo mais improvável membro da espécie possa desencadear uma sucessão de acontecimentos que desemboque na quebra das previsões mais pessimistas. Talvez.
E, por outro lado, as coisas piorarem ou melhorarem é uma média estatística. E, como em todas as médias estatísticas, poderão reflectir uma tendência geral mas não reflectem trajectórias individuais. Em todas as catástrofes há pessoas que sobrenadam, e em todos os tempos de bonança há quem soçobre. Portanto mesmo que as piores previsões se confirmem, o meu desejo é que convosco tudo corra bem. E comigo também, naturalmente.
Porque 2008 até correu bem, e gostava de manter-me nessa trajectória. Se não fosse a porcaria de vizinhança que tenho de aguentar, teria corrido mesmo muito bem. Não houve crises graves na família, nada de realmente sério se passou na vida pessoal, e a vida profissional solidificou-se bastante mais do que eu estava à espera. O lado negativo é ter estado tão atarefado que quase não escrevi nada de meu. Mas o lado positivo é este:
(Se deixarem o rato pairar um pouco sobre cada uma das capas, ficarão a saber que intervenção tive nelas)
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