domingo, 4 de dezembro de 2022

Leiturtugas #181

E eis que novembro termina e começa dezembro. E desta vez temos de dividir as Leiturtugas da semana em dois grupos: as que apareceram até dezembro e as que apareceram a partir de dia 1.

Até dezembro houve quatro, três das quais de participantes oficiais no projeto.

Começou com a Cristina Alves e a sua opinião sobre um romance de fantasia de Nuno Ferreira publicado no ano passado pela Divergência. Intitula-se Embaixada e não parece conter FC, o que leva as sinalefas da Cristina a 1c5s.

Seguiu com a Tita e uma opinião exclusivamente em vídeo sobre um romance de Valentina Silva Ferreira publicado no mês passado por uma editora que eu desconhecia: a Aurora. O romance intitula-se Vertigens e, ao contrário do do outro Ferreira ali em cima, contém FC. E isso significa que a Tita passa a 2c2s.

O último dos oficiais a publicar opiniões em novembro foi o Artur Coelho, com mais uma das suas opiniões curtas sobre BD, mais desenvolvidas noutro lado. A obra lida desta vez foi O Terror Negro, de Jayme Cortez e Fábio Moraes, uma edição deste ano da Polvo. BD, já se sabe, conta como "sem", o que leva o Artur a 3c20s.

Novembro encerra-se com um oficioso, a Adelaide Bernardo, que publicou uma opinião sobre um livro inspirado numa lenda tradicional algarvia, a das amendoeiras em flor. Não cheguei a perceber se a versão de Joana Estrela chega ou não a ter fantástico, mas sendo o material de base lendário parece-me provável que sim, pelo que resolvi incluir o livro aqui. Este intitula-se A Rainha do Norte e foi publicado em 2013 pela Planeta Tangerina. FC é que certamente não terá.

E é assim que a lista dos candidatos a receber em casa um exemplar de Ratazanas e Outros Acepipes fica constituída como consta da tabela que encerra este longo post. Uma curiosidade: este ano estamos todos atrasados. Até o Artur, dada a sua escassez de leituras com FC.

Mas isso é mais à frente. Para já, temos mais leiturtugas a divulgar. Nomeadamente aquelas que aconteceram já em dezembro.

Foram mais três. Uma oficial e duas oficiosas.

A oficial foi do Artur Coelho, mais uma vez uma daquelas opiniões breves sobre BD que ele desenvolve mais noutro lado. É um livro publicado este ano pel'A Seita, cujos autores são André Morgado e Rodolfo Oliveira. O título? O Infeliz Pacto de George Walden. E as sinalefas do Artur passam a 3c21s.

Quanto aos oficiosos, desta vez não há Saramago. Há uma opinião da Maria Manuel Magalhães sobre um livro de um humor surreal cheio de fantástico intitulado A Bienal da Tia Matilde. O autor é António Botto Quintans e o livro é uma edição deste ano da Guerra e Paz. Não parece é ter FC.

E há ainda, por fim, outra opinião exclusivamente em vídeo da Maria João Covas. O autor de que ela fala desta vez é Gonçalo M. Tavares e o livro é mais um livro fantástico publicado este ano, mas agora pela Bertrand. Intitula-se O Diabo. E também não parece haver aqui nenhuma FC.

E é tudo por esta semana, e não é pouco. Até à próxima!

Ah, sim, a tabela. Sigam este link aqui em baixo:

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

António Mesquita: O Pôr do Sol de um Louco

Não que eu perceba alguma coisa de poesia, e se calhar repito-me, mas uma vez mais tudo me leva a crer que António Mesquita é fã de Álvaro de Campos. E não que eu perceba alguma coisa de poesia, mas digamos que há coisas bem piores de que se ser fã.

O Pôr do Sol de um Louco é, pois, um poema — outro poema — que me parece fortemente influenciado pelas poesias do caro heterónimo racionalista, mostrando o mesmo tipo de caos pujante que este costuma mostrar nesses textos. É bastante mais curto do que é hábito ver-se nos poemas saídos da pena de Campos, ocupa só uma página, mas quem gosta de Campos provavelmente gostará dele, apesar (ou por causa?) do caráter aparentemente desconexo das imagens que as palavras surreais e enlouquecidas de Mesquita despertam. E eu gosto.

Não que eu perceba alguma coisa de poesia.

Textos anteriores deste livro: