Há dias em que dá gosto visitar a blogosfera. Hoje é um desses dias, logo com dois posts bestiais, O fim do mês como problema político, de Rui Tavares e Universo de plástico, de Ludwig Krippahl.
E agora, vou trabalhar. De barriga cheia.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Pato de internet
De vez em quando surge-nos à frente uma expressão tão genial que dá vontade propagar. Esta apareceu-me ontem e tem origem brasileira. "Já que pato é aquele bicho que nada, mas nada mal, anda, mas anda mal, canta, mas canta mal", escreve o amigo de quem li a expressão, assim o pato de internet seria aquele "tipo de pessoa que se mete a dar palpite no que lhe dá na cacholeta, mesmo que não entenda nem medianamente do assunto (o que costuma ser a regra)".
É brilhante.
Mas atenção: o verdadeiro pato de internet não deve ser confundido com aproximações parciais e pontuais, como a do Nuno Seabra Lopes quando se mete a discorrer sobre o caso de takeover do bloque freedomtocopy, blogue que ou foi fechado pelo seu criador e reaberto, no mesmo endereço, por outra pessoa - o que custa a crer - ou foi simplesmente roubado, chamando-lhe "reencaminhamento para um outro blogue promocional da obra Equador". E apetecer-me-ia perguntar por que motivo um acto que será pouco ético caso se confirme (a denúncia de plágio feita com base em manipulação da realidade) é condenável ao passo que um outro acto pouco ético (o roubo de um endereço electrónico com substituição de conteúdo) já é "genial" e digno de aplauso.
Não, o Nuno Seabra Lopes não é um pato de internet. Limitou-se a fazer figura de pato de internet naquele post. São coisas diferentes.
É brilhante.
Mas atenção: o verdadeiro pato de internet não deve ser confundido com aproximações parciais e pontuais, como a do Nuno Seabra Lopes quando se mete a discorrer sobre o caso de takeover do bloque freedomtocopy, blogue que ou foi fechado pelo seu criador e reaberto, no mesmo endereço, por outra pessoa - o que custa a crer - ou foi simplesmente roubado, chamando-lhe "reencaminhamento para um outro blogue promocional da obra Equador". E apetecer-me-ia perguntar por que motivo um acto que será pouco ético caso se confirme (a denúncia de plágio feita com base em manipulação da realidade) é condenável ao passo que um outro acto pouco ético (o roubo de um endereço electrónico com substituição de conteúdo) já é "genial" e digno de aplauso.
Não, o Nuno Seabra Lopes não é um pato de internet. Limitou-se a fazer figura de pato de internet naquele post. São coisas diferentes.
domingo, 29 de outubro de 2006
Iniciados?
Nunca compreenderei, parece-me, a mania que há por aí de pôr os iniciados acima do comum dos mortais. Então não é em seniores que se ganha dinheiro?
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
Qual a importância...
Mais uma busca deliciosa que veio ter aqui à Lâmpada:
- "Qual a importancia do fato a língua dos sapos e rãs solta atras e presa na frente"
Suponho que o/a visitante não terá saído daqui esclarecido/a...
- "Qual a importancia do fato a língua dos sapos e rãs solta atras e presa na frente"
Suponho que o/a visitante não terá saído daqui esclarecido/a...
And now for something completely different: deeeeep life!
Vida profunda foi o que encontraram num buraco escavado quase 4 km abaixo da superfície terrestre, na África do Sul. Bactérias, claro, mas umas bactérias especialíssimas que retiram a sua energia não do Sol, não de reacções químicas, mas do decaimento radioactivo das rochas no interior da Terra. Parece que estão isoladas do resto da biosfera há pelo menos três milhões de anos, se bem que a incerteza neste número é tão grande que pode chegar aos 25 milhões de anos...
Em tempos, pensou-se que toda a vida dependia do Sol para sobreviver. É com base nessa ideia que ainda hoje se procuram noutros locais indícios de vida. Mas essa parece ser cada vez mais uma ideia errada. O Sol limita-se a ser a fonte mais acessível de energia, nada mais.
Em tempos, pensou-se que toda a vida dependia do Sol para sobreviver. É com base nessa ideia que ainda hoje se procuram noutros locais indícios de vida. Mas essa parece ser cada vez mais uma ideia errada. O Sol limita-se a ser a fonte mais acessível de energia, nada mais.
É oficial: o tipinho não passa dum aldrabão de feira
Não nutro grandes simpatias por este governo, por vários motivos, entre os quais ser tão PPD como o PSD. Mas quando vejo aldrabões de feira como este a tentar passar mentiras como verdades com o fito único de fazer propaganda, irrito-me.
Ontem assisti ao noticiário da RTP, à noite. Estava também online, no ICQ, a trocar mensagens com um amigo. Antes de as reportagens sobre o mau tempo chegarem ao fim, comentei com esse amigo o tempo que a coisa estava a durar. A mensagem ficou registada no log; eram 20:10. As reportagens ainda prosseguiram mais uns minutos. Depois, o noticiário passou a outros assuntos e a seguir ao intervalo voltaram a esse durante mais uns 4 ou 5 minutos, para reportagens sobre o que se passou no Sul. E hoje, já agora, voltei a ver (na RTP) longos minutos de reportagens sobre o que se passou ontem, incluindo as críticas do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses à organização dos serviços de protecção civil. Provavelmente vê-las-emos de novo logo à noite.
Quanto às mentiras deste "fv" (que parece que é autarca em Tavira; pobres tavirenses) são isso mesmo: mentiras. É oficial: o tipinho não passa mesmo dum aldrabão de feira. É pena. Mas parece que, salvo honorabilíssimas excepções, a direita portuguesa só tem gente rasca deste género.
Quanto ao seu blogue vai ser mesmo desinfectado da minha lista de blogues assim que arranje tempo e paciência para fazer uma reformulação geral da dita-cuja. Há outras coisas a remover (blogues mortos e outro lixo), e uma quantidade de coisas novas a acrescentar.
Ontem assisti ao noticiário da RTP, à noite. Estava também online, no ICQ, a trocar mensagens com um amigo. Antes de as reportagens sobre o mau tempo chegarem ao fim, comentei com esse amigo o tempo que a coisa estava a durar. A mensagem ficou registada no log; eram 20:10. As reportagens ainda prosseguiram mais uns minutos. Depois, o noticiário passou a outros assuntos e a seguir ao intervalo voltaram a esse durante mais uns 4 ou 5 minutos, para reportagens sobre o que se passou no Sul. E hoje, já agora, voltei a ver (na RTP) longos minutos de reportagens sobre o que se passou ontem, incluindo as críticas do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses à organização dos serviços de protecção civil. Provavelmente vê-las-emos de novo logo à noite.
Quanto às mentiras deste "fv" (que parece que é autarca em Tavira; pobres tavirenses) são isso mesmo: mentiras. É oficial: o tipinho não passa mesmo dum aldrabão de feira. É pena. Mas parece que, salvo honorabilíssimas excepções, a direita portuguesa só tem gente rasca deste género.
Quanto ao seu blogue vai ser mesmo desinfectado da minha lista de blogues assim que arranje tempo e paciência para fazer uma reformulação geral da dita-cuja. Há outras coisas a remover (blogues mortos e outro lixo), e uma quantidade de coisas novas a acrescentar.
terça-feira, 24 de outubro de 2006
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Delicious searches
Muitos dos blogueiros que conheço (e mesmo sem ser blogueiros; basta terem um site) divertem-se com as buscas que trazem visitantes às suas páginas. Não sou excepção. Hoje ri-me com duas:
- homens nus famosos que mostre o rosto e o pênis
- frases de agradecimentos pele chegada do bebe
Ó pró sorriso aqui: :)
- homens nus famosos que mostre o rosto e o pênis
- frases de agradecimentos pele chegada do bebe
Ó pró sorriso aqui: :)
Eles não me perguntam, mas eu respondo
Os tipos que fazem sondagens nunca me perguntaram nada na vida. Minto: uma vez fui interrogado "à boca das urnas" sobre o sentido do voto que tinha acabado de despejar na caixinha. E foi tudo.
Pois bem, resolvi que também tenho direito a responder, mesmo que eles não me perguntem. Portanto aqui vão as minhas respostas sobre a tal sondagem da Católica de que muito se fala por aí. E justificadas, que é coisa que nunca se vê em sondagens.
P: É a favor ou contra que haja educação sexual nas escolas?
R: Vou com a maioria, claro. Sou a favor, e sem a mínima hesitação. Embora ache que o ideal seria se a educação sexual fosse dada pela família, sei perfeitamente que a maioria das famílias se demite dessa tarefa até ser tarde demais ou presta informação errada às crianças. Por esse motivo, a existência de educação sexual nas escolas é um imperativo de saúde pública.
P: Acha que deveria ser legal ou ilegal para um médico provocar a morte de um paciente com doença incurável ou dolorosa, desde que o doente assim o solicitasse?
R: Também vou com a maioria, ao achar que deveria ser legal. Se há coisa de que uma pessoa deve poder dispor sempre é da sua própria vida. Nenhuma instituição deve arrogar-se o direito de impedir que alguém procure pôr termo a uma sobrevivência insuportável.
P: E se o doente estivesse em estado de coma: acha que deveria ser legal ou ilegal para um médico provocar a morte desse doente a solicitação dos familiares?
R: O Pedro Magalhães que me desculpe, mas esta pergunta está mal elaborada. Há comas e há comas. Há comas ligeiros de que as pessoas têm grandes possibilidades de despertar, e há comas profundos e irreversíveis, dos quais ninguém desperta. E há ainda todas as variações possíveis, todos os gradientes, entre um tipo de coma e o outro. E parece-me óbvio que a resposta perante uns e outros tem de ser diferente. Por isso, junto-me aos 15% que não respondem.
P: Acha que a prostituição devia ser uma actividade legal ou ilegal?
R: Junto-me, uma vez mais, à maioria e acho que devia ser legal. A prostituição é uma actividade degradante em si mesma, mas é muito pior do que poderia ser por envolver ilegalidade e clandestinidade. Julgo que legalizando a prostituição seria possível combater mais eficazmente o tráfico de mulheres, seria possível controlar mais eficientemente as condições sanitárias de quem se dedica a essa actividade (lá está: saúde pública) e provavelmente também seria uma forma de diminuir o próprio mercado. Frutos que deixam de ser tão proibidos assim, se calhar, já não apetecem tanto.
P: Acha que o consumo de marijuana ou haxixe devia ser legal?
R: Estou em minoria, mas acho sem hesitação que devia ser legal. Embora não seja tão inócuo como alguns dos seus defensores querem fazer crer, o consumo de marijuana ou haxixe é menos prejudicial do que o consumo de tabaco ou mesmo de álcool. Algum consumo de haxixe é, mesmo, medicinal (tal como o de álcool, aliás). E é falso que sirva de degrau para as drogas duras: só uma muito pequena percentagem dos que fumam haxixe ou marijuana dá esse salto, e se calhar dão-no mais facilmente porque o mesmo traficante que lhes vende haxixe também tem coca, speeds ou cavalo para vender. A venda de haxixe em estabelecimentos autorizados, como se faz na Holanda, parece-me absolutamente urgente.
P: Acha que seria bom ou mau que as mulheres pudessem ser ordenadas como sacerdotes na Igreja Católica?
R: Estou-me nas tintas. Estou totalmente a favor da promoção da igualdade, mas isso é em organizações públicas e na vida de todos os dias. Não me interessa meter o nariz no que fazem organizações privadas às quais não pertenço e que rejeito activamente, como a igreja católica (e agradeço, já agora, que essas organizações não tentem meter o nariz naquilo que não lhes diz respeito, como a minha vida). Se promovem a discriminação, isso é apenas mais um motivo para que eu as rejeite, mas não acho que tenha o direito de opinar sobre a sua organização interna. Que essas organizações não ajam de igual modo comigo, procurando impôr a sua moralzinha hipócrita à sociedade como um todo, só demonstra a sua inferioridade moral e não é razão para eu passar a agir de igual forma, bem pelo contrário. Ou seja: estou nos 20% que não respondem.
P: Acha que a investigação com células estaminais obtidas de embriões humanos devia ser permitida ou proibida?
R: Permitida, claro. Não só porque essa investigação poderá vir no futuro não muito longínquo a salvar muitas vidas (incluindo a minha, se calhar), como porque essas células estaminais são em geral recolhidas de embriões excedentários que caso não sejam aproveitados para investigação são, pura e simplesmente, deitados para o lixo.
P: É a favor ou contra a existência de quotas para as mulheres em lugares políticos elegíveis?
R: Não sei. Já fui frontalmente contra, achando que as mulheres se devem impôr na política pelas suas próprias qualidades, e não através de métodos artificiais de discriminação positiva. Já o fizeram em muitas outras actividades e não vejo nenhum motivo para que não o façam também na política. Mas há alguns argumentos pró-quotas que fazem sentido, de modo que hoje em dia estou mais numa posição de esperar para ver. Continuo a inclinar-me para o "contra", mas não com força suficiente para escolher essa resposta.
P: É a favor ou contra a pena de morte para pessoas condenadas por homicídio?
R: Completamente contra. Por um motivo simples: a justiça não é perfeita e comete erros. Já é suficientemente mau que se destruam as vidas de inocentes, prendendo-os e, por vezes, condenando-os, mas é intolerável que além disso ainda sejam assassinados pelo Estado. Se a ideia de ser cúmplice no assassínio de um culpado já me perturba, a possibilidade de assassinar um inocente é intolerável.
P: Acha que duas pessoas do mesmo sexo devem poder...
R: Casar. Do mesmo modo que não me meto no que fazem as instituições privadas, muito menos penso que tenho o direito de meter-me no que fazem indivíduos adultos e conscientes das suas acções. Se é casar que querem, pois que casem e sejam felizes. Também acho, já agora, que se preferirem "formar uniões com os mesmos direitos legais de um casamento" ou "formar uniões só com alguns dos direitos legais de um casamento", ou nenhuma das anteriores, também deviam poder fazê-lo.
P: Acha que pessoas homossexuais devem poder adoptar crianças?
R: Estou nos 8% que não sabem. Acho que aqui as crianças se sobrepõem aos direitos individuais dos adultos. Não fosse isso, responderia claramente que sim. Mas não sei que efeitos tem sobre as crianças serem educadas por casais homossexuais, se é que tem alguns. Precisava de saber mais para responder a esta.
P: Em geral qual acha que devia ser o objectivo mais importante para a nossa sociedade hoje em dia?
R: Encorajar maior tolerância em relação a pessoas com diferentes tradições e estilos de vida, sem sombra de dúvida. Os valores sociais e morais tradicionais, na sua esmagadora maioria, deviam, isso sim, ser mortos e enterrados hoje, já, e para sempre. São eles que determinam em boa medida o atraso deste país.
Finis
Pois bem, resolvi que também tenho direito a responder, mesmo que eles não me perguntem. Portanto aqui vão as minhas respostas sobre a tal sondagem da Católica de que muito se fala por aí. E justificadas, que é coisa que nunca se vê em sondagens.
P: É a favor ou contra que haja educação sexual nas escolas?
R: Vou com a maioria, claro. Sou a favor, e sem a mínima hesitação. Embora ache que o ideal seria se a educação sexual fosse dada pela família, sei perfeitamente que a maioria das famílias se demite dessa tarefa até ser tarde demais ou presta informação errada às crianças. Por esse motivo, a existência de educação sexual nas escolas é um imperativo de saúde pública.
P: Acha que deveria ser legal ou ilegal para um médico provocar a morte de um paciente com doença incurável ou dolorosa, desde que o doente assim o solicitasse?
R: Também vou com a maioria, ao achar que deveria ser legal. Se há coisa de que uma pessoa deve poder dispor sempre é da sua própria vida. Nenhuma instituição deve arrogar-se o direito de impedir que alguém procure pôr termo a uma sobrevivência insuportável.
P: E se o doente estivesse em estado de coma: acha que deveria ser legal ou ilegal para um médico provocar a morte desse doente a solicitação dos familiares?
