quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Dez Leituras em Algol-7 #7

Isto com o nosso amigo etê parece estar mesmo a entrar nos eixos, quer em termos de ritmo, quer no que toca às minúcias da forma como as listas me são entregues. Menos nódoas estranhas, menos esquisitices de formatação e, na verdade, menos esquisitices em geral. Desta vez, a única que veio foi uma pergunta. Parece que o etê quer saber por que raio há tanta gente chamada «Ferreira» a publicar coisas em Portugal. E eu, francamente, não sei que lhe diga. Mas percebo a pergunta. Olhem só a lista:

- Atland, de Michel Alex, o quinto volume da série Custom Circus, que ainda não li mas, pelas informações que vou lendo, me parece ser essencialmente weird fiction com fortes elementos steampunk, é aqui comentado pelo Nuno Ferreira.

- A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, de Mário de Carvalho, uma coleção de contos muito fantástica, é aqui brevissimamente comentada pela «Redonda».

- Periferia, de Catarina Costa, é um livro que já por cá apareceu, uma ficção científica social, o que é basicamente outro termo para boa parte das distopias (excluem-se as mais fantásticas, como a de inspiração bíblica que também andou a ser lida por aí), aqui comentado pelo Rafael Ascensão.

- A Flor e o Peixe, de Afonso Cruz, é uma obra metaliterária em que o autor dialoga com contos (fantásticos) de Saramago e que foi aqui comentado pelo Nuno Coelho.

- Soberba Escuridão, de Andreia Ferreira, outro livro que já por cá tivemos, aqui comentado pela Liliana Raquel.

- Também de Andreia Ferreira, Soberba Tentação é outro livro que já apareceu por cá, aqui comentado pela Raquel.

- Ele Ainda não Sabe que Morreu, de José Luís Ferreira, é outro dos tais livros cuja pertença às literaturas do imaginário está em aberto mas, pelo título e pela comparação com os Cantos de Maldoror de Lautréamont no texto da Yvette Centeno, aqui, parece não ser demasiado arriscado supor que realmente pertence. Pelo menos em alguns dos contos.

- Vertigens, de Valentina Silva Ferreira, outro livro que já por cá tivemos antes e foi aqui comentado pela «Kou Seiya Girl».

- Jogo Mortal, de Bruno M. Franco, é mais um livro que já tinha aparecido por cá e foi comentado aqui pela Fernanda.

- Caim é o romance de José Saramago do dia e, para variar, ainda não tinha aparecido aqui, embora tenha aparecido várias vezes nas listas das Leiturtugas. Esta história de inspiração bíblica foi aqui comentada pela Inês Pereira.

Como se vê, muitos Ferreiras, muitas coisas que já não é a primeira vez que aparecem por cá, comprovando, como se necessário fosse, que a malta tende a ler toda mais ou menos o mesmo, o que sempre achei um tanto ou quanto estranho (sou daquelas pessoas a quem o hype dá vontade de não ler) mas sempre me ajudou a ter trabalho e alguma FC mais ou menos escondida nas distopias e no livro do Michel Alex.

E se quiserem saber o que o etê nos traz da próxima vez, não saiam daí.

domingo, 28 de janeiro de 2024

Poeiras

Esperando que ninguém aí desse lado sofra de alergia ao pó, e que ninguém venha daí armado de aspirador, espanador ou pano do dito, porque era chato se viesse depois de eu ter o trabalho de deixar aqui estas poeiras, siga.

oOo

Ou há dois estados na Palestina, ou não há nenhum.

Era isto que toda a gente devia estar a dizer com toda a clareza àqueles nazis do governo de Israel.

oOo

Ah. Mais drama nos Hugos.

Como tínhamos todos sentido a falta de um bocadinho de drama nos Hugos.

(e desta vez a coisa parece mais grave do que na época dos "puppies").

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Olha, encontrei um conto de ficção científica. Não é bom, mas escapa como exercício de escrita de alguém que não tem experiência na escrita de FC (e se calhar também na leitura). Já li contos de FC (bem, mais ou menos) de escritores de relativo renome no mainstream que são pouco melhores que isto.

oOo

A aliança facha está a tentar assustar a malta com a repetição do melhor governo que este país teve nos ultimos 100 anos, pelo menos, só que com alguém competente, a Mortágua, no ministério das finanças em vez do tipo que lá está agora, aquele que conseguiu a proeza de perder a câmara de Lisboa.

Eh pá, os fachos às vezes têm boas ideias. Eu quero isto. Onde é que assino?

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Os nazis de Israel parece que ainda não perceberam que o efeito que tem mostrarem fotografias de bebés assassinados pelo Hamas é lembrar as pessoas dos milhares de bebés palestinianos assassinados por eles.

(Isto foi escrito dias antes do Tribunal Internacional de Justiça ser severo com Israel numa decisão preliminar relativa à acusação de genocídio apresentada pela África do Sul. Mas parece que continuam sem perceber.)

oOo

Já agora, qual é a diferença entre um fascista e um facho?

Um fascista... é um fascista.

Um facho é aquele tipo que, se por acaso voltasse a implantar-se um regime fascista em Portugal, não seria perseguido, muito menos preso, muito menos assassinado, e pelo contrário passaria a participar com maior ou menor alegria nas estruturas do regime. Alguns dos fachos, como se tem visto, são mesmo fascistas. Outros não, talvez até prefiram a democracia, mas se vier a ditadura também estão na boa.

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Portimão está coberta por uma densa nuvem de fumo. Parece que há algum grande incêndio a arder aqui perto. Mas desconfio que não é incêndio nenhum, é só resultado da porcaria das lareiras.

Da poluição que aquelas coisas provocam ninguém fala, e é pena.

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Banana for scale? Esqueçam!

Giraffe for scale, essa é que é a cena!

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Quê, o Miguel Albuquerque é arguido? Não posso crer! Um gajo metido até ao pescoço em criptomoedas envolvido em corrupção?! Impossível!

(isto é sarcasmo, caso alguém tenha dúvidas e queira saber)

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Heh. Belo tempo de antena.

Dispensava-se o cultozinho à personalidade, mas o resto é muito, muito bom.

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Estou aqui a ouvir um jurista a discorrer na televisão sobre o processo do marquês e a sensação que me deixa é que esta malta se está completamente nas tintas para a justiça.

Adoram as bizantinices do processo judicial. Mas justiça? Bah. Borrifando!

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A diferença de discurso do PPD quanto ao caso do Costa, que não é suspeito de nada, muito menos arguido, e se demitiu, e o caso do Albuquerque, que até já arguido é mas recusa demitir-se, não só é todo um tratado em si mesma, como mostra com cristalina clareza o regabofe que aí viria se aquele bando de vigaristas vencesse as eleições e formasse governo.

(isto foi escrito, obviamente, antes do PAN tirar o tapete ao Albuquerque forçando-o a demitir-se. Mas não importa: ficou abundantemente claro para toda a gente que sem a pressão do PAN o Albuquerque não se demitia e teria o absoluto respaldo das estruturas nacionais do PPD.)

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O Ingenuity, o primeiro helicóptero a voar noutro planeta, acabou de falecer. Aparentemente, partiu-se uma das pás.

Tinha 5 voos programados, no máximo. Fez 72.

Chapeau, robozinho! Saíste muito melhor que a encomenda.

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O Lucas libertou-se. Parabéns ao Lucas. :)

(É música. E não só)


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Tenho de reconhecer que é simpático da parte do Passos Coelho vir relembrar à malta a porcaria que foram os governos dele.

Depois de ter votado na geringonça, o que terá certamente feito porque ele cumpre sempre todas as promessas que faz, não se esperava menos dele.

(sim, ainda é sarcasmo)

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Da imprensa: "Tesla recalls nearly 200,000 vehicles over faulty backup camera"

LOL!

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Eh pá, se o Marcelo pôde esperar alguns 3 meses para dissolver a AR depois de dizer que ia dissolver a AR, não é o facto de estar mais dois meses sem o poder de dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira que quer dizer seja o que for. Só não dissolve a ALM se não quiser. E se não quiser é grave, tendo em conta os antecedentes.

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E foi isto. Não foi uma semana muito divertida, pela minha parte, mas outros trataram da diversão. As partilhas, e mais umas quantas coisas, estão na minha conta de Mastodon, acessível clicando aqui no botãozinho.


Dez Leituras em Algol-7 #6

Bom. Assim está melhor. Uns dias de calma sem que me chegue nada de Algol-7, seguidos por uma listinha catita e organizada como deve ser e, para variar, sem nódoas esquisitas à mistura. Tenho de mandar dizer ao etê que é mesmo isto, que continue assim, que venham mais coisas destas e a este ritmo porque é precisamente o que se quer.

A lista da vez é esta:

- Rebeldia, de Cristina Carvalho, livro que parece poder, com alguma boa vontade, considerar-se que contém algum fantástico, embora o foco seja muito outro, foi aqui comentado pela Almerinda Bento.

- Revelação, a distopia bíblica de A. M. Catarino que já tinha aparecido por aí, aqui comentada pela «Kou Seiya Girl».

- Depois do Destino, de Bernardo Duarte, um romance fantástico aqui comentado pela «Kou Seiya Girl».

- O Gémeo de Ompanda, de Carlos Vale Ferraz, um livro que parece ter um pé muito ao de leve mergulhado no fantástico, aqui comentado pela Isabel Daires. Já agora, não sei se a conversa da "missão civilizadora" portuguesa em África é da Isabel ou se vem no livro, e gostava de saber. É que me põe os cabelos em pé, como imagino que aconteça a qualquer pessoa que saiba em que consistiu o colonialismo português (escravatura e opressão, principalmente), e isso é relevante para perceber se o livro me interessa minimamente ou não.

- Vertigens, de Valentina Silva Ferreira, um livro que tem alguma FC e também apareceu por cá nos tempos das Leiturtugas, aqui comentado pela Rita da Nova.

- Segredo Mortal, de Bruno M. Franco, aparece mais uma vez nestas listas, agora comentado pela Fernanda, aqui.

- A Profeta, de Maria Francisca Gama, um livro que já cá tivemos em Algol-7 e também no tempo das leiturtugas, aqui comentado pela Adelaide Bernardo.

- Onde Cantam os Grilos, de Maria Isaac, um romance que, pela descrição, parece conter algum fantástico, mas também pode ser só impressão minha e não conter nenhum, aqui comentado pela «Kou Seiya Girl».

- Lisboa Noir, de Luís Corte Real, um romance de história alternativa, aqui comentado pela «Kou Seiya Girl».

- Todos os Nomes, o romance de José Saramago no qual o que tem de fantástico reside mais na atmosfera geral do livro do que propriamente na história que conta, é aqui comentado pela Cris.

Como se pode ver, muita coisa bastante tangencial e algumas algo duvidosas, na medida em que não sei, realmente, se se encaixam ou não nas literaturas do imaginário. Parecem poder encaixar-se, mas entre a aparência e a realidade por vezes vai uma distância considerável. Mas também há alguma FC, embora pouca, e outras coisas que não oferecem dúvidas, portanto está tudo certo.

Vejamos o que nos traz o etê da próxima vez. E quando essa próxima vez virá.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Dez Leituras em Algol-7 #5

O etê de Algol-7 continua hiperativo, ainda que aparentemente tenha acalmado um bocadinho. Esta última parte é boa, suponho, e até a primeira o seria se não me obrigasse a mim a ter de andar a fugir para conseguir acompanhar-lhe a pedalada. Ainda não arranjei forma de o convencer a desacelerar sem o levar a parar por completo, ou quase, o que para todos os efeitos práticos seria o mesmo, mas há alguma esperança. Também não o convenci a não encher a lista de manchas estranhas de qualquer coisa. Pelo sim, pelo não, comprei um pacote de luvas de latex na farmácia, e já só mexo nelas de luvas postas. Isto das xenocontaminações não é para brincadeiras. Nem quando são apenas potenciais.

A lista que ele me mandou desta vez é esta:

- Bestiário da Isa, uma BD com monstros à mistura de Joana Afonso, aqui comentada pela Maria João.

- As Esquinas do Tempo, de Rosa Lobato de Faria, um romance que envolve viagem no tempo, aqui comentado pela Inês Pereira.

- Soberba Tentação, de Andreia Ferreira, uma fantasia urbana aqui comentada pela «Kou Seiya Girl».

- Também de Andreia Ferreira, Soberba Escuridão, outra fantasia urbana, aqui comentada pela Raquel.

- Shore: Desvendado, de M. G. Ferrey, um livro de fantasia, aqui comentado também pela Raquel.

- Jogo Mortal, de Bruno M. Franco, um tecnothriller de uma série que, pelo que tenho lido, parece ir perdendo a parte tecno e transformando-se em policiais mais despidos de contaminações, aqui comentado em vídeo pela Tita.

- Objectivo - Marte, de Karel Külle (i.e., Carlos Sardinha), um romancezinho de FC aqui brevissimamente comentado (i.e. destruído sem apelo nem agravo) pelo LV Paulo.

- Contos de Vampiros, uma antologia de... hum... contos de vampiros, organizada por Pedro Sena-Lino, aqui comentada pela Daniela Rosas.

- Nova, Nova, Nova, Nova!, um conto de ficção científica de Carlos Silva, aqui comentado pelo Nuno Ferreira.

- Sangue, uma antologia de contos sobre... errr... sangue, que não sei quem organizou, aqui comentada pela Liliana Raquel.

Uma BD, muita fantasia, especialmente da vertente urbana, alguma FC propriamente dita e outras coisas que roçam por ela, um pouco de horror. Sim, uma lista equilibrada. Se fossem todas assim, seria ótimo. Mas não quero estar a influenciar o etê. Ele que me mande o que quiser, e a ver vamos o que chega na próxima.

sábado, 20 de janeiro de 2024

Grãos de areia

Sim, é a segunda vez que faço isto, depois de Migalhas. Sim, se calhar vou intitular todos estes posts com estes exemplos de coisas pequenas e todas iguais, pelo menos à primeira vista. Vou é ter problemas em encontrar exemplos de coisas dessas, se isto for para continuar. Que sim, ainda não sei se é para continuar ou não. Depende. De várias coisas. Mas duas vezes já são mais que uma. Uma série de dois já é série.

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O desleixo, ou a falta de tempo, ou as duas coisas combinadas, deixam a entropia à solta.

A entropia acumula lixo.

Depois, quando o lixo se torna demasiado, é o bom e o bonito para nos vermos livres dele. Dá vontade de deitar tudo (tudo!) fora. Mas isso é como despejar o bebé com a água do banho, e, pior, é a saída mais preguiçosa possível.

Estou a falar do meu computador. Mas também serve para a vida cá fora.

Incluindo a política.

E a geopolítica.

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Este mapa, que me chegou daqui, é engraçado. Identifica as comunidades imigrantes mais numerosas em cada área administrativa da Península Ibérica. E o mais curioso, para mim, enquanto algarvio, é que só muito raramente me cruzo na rua com todos estes imigrantes ingleses (ou antes, britânicos) aqui na minha parte do Algarve.

Brasileiros? Ucranianos? Africanos de várias proveniências? Todos os dias. Mas britânicos? Quase nunca.

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Na boca de cada português há uma língua portuguesa.

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Será impressão minha, ou os anúncios na internet estão-se a tornar cada vez mais sórdidos?

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O X-59 é um avião muito esquisito, caneco!

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Aprendi duas coisas com o congresso dos cheganos:

1. A melhor maneira de embaraçar um chegano é perguntar-lhe o que pensa.

2. Alguns dos cheganos ainda não receberam o memorando que diz que agora têm de fazer de conta que não são fascistas.

(ou então receberam mas não o sabem ler)

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Parecendo que não, esta do Leonardo Cruz também é uma história de ficção científica.

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Há algumas coisas no universo que começam bestiais mas depois involuem até à completa patetice.

Como o steampunk.

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Há uma coisa que eu não percebo nesta cegarrega da Globalmedia: toda a gente dizer que não sabe quem é dono do grupo.

Eles não são jornalistas?

E de alguns dos títulos mais reputados em Portugal?

E não fará parte das ferramentas de um bom jornalista saber investigar precisamente este tipo de coisa?

Então estão à espera de quê?

E isto vale também para os colegas que têm manifestado solidariedade.

Estão à espera de quê?

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Muito gostam as mulheres divorciadas que querem ter aventuras sexuais comigo de me mandar emails, caneco. É quase todos os dias.

(calma... é só spam)

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Alguém me chamou a atenção para isto, e eu ri.

Pelos vistos, estou num quiz sobre Timor-Leste. Sim, leram bem. A que propósito? Pft, sei lá!

E o mais giro é que conheço mais dois dos anónimos que também lá estão, um dos quais pessoalmente.

(pergunta 7, se quiserem saber)

Há com cada uma... 😂

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Hm...

Quem será o Tom Raider?

🤔

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Parece que anda por aí uma múmia muito aborrecida porque a história já começou a reduzi-la à sua intrínseca nulidade.

Estes cadáveres políticos que se julgam vivos, pá. Não há pachorra...

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O meu teclado tem um agá pregiçoso. De vez em quando recusa-se a escrever. É um aborrecimento, mas não um aborrecimento muito grande; obriga-me a estar com atenção, mas não assim tanta que se torne mesmo chato. E às vezes saem coisas engraçadas. Como a "umanidade" que saiu agora.

É engraçado porque foi essa a opção tomada pelos italianos: abolir os agás mudos. Daí, umanità, umano, uomo. Em português ficaria umanidade, umano, omem.

Parece que falta qualquer coisa? Sim. Mas funcionaria.

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Devo dizer que esta tradução automática está absolutamente impecável.

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Outra gira do Leonardo Cruz... esta sem FC, tirando a referência verniana do título.

Mas é gira.

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Os fachos passaram décadas a irritar-se quando lhes chamávamos fachos.

Às tantas aparece por aí um partido fascista com alguma capacidade de lhes dar uns tachos. E o que fazem os fachos? Mostram que de facto não são fachos?

Qual quê! Atiram-se para os braços do partido fascista. Alguns cinco dias depois de garantirem que nunca o farão.

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Da imprensa: "Spanish singer Julio Iglesias detained at Punta Cana airport for carrying excess food in luggage"

Já não se pode ser um ancião com fome, caneco!

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Mariana Mortágua: "Propomos proibir a venda de casas a não-residentes."

Idiota da TV: "Bloco propõe proibir a venda de casas a estrangeiros."

Encontre as diferenças.

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No regime nazi de Moscovo, entretanto, criticar o poder pode não só dar prisão como, em breve, confisco de propriedade.

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E é isso. Como da última vez, podem encontrar tudo isto e muitas outras coisas na minha conta do Mastodon. É só clicarem no logotipo aqui em baixo.


sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Dez Leituras em Algol-7 #4

Lá em Algol-7, o amigo etê anda hiperativo. Mal me mandou uma lista, mandou logo outra a seguir. Tenho de lhe dizer para aguentar os cavalinhos, que isto assim é pressa a mais. O problema é que, prestativo como ele é, se não tiver cuidado com a forma como expresso o pedido ainda passa a enviar-me só uma lista de ano a ano, ou assim. E isso seria, digamos, aborrecido.

A lista mais recente, que voltou a chegar-me com umas nódoas de qualquer coisa estranha mas, tirando isso, a preceito, é a que segue:
 
- Três Amigos e um Desejo, de Benedita de Albuquerque, uma fábula infantil aqui comentada pela Paula Perfeito.

- Pela Cabeça do Rei, de Nuno Almeida, um romance de fantasia (sombria, aparentemente) que é aqui comentado pelo Nuno Ferreira.

- Camila, de Manuel António Araújo, um livro que parece conter algum fantástico, embora não muito, aqui comentado pela «Kou Seiya Girl»

- 13 Contos Fora da Caixa, de A. M. Catarino, um livro de contos (duh!) que francamente não sei se contêm fantástico mas, dado ser esse o ambiente em que se move habitualmente o autor, parece provável que sim, aqui comentado pela Mónica Mil-Homens.

- Também de A. M. Catarino é outro livro de contos, Fragmentário, também comentado aqui pela Mónica Mil-Homens. E este tem fantástico.

- Afastar-se, livro de contos de Luísa Costa Gomes, parece ter muito pouco fantástico, pelo menos ajuizando pelo comentário do Pedro Miguel Silva, aqui. Mas "muito pouco" é diferente de "nenhum".

- Tigres no Céu, de Karel Külle, aka Carlos Anjos Sardinha, um romance de ficção científica aqui brevissimamente comentado pelo LV Paulo.

- Olhos que Comiam Medo, de Norberto Ribeiro, livro que já apareceu na última destas listas e que desta vez foi aqui comentado pela Liliana Raquel.

- A Caverna, de José Saramago, foi aqui comentada pela «Charneca em Flor».

- Também de José Saramago é o justamente (embora às vezes não pareça quando se é obrigado a lê-lo para a escola; das minhas leituras obrigatórias só não detestei uma, e das que voltei a ler mais tarde só continuei a detestar as Viagens na Minha Terra) célebre Memorial do Convento, aqui comentado pela Mariana Leal.

Menos FC que a lista anterior, como se vê, mas a que tem é mais classicamente FC, ainda que também seja literariamente bem pior, ajuizando pelas opiniões que as acompanham.

Vamos a ver agora como faço o pedido de calma lá para Algol-7, e vamos a ver como é que o etê responde. Vou ter de pensar bem no assunto. Logo veremos o que acontece.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Mudançazinhas na Lâmpada

Aproveitando o facto de querer retirar aqui do lado direito o link para a minha conta de Facebook, de onde estou em processo de saída (já não ponho lá nada há mais de um mês, com uma única exceção), aproveitei para fazer mais umas mudançazinhas aqui no layout da Lâmpada. Coisas pequenas, em que provavelmente ninguém repararia se eu não avisasse mas, para o caso de alguém reparar, aqui fica a nota para perceber que não é nenhuma avaria nas conexões, é simplesmente resultado das minhas opções. Rima e é verdade.

Assim, desapareceu o link para o facebook e desapareceram também os botões de partilha por baixo de cada post que, por mais úteis que possam ser em algumas circunstâncias, têm a desagradável característica de funcionar como trackers. São botõezinhos de espionagem. Além de quase só permitirem a partilha em redes que me recuso a promover.

Por fim, e já que estava com a mão na massa, fiz uma coisa que já tencionava fazer há anos e anos e anos e mais anos, mas por um motivo ou outro (basicamente esquecimentos vários) fui adiando até agora: pôr em português todas as informações do rodapé dos posts.

Notinha feita, siga a festa.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Dez Leituras em Algol-7 #3

Ah. Bom. Parece que temos um etê simpático e capaz de compreender limitações e de seguir instruções. E rápido. Foi só a mensagenzinha ser-lhe mandada, e pimba, lá veio logo a resposta.

A lista que me mandou desta vez veio formatada decentemente. Com umas gotas de qualquer coisa esquisita a manchar o papel, nas quais eu tenho tentado não tocar, não vá o diabo tecê-las, mas pelo menos os nomes e os títulos vieram todos como deve ser. Nomes e títulos esses que são os que seguem:

- Lobos Sedentos da Respiração dos Dias, de Ana Gil Campos, um livro que apesar do título poético parece ser uma distopia, aqui comentado pela Maria Manuel Magalhães.

- Revelação, de A. M. Catarino, outra distopia, esta de inspiração bíblica, foi aqui comentada pela Liliana Raquel.

- Periferia, de Catarina Costa, é mais uma distopia, lida e aqui comentada pela «Kou Seiya Girl».

- A Boneca de Kokoschka, de Afonso Cruz, livro que parece conter, pelo menos subtilmente, algum do imaginário que associamos ao autor, e que foi aqui comentado pela Mariana Leal.

- Quantos Ventos na Terra, de Maria Isaac, livro que já tinha aparecido por aí, agora comentado pela Maria João, aqui.

- Palavra do Senhor, de Ana Bárbara Pedrosa, um livro de pura fantasia, que quase põe deus a conversar com os leitores, e aqui foi comentado pela Anabela Risso.

- Olhos que Comiam Medo, de Norberto Ribeiro, um livro de terror, aqui comentado pelo Nuno Ferreira.

- História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, um romance que é quase história alternativa (afinal, o homem não chega bem a adulterar o texto) e que foi aqui comentado pela Daniela Rosas.

- Também de José Saramago, O Evangelho Segundo Jesus Cristo é outro romance com muito fantástico à mistura, aqui comentado pela «Charneca em Flor».

- Deste Silêncio em Mim, de Rui Conceição Silva, parece ser um romance de realismo mágico, pelo menos ajuizando pelo comentário da «Kou Seiya Girl», aqui.

Como se vê, desta vez há FC. Rima e é verdade. Não muita, não muito da pura-e-dura, nada tecnológica, muito centrada em distopias mais ou menos afastadas do núcleo do género, mas ela está lá. O que, vindo do etê de Algol-7 não surpreende nadinha, não é?

O que virá a seguir? Só o etê saberá.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Dez Leituras em Algol-7 #2

Lá em Algol-7, o etê decidiu armar-se aos cágados e mandar-me esta lista como se fosse um conjunto de referências bibliográficas. Bem... mais ou menos. Enfim... manias dos etês. Tive de estar a perder tempo a pôr os nomes das pessoas como deve ser. Ainda pensei não o perder, deixar ir mesmo assim, mas às vezes preciso de procurar Fulano ou Sicrano, e se escrevo os nomes de maneiras diferentes a busca dá muito mais trabalho. Já lhe mandei uma notazinha de protesto, a ver se o gajo ganha juízo. Não estou para perder tempo com as manias de sua excelência.

Enfim, a lista que me mandou desta vez é esta:

- A Trança de Inês, de Rosa Lobato de Faria, um romance em três tempos (um deles futuro), lido e comentado aqui pela Mariana Leal.

- A Profeta, de Maria Francisca Gama, um romance lido e comentado aqui pela Edite PF.

- Quantos Ventos na Terra, de Maria Isaac, um livro lido e comentado aqui pela Fernanda.

- O Caminho do Burro, de Paulo Moreiras, um livro de contos que já por cá tínhamos visto, aqui comentado pela "Kou Seiya Girl".

- Do Outro Lado, de Mafalda Santos, uma distopia que foi aqui comentada em vídeo pela Maria João Covas.

- E aqui temos duas leituras num lugar só, ambas de um tal José Saramago, não sei se conhecem. Já ouviram falar? Ótimo. As leituras são Todos os Nomes e O Homem Duplicado, dois romances comentados pela Maria Pinto.

- A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado, outro livro de contos, este de Gonçalo M. Tavares, aqui comentado pelo Gonçalo Martins de Matos.

- Bichos, de Miguel Torga, uma coletânea de contos aqui comentado pela N. Martins.

- O Perigeu da Lua Cheia, de R. C. Vicente, um romance de fantasia aqui comentado pela Daniela Rosas.

Desta vez, como se vê, o etê até leu alguma FC. O livro da Rosa Lobato de Faria tem alguma, por exemplo, e o da Mafalda Santos também. E até o Homem Duplicado, de certo modo, a tem. Está melhor. Agora é ver se o gajo não me continua a mandar as listas todas embaralhadas ou se não se põe a fazer outra etezisse esquisita qualquer, que isto com etês nunca fiando.

A ver vamos, já lá dizia o ceguinho.

sábado, 13 de janeiro de 2024

Migalhas

Migalhas, pensamentos dispersos, coisas interessantes, postas de pescada que se costumam deixar nas redes sociais mas eu, que estou pelos cabelos com as redes sociais em que toda a gente anda, resolvi trazer para o blogue.

Isto é uma salada. Não sei ainda se vai ser conteúdo normal na Lâmpada daqui para a frente, mas suponho que vamos todos descobrir em conjunto, eu e quem por aí vai chegando. Para já, é uma experiência. E começa aqui.

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Ficção científica de futuro muito, muito, MUITO distante. Em vídeo, aqui.

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Aviões movidos a caca. Hehehe. Porreiro, pá!

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Não é só em Portugal que se escolhe a palavra do ano (de resto, estas patetices de isto-ou-aquilo do ano nunca são ideias originais nossas, são sempre copiadas de algures). Lá para as américas também o fazem. E a palavra escolhida este ano é, rufo de tambores, enshittification. Tradução? Algo como merdificação, ou assim. Foi cunhada pelo Cory Doctorow, um autor de ficção científica. E o seu significado é razoavelmente óbvio.

E isso diz-vos tudo o que precisam de saber sobre o estado atual da internet. Se bem que a abrangência da palavra ultrapasse em muito a internet.

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E já que estamos a falar de Doctorow, isto, dele, tem de ser lido. É sobre um livro, é sobre o espaço, mas é sobretudo sobre tomar decisões informadas e defendermo-nos das tretas. Na condição de leitor de FC de toda a vida e escritor ocasional, tenho de dizer que concordo por inteiro com todos os argumentos que ele aqui faz.

A única coisa de que sinto falta é uma palavrinha ou duas sobre esta ideia que anda por aí de que é possível combater as alterações climáticas acrescentando mais energia ao sistema Terra através do uso de estações orbitais de captação solar. Mas suponho que não podiam falar de todas as tretas.

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OK, isto aqui em cima diz clima-x ou cuma-x?

É que o produto implícito seria bastante diferente...

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Da imprensa (tecnológica)

"YouTube agora permite enviar episódios de podcast via RSS"

OK, decididamente estou a gostar desta ressurgência do RSS.

Venham mais!

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Como sabem (e se não sabiam sabem agora), estou a dar volta aos velhos artigos que se foram acumulando no meu leitor de RSS, para aquela coisa de Algol-7. E como efeito secundário, tenho andado a ler (e a gostar) as crónicas do Leonardo Cruz na Comunidade Cultura e Arte. Como esta, por exemplo.

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E isto é tão, tão, TÃO bom!

Brasileiras e portuguesa a cantar em inglês e português (com ambos os sotaques).

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Andava desconfiado de que as enormes subidas nas pageviews da Lâmpada Mágica nos últimos anos tinham a ver com o treino de LLMs.

Vai daí perguntei ao ChatGPT e ao Bard o que eram Leiturtugas. Se andaram a cheirar por aqui deviam saber essa, certo?

Bem... continuo desconfiado.

Mas o ChatGPT disse que não conhecia a palavra, e o Bard inventou que era uma "expressão típica portuguesa" para designar gente que "lê devagar". São sempre tão fidedignos, não são?

OK, eles não sabem.

Mas cá eu continuo desconfiado.

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Dado o número de pessoas que anda a cair de janelas nos últimos tempos, a Federação Russa decidiu mudar de nome para Defenestração Russa.

Por favor, respeitem a decisão deles.

(e esta fica melhor em inglês... *suspiro*)

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Fascistas em congresso.

Fascista em discurso direto: "eu aprendi a ser obediente a quem manda".

Se alguém ainda tinha alguma dúvida...

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Raio de mania que as canecas arranjaram agora de se fazer em fanicos lá porque caíram ao chão. Drama queens do caraças.

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E pronto, assim se conclui a experiência. Caso não passe disso, uma experiência, têm tudo isto e muito mais na minha conta no Mastodon. É passarem por lá.

Caso passe de experiência, cá nos voltaremos a encontrar um dia destes.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Dez Leituras em Algol-7 #1

E cá está ele, o étê de Algol-7!

Em Algol-7, o étê lê muito pouca FC. Lê fantasia, lê literatura infantil, lê livros que namoram de uma distância mais ou menos próxima, mais ou menos afastada, as literaturas do imaginário, incluindo a FC, mas FC propriamente dita, aquela que se assume e diz eu sou isto e estou aqui, pelo menos por enquanto, não lê.

Então mas o que lê, o étê de Algol-7? Pois lê:

- Correntes, uma fantasia urbana juvenil de Patrícia Morais, aqui comentada pela Inês Morais (julgo eu).

- Olho da Rua, um livro com o seu quê de fábula, de comédia surreal sobre a falência de um banco, de Dulce Garcia, aqui comentado pelo Paulo Nóbrega Serra. Despertou-me um certo interesse, este, confesso.

- O Círculo do Medo, mais uma fantasia de Sandra Carvalho, naturalmente parte da sua série das Pedras Mágicas, aqui comentada pela Andreia Ferreira.

- Jogo Mortal, de Bruno M. Franco, aqui comentado pelo Ricardo Trindade. Uma série que só roça pelas literaturas do imaginário mas que apareceu muitas vezes por cá nos tempos das Leiturtugas.

- Ensaio Sobre a Lucidez, o segundo dos "ensaios" de José Saramago, aqui comentado pelo Gonçalo Martins de Matos. O segundo e, a meu ver, o pior. O que não quer dizer que, se um dia se fizer a lista das distopias literárias portuguesas, não tenha de lá constar em lugar de destaque.

- Soberba Escuridão, de Andreia Ferreira, uma fantasia urbana ou romance paranormal, aqui comentado pela "Kou Seyya Girl".

- Luzes de Natal, um livro infantil em que um velho solitário se refugia na Lua e lhe apaga a luz, escrito por Pedro Teixeira Neves, ilustrado por Rui Cardoso e aqui sumariamente comentado por Miguel Pestana.

- O Senhor Vento e a Menina Chuva, de Virgínia Mota, um livro que com um título destes só podia ser infantil, aqui comentado pela "Toupeira".

- Seeds of War, de João F. Silva, romance de fantasia publicado em inglês dado o autor viver em Inglaterra, aqui comentado pelo Rodrigo Fernandes.

- Os Vampiros, de Filipe Melo e Juan Cavia, uma BD que foi aqui comentada muito elogiosamente pelo Mário Rufino.

Ao procurar o que se quer encontrar, encontra-se o que não se procura

Não direi que é sempre assim, mas é frequentemente assim. Uma pessoa procura uma coisa, não a encontra, mas encontra coisas que não procurava. Às vezes até acaba por descobrir que precisava mais destas do que das que procurava.

Não é bem o caso, mas ao procurar nos meus feeds RSS as coisas para aquilo do ET de Algol-7, dei com uma espécie de conto de FC publicado na Comunidade Cultura e Arte já há mais de um ano. É giro. Não como FC, propriamente, e o próprio Leonardo Cruz diz logo a abrir que se trata de um "Interstellar de trazer por casa" para que a ninguém lhe passe pela cabeça que a ideia dele foi fazer uma FC a sério. Mas é um daqueles contos que usam as roupagens da FC para fazer outras coisas e, ao contrário de outros que o fazem desastradamente, este fá-lo engraçadamente.

Se não leram ainda, podem ir ler. Não perdem nada com isso.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

The Dragon and Her Friend



"Do you think", asked the dragon, "they've forgotten the... incident yet? Down there?"
"Hardly," I said. And then, "You did cause a lot of damage. And... other stuff."
A puff of smoke came out of his nostrils, his way of sighing.
"I'm sorry."
"I know."
He waited. I waited.
"You miss them?"
What to say? The truth?
"Sometimes. Yeah."
"You can go back, you know."
"There's nobody there for me. Not anymore."
He didn't answer. And I did all I could do.
I remembered.


No Mastodon existe uma vibrante comunidade de gente que escreve, embora a língua portuguesa esteja fracamente representada, uma comunidade não só numerosa como produtiva. Há desafios, jogos literários, gente a ler e a falar do que lê, vida. E há muito pouco tempo ocorreu-me uma historinha que obedecia às regras de um desses desafios: escrever uma microficção inspirada pela imagem que ilustra este post, uma imagem cujos créditos são atribuídos a Monstermonger. Uma microficção que caiba num toot, i.e., em 500 caracteres.

Escrevi a história diretamente em inglês, e agora mostro-a aqui fora do Mastodon. Em inglês, sim, mas também têm aqui em baixo a tradução para português.

Se ficarem por aí até eu ter finalmente disponibilidade para escrever o tal post, perceberão até que ponto este facto banal de ter escrito uma historinha é significativo.

Até lá, fiquem-se com a história em português.


— Achas — perguntou o dragão — que eles já esqueceram o... incidente? Lá em baixo?
— Dificilmente — disse eu. E depois: — Tu causaste mesmo montes de estragos. E... outras coisas.
Uma nuvenzinha de fumo saiu-lhe das narinas, a sua forma de suspirar.
— Lamento.
— Eu sei.
Esperou. Eu esperei.
— Tens saudades deles?
O que dizer? A verdade?
— Às vezes. Sim.
— Podes voltar, sabes?
— Não há lá ninguém para mim. Já não há.
Ele não respondeu. E eu fiz tudo o que podia fazer.
Recordei.