Bem, vamos lá.
A primeira coisa a fazer para regressar mesmo ao blogue, claro, é explicar o motivo da interrupção. Das interrupções, idealmente, mas a verdade é que explicar o porquê da última é bastante mais simples e exige menos texto do que explicar o porquê da anterior, não deixando por isso de necessitar de alguma elaboração para ficar convenientemente explicado, pelo que vai ser só nessa que me vou focar hoje.
À superfície bastariam três palavras para explicar tudo:
Falta de tempo.
Mas como a falta de tempo pode acontecer pelos mais variados motivos a superfície não chega. É insuficiente e insatisfatória. Portanto, vamos lá mais fundo.
Em parte, mas só em parte, o motivo para a falta de tempo é previsível para quem acompanha este blogue há anos e já o viu parado durante meses a fio em outras ocasiões. Já tinha acontecido, quando o trabalho aperta, a Lâmpada apagar-se, ver esgotado o óleo de que se alimenta. E, sim, desta vez também há um pouco disso. Sim, também desta vez tenho tido bastante trabalho. Mas é mais do que isso.
Por um lado, há ainda as consequências do que causou a paragem anterior e de que falarei noutra ocasião.
Por outro, e principalmente, em fevereiro a minha mãe teve um problema de saúde que se foi agravando ao longo de março e princípio de abril, a levou ao hospital, a deixou presa a uma cadeira de rodas e fez com que ela, que até aí tinha limitações mas era autónoma, ficasse inteiramente dependente de mim. Foram uns meses terríveis, principalmente para ela mas também para mim e, apesar das coisas terem vindo a melhorar desde então, muito devagarinho, ainda continuam frequentemente a ser.
Já não tanto, mas...
Já não há gritos e choros de dor, já não há (com frequência) a sensação de impotência absoluta e a falta de espaço mental para fazer seja o que for que não seja preocupar-me com o que não consigo fazer, com o alívio que não consigo dar, mas continuo a ter de fazer tudo o que ela fazia e algumas coisas que nenhum dos dois tínhamos de fazer.
Temo o inverno que se aproxima, temo que as melhoras recentes se devam mais ao clima do que ao tratamento e volte tudo ao mesmo, e isto fica escrito porque não há garantia nenhuma de que depois de voltar ao blogue não volte a desaparecer de um dia para o outro. Se isso acontecer, já saberão porquê.
Na ficção científica aparecem por vezes situações em que as pessoas trocam de corpo quando o velho já não funciona a contento. A minha mãe precisava de um corpo novo. Ou pelo menos de uma coluna nova. E de umas pernas novas.
Mas como a ficção científica é ficção, por mais que a nossa realidade se inspire nela, às vezes, as coisas são o que são e não há como não lidar com elas tal como são.
Tempo para continuar a fazer o que fazia antes da última pausa é que não tenho e não sei se voltarei a ter. Passar a pente fino os feeds à procura de coisas relevantes provavelmente é coisa do passado. Eles, os feeds, continuam cá, e se arranjar tempo e vontade posso sempre voltar a eles um dia. É a magia do RSS. Viva o RSS. Mas não estou a ver grandes possibilidades de isso acontecer, a verdade é essa.
Digamos que é uma possibilidade improvável.
Assim, a Lâmpada vai ficar nos tempos mais próximos com uma periodicidade mais aperiódica do que habitualmente e com posts espaçados no tempo. A menos que resolva acabar uns posts que tenho em rascunho há meses e mais meses, umas opiniões de leitura já tão velhas que teria de ir reler as coisas para me lembrar delas. Veremos.
Para já, ficamos assim. A última pausa está explicada e o futuro esboçado o menos vagamente que me é possível. Por agora chega.
Sigamos viagem.
A primeira coisa a fazer para regressar mesmo ao blogue, claro, é explicar o motivo da interrupção. Das interrupções, idealmente, mas a verdade é que explicar o porquê da última é bastante mais simples e exige menos texto do que explicar o porquê da anterior, não deixando por isso de necessitar de alguma elaboração para ficar convenientemente explicado, pelo que vai ser só nessa que me vou focar hoje.
À superfície bastariam três palavras para explicar tudo:
Falta de tempo.
Mas como a falta de tempo pode acontecer pelos mais variados motivos a superfície não chega. É insuficiente e insatisfatória. Portanto, vamos lá mais fundo.
Em parte, mas só em parte, o motivo para a falta de tempo é previsível para quem acompanha este blogue há anos e já o viu parado durante meses a fio em outras ocasiões. Já tinha acontecido, quando o trabalho aperta, a Lâmpada apagar-se, ver esgotado o óleo de que se alimenta. E, sim, desta vez também há um pouco disso. Sim, também desta vez tenho tido bastante trabalho. Mas é mais do que isso.
Por um lado, há ainda as consequências do que causou a paragem anterior e de que falarei noutra ocasião.
Por outro, e principalmente, em fevereiro a minha mãe teve um problema de saúde que se foi agravando ao longo de março e princípio de abril, a levou ao hospital, a deixou presa a uma cadeira de rodas e fez com que ela, que até aí tinha limitações mas era autónoma, ficasse inteiramente dependente de mim. Foram uns meses terríveis, principalmente para ela mas também para mim e, apesar das coisas terem vindo a melhorar desde então, muito devagarinho, ainda continuam frequentemente a ser.
Já não tanto, mas...
Já não há gritos e choros de dor, já não há (com frequência) a sensação de impotência absoluta e a falta de espaço mental para fazer seja o que for que não seja preocupar-me com o que não consigo fazer, com o alívio que não consigo dar, mas continuo a ter de fazer tudo o que ela fazia e algumas coisas que nenhum dos dois tínhamos de fazer.
Temo o inverno que se aproxima, temo que as melhoras recentes se devam mais ao clima do que ao tratamento e volte tudo ao mesmo, e isto fica escrito porque não há garantia nenhuma de que depois de voltar ao blogue não volte a desaparecer de um dia para o outro. Se isso acontecer, já saberão porquê.
Na ficção científica aparecem por vezes situações em que as pessoas trocam de corpo quando o velho já não funciona a contento. A minha mãe precisava de um corpo novo. Ou pelo menos de uma coluna nova. E de umas pernas novas.
Mas como a ficção científica é ficção, por mais que a nossa realidade se inspire nela, às vezes, as coisas são o que são e não há como não lidar com elas tal como são.
Tempo para continuar a fazer o que fazia antes da última pausa é que não tenho e não sei se voltarei a ter. Passar a pente fino os feeds à procura de coisas relevantes provavelmente é coisa do passado. Eles, os feeds, continuam cá, e se arranjar tempo e vontade posso sempre voltar a eles um dia. É a magia do RSS. Viva o RSS. Mas não estou a ver grandes possibilidades de isso acontecer, a verdade é essa.
Digamos que é uma possibilidade improvável.
Assim, a Lâmpada vai ficar nos tempos mais próximos com uma periodicidade mais aperiódica do que habitualmente e com posts espaçados no tempo. A menos que resolva acabar uns posts que tenho em rascunho há meses e mais meses, umas opiniões de leitura já tão velhas que teria de ir reler as coisas para me lembrar delas. Veremos.
Para já, ficamos assim. A última pausa está explicada e o futuro esboçado o menos vagamente que me é possível. Por agora chega.
Sigamos viagem.