R: O Pedro Magalhães que me desculpe, mas esta pergunta está mal elaborada. Há comas e há comas. Há comas ligeiros de que as pessoas têm grandes possibilidades de despertar, e há comas profundos e irreversíveis, dos quais ninguém desperta. E há ainda todas as variações possíveis, todos os gradientes, entre um tipo de coma e o outro. E parece-me óbvio que a resposta perante uns e outros tem de ser diferente. Por isso, junto-me aos 15% que não respondem.
P: Acha que a prostituição devia ser uma actividade legal ou ilegal?
R: Junto-me, uma vez mais, à maioria e acho que devia ser legal. A prostituição é uma actividade degradante em si mesma, mas é muito pior do que poderia ser por envolver ilegalidade e clandestinidade. Julgo que legalizando a prostituição seria possível combater mais eficazmente o tráfico de mulheres, seria possível controlar mais eficientemente as condições sanitárias de quem se dedica a essa actividade (lá está: saúde pública) e provavelmente também seria uma forma de diminuir o próprio mercado. Frutos que deixam de ser tão proibidos assim, se calhar, já não apetecem tanto.
P: Acha que o consumo de marijuana ou haxixe devia ser legal?
R: Estou em minoria, mas acho sem hesitação que devia ser legal. Embora não seja tão inócuo como alguns dos seus defensores querem fazer crer, o consumo de marijuana ou haxixe é menos prejudicial do que o consumo de tabaco ou mesmo de álcool. Algum consumo de haxixe é, mesmo, medicinal (tal como o de álcool, aliás). E é falso que sirva de degrau para as drogas duras: só uma muito pequena percentagem dos que fumam haxixe ou marijuana dá esse salto, e se calhar dão-no mais facilmente porque o mesmo traficante que lhes vende haxixe também tem coca, speeds ou cavalo para vender. A venda de haxixe em estabelecimentos autorizados, como se faz na Holanda, parece-me absolutamente urgente.
P: Acha que seria bom ou mau que as mulheres pudessem ser ordenadas como sacerdotes na Igreja Católica?
R: Estou-me nas tintas. Estou totalmente a favor da promoção da igualdade, mas isso é em organizações públicas e na vida de todos os dias. Não me interessa meter o nariz no que fazem organizações privadas às quais não pertenço e que rejeito activamente, como a igreja católica (e agradeço, já agora, que essas organizações não tentem meter o nariz naquilo que não lhes diz respeito, como a minha vida). Se promovem a discriminação, isso é apenas mais um motivo para que eu as rejeite, mas não acho que tenha o direito de opinar sobre a sua organização interna. Que essas organizações não ajam de igual modo comigo, procurando impôr a sua moralzinha hipócrita à sociedade como um todo, só demonstra a sua inferioridade moral e não é razão para eu passar a agir de igual forma, bem pelo contrário. Ou seja: estou nos 20% que não respondem.
P: Acha que a investigação com células estaminais obtidas de embriões humanos devia ser permitida ou proibida?
R: Permitida, claro. Não só porque essa investigação poderá vir no futuro não muito longínquo a salvar muitas vidas (incluindo a minha, se calhar), como porque essas células estaminais são em geral recolhidas de embriões excedentários que caso não sejam aproveitados para investigação são, pura e simplesmente, deitados para o lixo.
P: É a favor ou contra a existência de quotas para as mulheres em lugares políticos elegíveis?
R: Não sei. Já fui frontalmente contra, achando que as mulheres se devem impôr na política pelas suas próprias qualidades, e não através de métodos artificiais de discriminação positiva. Já o fizeram em muitas outras actividades e não vejo nenhum motivo para que não o façam também na política. Mas há alguns argumentos pró-quotas que fazem sentido, de modo que hoje em dia estou mais numa posição de esperar para ver. Continuo a inclinar-me para o "contra", mas não com força suficiente para escolher essa resposta.
P: É a favor ou contra a pena de morte para pessoas condenadas por homicídio?
R: Completamente contra. Por um motivo simples: a justiça não é perfeita e comete erros. Já é suficientemente mau que se destruam as vidas de inocentes, prendendo-os e, por vezes, condenando-os, mas é intolerável que além disso ainda sejam assassinados pelo Estado. Se a ideia de ser cúmplice no assassínio de um culpado já me perturba, a possibilidade de assassinar um inocente é intolerável.
P: Acha que duas pessoas do mesmo sexo devem poder...
R: Casar. Do mesmo modo que não me meto no que fazem as instituições privadas, muito menos penso que tenho o direito de meter-me no que fazem indivíduos adultos e conscientes das suas acções. Se é casar que querem, pois que casem e sejam felizes. Também acho, já agora, que se preferirem "formar uniões com os mesmos direitos legais de um casamento" ou "formar uniões só com alguns dos direitos legais de um casamento", ou nenhuma das anteriores, também deviam poder fazê-lo.
P: Acha que pessoas homossexuais devem poder adoptar crianças?
R: Estou nos 8% que não sabem. Acho que aqui as crianças se sobrepõem aos direitos individuais dos adultos. Não fosse isso, responderia claramente que sim. Mas não sei que efeitos tem sobre as crianças serem educadas por casais homossexuais, se é que tem alguns. Precisava de saber mais para responder a esta.
P: Em geral qual acha que devia ser o objectivo mais importante para a nossa sociedade hoje em dia?
R: Encorajar maior tolerância em relação a pessoas com diferentes tradições e estilos de vida, sem sombra de dúvida. Os valores sociais e morais tradicionais, na sua esmagadora maioria, deviam, isso sim, ser mortos e enterrados hoje, já, e para sempre. São eles que determinam em boa medida o atraso deste país.
Finis
A Lâmpada Mágica, Outubro de 2004
Há dois anos, portanto. Um mês grandote e cheio de coisas que gostei de ler.
Políticas e afins
- A morte da Joana ou o povo
- Chegou-me por email mais uma coisa que gostei de ler
- Censura
- E por falar em censura?
- Última hora
- Última hora da última hora
- Relação P/U
Este blogue e os outros
- E outra coisa que eu gostei de ler...
- Novo template
- Outra coisa que gostei de ler...
- Mais uma coisa que eu gostei de ler
- Outra coisa que gostei de ler
- Raios partam o Blogger!
- Clang
- Uma coisa que gostei de ler
- Outra coisa que gostei de ler
- Outra coisa que gostei de ler
- Pedimos desculpa por esta interrupção
- Blogus interruptus
Tentativas de humor
- O «roubo do século»
- A Roménia é um país muito estranho!
- Come-me o cartão e sofre as consequências!
Livros
- Os livros que estão ali ao lado
- Os livros que estão ali ao lado
- Os livros que estão ali ao lado
Literaturas
- Nau Catrineta
- Spam Fiction
- Sobre "Uma coisa que nunca te direi"
- Sobre "O terrível destino de Santana Nobre"
- O caso Cachapa
Meteo
- Aquecimento global?
Dos canalhas e de suas canalhices
- Falar e fazer
Ficções
Spam Fiction
10. Uma coisa que nunca te direi
11. O terrível destino de Santana Nobre
Políticas e afins
- A morte da Joana ou o povo
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Dos canalhas e de suas canalhices
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Spam Fiction
10. Uma coisa que nunca te direi
11. O terrível destino de Santana Nobre
Sérgio Godinho
O Sérgio nasceu em 1945. Tem, portanto, 61 anos. Parece? Não. É muito mais jovem, sob todos os aspectos, do que muita gente com 20, 30, 40 anos a menos. O Sérgio é daqueles gajos que não se reformam porque a reforma é para os velhos e ele nunca será velho.
Admiro pessoas assim. Mais: quero ser uma pessoa assim a vida toda. Os mortos-vivos de todas as idades irritam-me sobremaneira.
Admiro pessoas assim. Mais: quero ser uma pessoa assim a vida toda. Os mortos-vivos de todas as idades irritam-me sobremaneira.
domingo, 22 de outubro de 2006
Homo vomitus
Os monstros continuam a mostrar os seus rostos cheios de pústulas. De um lado, Israel admitiu por fim algo que já toda a gente sabia (excepto os cegos selectivos, naturalmente): o uso de armas químicas contra o Líbano. Se é o Saddam a usá-las é mau; se é Israel é bom, parece. Do outro, um ministro do Hamas chamou a Israel um "cancro". Supõe-se que deseje operá-lo, à semelhança do chefe de estado-maior israelita que usou a mesmíssima terminologia, há meses, referindo-se, claro, aos palestinianos.
Ainda restará algum homem naquela terra? Ou foram todos substituídos por animais?
Ainda restará algum homem naquela terra? Ou foram todos substituídos por animais?
sábado, 21 de outubro de 2006
Pedofilia soft
Há qualquer coisa de perturbador num grupo de quatro meninas pré-adolescentes a cantar coisas como "mil e uma noites sábias / tu foste um homem das arábias"...
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Pumba!
A Terra está constantemente a ser atingida por tralha vinda do espaço. Agora, parece que um pobre septuagenário alemão ficou sem casa por causa de um calhauzinho que sobreviveu à entrada na atmosfera e causou um incêndio. O tamanho da coisa? 10 mm. Sim, milímetros.
Razão tinham os gauleses do Astérix em ter medo que o céu lhes caísse em cima da cabeça.
Razão tinham os gauleses do Astérix em ter medo que o céu lhes caísse em cima da cabeça.
O sistemático prejuízo do Algarve
Quase sempre que se fazem contas e se distribuem dinheiros, o Algarve sai seriamente prejudicado em relação a outras zonas do país, especialmente quando se quer passar uma imagem de "objectividade" e se vai buscar dados estatísticos "objectivos" como a população ou o PIB per capita.
O problema é que o Algarve é a zona turística portuguesa onde é maior a desproporção entre a população residente (cerca de 400 mil pessoas) e a quantidade de pessoas envolvida na sua actividade económica, que pode chegar aos dois milhões.
Ora, todas as contas são feitas com base nos residentes. Vai-se ver o PIB per capita e é por cabeça residente, quando a verdade é que parte desse PIB é gerado por residentes de outros pontos do país que vêm para o Algarve na época alta do turismo não apenas para fazer férias mas também para trabalhar. Vai-se ver se a rede viária se adequa às necessidades e compara-se os km de estradas e auto-estradas com a população residente, quando a verdade é que esses km de estradas e auto-estradas têm de servir não só os 400 mil que cá vivem todo o ano, mas também o mais de milhão e meio que nos cai em cima de vez em quando. E quem fala de auto-estradas, fala de todas as infra-estruturas, fala de saneamento, fala de fornecimento de água e energia, fala de instalações de saúde, fala de comércio.
E já nem falo da engorda estatística que é consequência do Algarve ser local de refúgio de gente rica, porque isso levaria muito longe noutras direcções.
A consequência é que o Algarve recebe sistematicamente menos do que necessita e do que aquilo a que teria direito caso as contas fossem feitas tomando em atenção todas as suas características. E a consequência disso é que se é verdade que a vida dos residentes é razoavelmente confortável e de boa qualidade durante a época baixa, não é menos verdade que durante a época alta o Algarve se transforma, a muitos níveis, num verdadeiro inferno não só para os residentes como também — o que é pior no que diz respeito à economia — para os turistas. São os locais apinhados, são os intermináveis engarrafamentos nas estradas e nas ruas das cidades, são as idas às compras que se transformam em slaloms de pôr os cabelos em pé, cheios de encontrões e de bichas, são as sobrecargas ocasionais no sistema de distribuição de energia eléctrica que levam a cortes, são os odores nauseabundos vindos das ETARs, incapazes de lidar eficientemente com o excesso de efluentes, etc., etc., etc.
E depois, lá vem a lengalenga do costume, nos escritos sufocados dos escribas da imprensa, de referência ou não, que ano após ano cascam neste estado de coisas, clamando que o Algarve é isto e aquilo e aqueloutro. Não é que o Algarve o seja de facto: se fosse só para nós, os residentes, estava bastante bem equipado. É bom viver no Algarve na época baixa e eu, juro, não trocaria esta terra por nenhuma outra. Especialmente se pudesse daqui sair de 15 de Julho a 15 de Setembro todos os anos. Porque durante esses dois meses, é o sufoco, o Algarve não aguenta, rebenta pelas costuras, a qualidade de vida cai a pique, surge uma componente de stress em coisas tão simples como andar na rua, viver aqui ou andar por aqui torna-se algo difícil de suportar. Os escribas, coitados, não vêm nada a não ser isto. E cascam, cascam, cascam. Também a mim me apetece cascar, cascar, cascar, mas ao contrário deles, a mim apetece cascar neles, porque sei que quem traz o sufoco todos os anos são eles.
Há aspectos desse sufoco estival que são inevitáveis. Mas outros têm soluções, que passam também por deixar de fazer contas simplistas com a população residente quando de facto o maior impacto sobre o Algarve vem da população flutuante. População flutuante essa que é composta por vocês, amiguinhos. Por vocês, os que desta terra só conhecem a poeira e a multidão de corpos suados. É para vos dar condições a vocês que são precisas as infra-estruturas para dois milhões de pessoas. É por causa de vocês que a EN125 não poderá nunca ser vista como alternativa à Via do Infante. É para vos dar sítios para dormir, a vocês, que o litoral algarvio está praticamente transformado numa cidade contínua de Lagos a Tavira. É por causa de vocês (e duma rede perdulária), para vos dar que beber, cozinhar e lavar, que sofremos de falta de água. É para vocês que o Algarve precisa de mais. Nós já temos mais ou menos o que nos faz falta, ou pelo menos estaríamos melhor do que a maior parte do país caso vocês não viessem para cá todos os anos. Os investimentos que fazem falta são fundamentalmente para vosso usufruto. Metam isto, por favor, nas vossas cabeças.
O problema é que o Algarve é a zona turística portuguesa onde é maior a desproporção entre a população residente (cerca de 400 mil pessoas) e a quantidade de pessoas envolvida na sua actividade económica, que pode chegar aos dois milhões.
Ora, todas as contas são feitas com base nos residentes. Vai-se ver o PIB per capita e é por cabeça residente, quando a verdade é que parte desse PIB é gerado por residentes de outros pontos do país que vêm para o Algarve na época alta do turismo não apenas para fazer férias mas também para trabalhar. Vai-se ver se a rede viária se adequa às necessidades e compara-se os km de estradas e auto-estradas com a população residente, quando a verdade é que esses km de estradas e auto-estradas têm de servir não só os 400 mil que cá vivem todo o ano, mas também o mais de milhão e meio que nos cai em cima de vez em quando. E quem fala de auto-estradas, fala de todas as infra-estruturas, fala de saneamento, fala de fornecimento de água e energia, fala de instalações de saúde, fala de comércio.
E já nem falo da engorda estatística que é consequência do Algarve ser local de refúgio de gente rica, porque isso levaria muito longe noutras direcções.
A consequência é que o Algarve recebe sistematicamente menos do que necessita e do que aquilo a que teria direito caso as contas fossem feitas tomando em atenção todas as suas características. E a consequência disso é que se é verdade que a vida dos residentes é razoavelmente confortável e de boa qualidade durante a época baixa, não é menos verdade que durante a época alta o Algarve se transforma, a muitos níveis, num verdadeiro inferno não só para os residentes como também — o que é pior no que diz respeito à economia — para os turistas. São os locais apinhados, são os intermináveis engarrafamentos nas estradas e nas ruas das cidades, são as idas às compras que se transformam em slaloms de pôr os cabelos em pé, cheios de encontrões e de bichas, são as sobrecargas ocasionais no sistema de distribuição de energia eléctrica que levam a cortes, são os odores nauseabundos vindos das ETARs, incapazes de lidar eficientemente com o excesso de efluentes, etc., etc., etc.
E depois, lá vem a lengalenga do costume, nos escritos sufocados dos escribas da imprensa, de referência ou não, que ano após ano cascam neste estado de coisas, clamando que o Algarve é isto e aquilo e aqueloutro. Não é que o Algarve o seja de facto: se fosse só para nós, os residentes, estava bastante bem equipado. É bom viver no Algarve na época baixa e eu, juro, não trocaria esta terra por nenhuma outra. Especialmente se pudesse daqui sair de 15 de Julho a 15 de Setembro todos os anos. Porque durante esses dois meses, é o sufoco, o Algarve não aguenta, rebenta pelas costuras, a qualidade de vida cai a pique, surge uma componente de stress em coisas tão simples como andar na rua, viver aqui ou andar por aqui torna-se algo difícil de suportar. Os escribas, coitados, não vêm nada a não ser isto. E cascam, cascam, cascam. Também a mim me apetece cascar, cascar, cascar, mas ao contrário deles, a mim apetece cascar neles, porque sei que quem traz o sufoco todos os anos são eles.
Há aspectos desse sufoco estival que são inevitáveis. Mas outros têm soluções, que passam também por deixar de fazer contas simplistas com a população residente quando de facto o maior impacto sobre o Algarve vem da população flutuante. População flutuante essa que é composta por vocês, amiguinhos. Por vocês, os que desta terra só conhecem a poeira e a multidão de corpos suados. É para vos dar condições a vocês que são precisas as infra-estruturas para dois milhões de pessoas. É por causa de vocês que a EN125 não poderá nunca ser vista como alternativa à Via do Infante. É para vos dar sítios para dormir, a vocês, que o litoral algarvio está praticamente transformado numa cidade contínua de Lagos a Tavira. É por causa de vocês (e duma rede perdulária), para vos dar que beber, cozinhar e lavar, que sofremos de falta de água. É para vocês que o Algarve precisa de mais. Nós já temos mais ou menos o que nos faz falta, ou pelo menos estaríamos melhor do que a maior parte do país caso vocês não viessem para cá todos os anos. Os investimentos que fazem falta são fundamentalmente para vosso usufruto. Metam isto, por favor, nas vossas cabeças.
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
O Iraque, hoje
Um absoluto inferno. E vivam as consciências adormecidas que, no Ocidente, se deitam confortáveis com os seus soldados a pôr em prática (em teoria) conceitos tão imbecis como a imposição da democracia à bomba. Limpem as mãozinhas à parede, que fizeram um trabalho magnífico. Magnífico!
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
A Lâmpada Mágica, Setembro de 2004
Mais um mês de arquivos, também curto, ainda que não tanto como o anterior.
Literaturas
- Spam Fiction
- Sobre "O teu dia"
- Sobre "Avaria"
- Mais um spamema na Em Cena
- Sobre "Caio"
- Sobre "Relatório de Activos do Sistema de Epsilon Indi"
Versos avulso
- Beslan
Meteo
- Notícias da tempestade
Ficções
Spam Fiction
5. O Teu Dia
6. Avaria
8. Caio
9. Relatório de Activos do Sistema de Epsilon Indi
Este blogue e os outros
- Aviso à navegação
- Pesquisas
- E viva a cóltura!
- Uma pergunta ao meu umbigo
- Resposta à pergunta feita ao meu umbigo
- Coisas que gostei de ler
- Outra coisa que gostei de ler
- Mais uma coisa que gostei de ler
- Quarenta mil
- Outra coisa que eu gostei de ler
- Mais uma coisa que eu gostei de ler
Livros
- <-------- Os livros que estão ali
- Os livros que estão ali ao lado
Intimidades
- Chegou a guerra a Portimão!
Política e afins
- Impostos
- Sobre ladrões e ladroices
Tentativas de humor
- Testicles on Waives
- A monumental gargalhada
- E o pior que tudo...
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domingo, 15 de outubro de 2006
Mais um
E pronto: já tá mais um livro entregue ao editor. Este não será todo "meu", que é um livro de contos e há outro tradutor (e um dos bons). Mas é como se fosse: serão ao todo oito contos e uma introdução, e eu lá tive de verter para português (hehehehe... estes linguajares presunçosos partem-me todo) a introdução e sete dos contos.
Suponho que ao fim de alguns anos estes momentos passem com um encolher de ombros. Mas por enquanto, cada trabalho terminado traz consigo um sentido de realização que não é nada displicendo. Realização que, às vezes, vem acompanhada por um indisfarçável alívio.
Enfim; agora há tempo para tratar de uma série de assuntos pendentes. E alguns deles estão pendentes há demasiado tempo!
Suponho que ao fim de alguns anos estes momentos passem com um encolher de ombros. Mas por enquanto, cada trabalho terminado traz consigo um sentido de realização que não é nada displicendo. Realização que, às vezes, vem acompanhada por um indisfarçável alívio.
Enfim; agora há tempo para tratar de uma série de assuntos pendentes. E alguns deles estão pendentes há demasiado tempo!
Vasco Pulido Valente, como sempre, engana-se
Diz o Vasco Pulido Valente no Público de hoje, a propósito do novo concurso pateta da RTP sobre os "grandes portugueses", que este vai ser um belo retrato dos portugueses de hoje.
Como de costume, engana-se redondamente.
O concurso até poderá constituir um belo retrato daqueles portugueses de hoje que lhe prestam alguma atenção. Os portugueses como o Vasco Pulido Valente, por exemplo. Para portugueses como eu, os portugueses que se estão nas tintas para concursos de popularidade parvos, e que têm mais que fazer do que ver nem que seja cinco minutos daquela chachada, portugueses esses que são tão portugueses como os outros, o concurseco não vai ser retrato nenhum. Tal como não vai ser retrato nenhum de outro tipo de português: aqueles que não têm nem telefone nem internet, o lupen-tuga que para gente como o VPV não interessa para nada. Mas que são tão portugueses como todos os outros.
Como de costume, engana-se redondamente.
