The Assistant to dr. Jacob, de autor anónimo (mas se não disserem a ninguém eu digo-vos que é de um tal Eric Schaller) é um conto perturbador sobre a memória e as suas artimanhas. Em especial quando nela estão envolvidas coisas como lírios que sangram quando são carinhosa e meticulosamente podados, e muito em particular quando os lírios, se calhar, não são bem lírios. O conto é ambíguo, apesar de a maior parte dessa ambiguidade se desfazer no fim, e está muito bem construído, a princípio pleno de inocência apesar da menção a um polícia quase a abri-lo, e depois cada vez mais carregado de pormenores macabros até desembocar na revelação final, que mergulha o protagonista/narrador num labirinto de arrepiantes recordações entrecruzadas. Francamente bom.
Contos anteriores desta publicação:
quinta-feira, 31 de julho de 2014
terça-feira, 29 de julho de 2014
Só uma citação rápida
Olá. Ainda aí estão?
Desculpem lá a ausência: tenho andado cheio de trabalho e metido numas confusões que me têm levado todo o tempo que normalmente dedicava a isto de blogar. Mas hoje apetceu-me cá vir, deixar-vos uma citação levemente alterada para a tornar mais genérica. Já percebem porquê. É esta:
Mas não, o livro não é sobre a esquerda portuguesa. Nem é sobre Portugal. Nem sobre nenhuma região, passada, presente ou futura, do planeta Terra. É o livro que estou a traduzir, um livro de fantasia passado num mundo secundário.
Há muito quem diga que a fantasia, como a ficção científica e as literaturas do imaginário em geral, é escapista. E alguma é, sem dúvida. Mas outra está cheia de sumo e nem é preciso espremer com força para o encontrar. Basta querer encontrá-lo.
Desculpem lá a ausência: tenho andado cheio de trabalho e metido numas confusões que me têm levado todo o tempo que normalmente dedicava a isto de blogar. Mas hoje apetceu-me cá vir, deixar-vos uma citação levemente alterada para a tornar mais genérica. Já percebem porquê. É esta:
Vimos um fenómeno curioso associado a grupos rebeldes que se separam do Império [...] e tentam alcançar a autonomia. Em quase todos os casos, o [Imperador] não precisou de enviar o exército para reconquistar os rebeldes. Quando os seus agentes chegaram os grupos já se tinham derrubado a si mesmos.Faz-vos lembrar alguma coisa? A mim fez lembrar a esquerda portuguesa. Acho que está aqui escarrapachadinha.
Mas não, o livro não é sobre a esquerda portuguesa. Nem é sobre Portugal. Nem sobre nenhuma região, passada, presente ou futura, do planeta Terra. É o livro que estou a traduzir, um livro de fantasia passado num mundo secundário.
Há muito quem diga que a fantasia, como a ficção científica e as literaturas do imaginário em geral, é escapista. E alguma é, sem dúvida. Mas outra está cheia de sumo e nem é preciso espremer com força para o encontrar. Basta querer encontrá-lo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)