O concurso até poderá constituir um belo retrato daqueles portugueses de hoje que lhe prestam alguma atenção. Os portugueses como o Vasco Pulido Valente, por exemplo. Para portugueses como eu, os portugueses que se estão nas tintas para concursos de popularidade parvos, e que têm mais que fazer do que ver nem que seja cinco minutos daquela chachada, portugueses esses que são tão portugueses como os outros, o concurseco não vai ser retrato nenhum. Tal como não vai ser retrato nenhum de outro tipo de português: aqueles que não têm nem telefone nem internet, o lupen-tuga que para gente como o VPV não interessa para nada. Mas que são tão portugueses como todos os outros.
Reaproveitar o lixo
Aqui na Lâmpada, durante muito tempo, reaproveitou-se lixo, primeiro com a spamesia e depois com a Spam Fiction. Mas julgam que sou o único? Nah! Aqui os Manos MacLeod utilizam o spam para fazer filmes em flash, numa série a que chamaram, logicamente, Spamland.
Welcome to the spam cultural crib, folks!
Welcome to the spam cultural crib, folks!
sábado, 14 de outubro de 2006
Mas que raio?!
A Lâmpada recebeu hoje aquela que terá sido, provavelmente, a visita que lhe foi mandada pelo Google com base na pesquisa mais bizarra: "raspar pêlos do pénis". Mas que raio?! Que haverá na Lâmpada que atraia uma pesquisa destas?...
Resposta do Google: a spam fiction intitulada O Teu Dia, onde constam as palavras raspar e pénis, mas não pêlos... o/a gajo/a deve ter tido que escavar bem fundo para vir cá parar, caramba!
Resposta do Google: a spam fiction intitulada O Teu Dia, onde constam as palavras raspar e pénis, mas não pêlos... o/a gajo/a deve ter tido que escavar bem fundo para vir cá parar, caramba!
As campanhas contra o Algarve e as suas consequências
É extremamente recomendável (não sou adepto de obrigações) ler este artigo que José Carlos Barros publicou no Jornal do Algarve e republica agora no seu blogue.
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Perdão?...
Desculpem lá, mas vocês têm mesmo a certeza de que nos vão obrigar a pagar taxas de internamento por isto?
Juram?
Juram?
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
A Lâmpada Mágica, Agosto de 2004
Mais um mês curtinho. Assim é rápido...
Literaturas
Versos avulso
- Nada a dizer
- As palavras
- Dias
Este blogue e os outros
- Só para que conste
- Oh, raios partam!
- Uma pérola da blogosfera
Políticas e afins
- Efeitos secundários de se saber demais
- Os Jogos Olímpicos e a manada
- Uma perguntinha indiscreta
Intimidades
- Hoje nasceu qq coisa
- Quando as experiências inibem a vida
Tentativas de humor
- As perguntas que eles fazem
Literaturas
Versos avulso
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Políticas e afins
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Intimidades
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- Quando as experiências inibem a vida
Tentativas de humor
- As perguntas que eles fazem
Hoje recebi um nigerian scam porreiro
Pois. O entrevadinho cos-pés-pá-cova, tadinho ("chamado" Simon Robson, esse nome tão lusitano), era de... txarã!... Portugal!
A imaginação dos aldrabões não tem limites.
A imaginação dos aldrabões não tem limites.
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
Cores celestes
Aqui a Lâmpada recebeu há pouco tempo uma visita de alguém que procurava por "james runcie cor céu", e eu, curioso, fui ver o que se apanhava com essa busca.
Pouca coisa: o site da editora, a Lâmpada, claro, um fórum onde está reproduzido o texto promocional sobre o livro, sem comentários, e duas coisas que desconhecia: uma crítica de Luís Mateus, bastante amável, no Portugal Diário, e um post num blogue onde não se compram jornais (pelo menos hoje), que acha o livro de leitura obrigatória.
Nenhum destes textos fala da tradução. Parece-me bom sinal.
Pouca coisa: o site da editora, a Lâmpada, claro, um fórum onde está reproduzido o texto promocional sobre o livro, sem comentários, e duas coisas que desconhecia: uma crítica de Luís Mateus, bastante amável, no Portugal Diário, e um post num blogue onde não se compram jornais (pelo menos hoje), que acha o livro de leitura obrigatória.
Nenhum destes textos fala da tradução. Parece-me bom sinal.
A Lâmpada Mágica, Julho de 2004
Um comentário ali em baixo recordou-me do motivo por que faço isto. E este mês é curtinho, portanto cá vai:
Intimidades
- Pois é...
- Para pôr num sítio há que tirar de outro
Literaturas
Versos avulso
- Triste
- Para um poeta que nunca soube que o era
- Corda
Política e afins
- Qual é a diferença entre isto...
- As certas alturas
- A minha experiência como membro de uma mesa de voto
- Sempre quero ver...
- Este país está a morrer?
Tentativas de humor
- Um comentário filosófico ao jeito de Lili Caneças
Meteo
- Derrete-se
Este blog e os outros
- Despendurar coisas penduradas
Intimidades
- Pois é...
- Para pôr num sítio há que tirar de outro
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Versos avulso
- Triste
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terça-feira, 10 de outubro de 2006
A Lâmpada Mágica, Junho de 2004
Mais um mês de arquivos. Devagarinho, vai-se avançando.
Este blog e os outros
- E já tenho traquebaque!
- Ainda a spamesia
- A Lâmpada por email
- Toc toc...
Intimidades
- Sem comentários...
- Hospitais
- Já devemos estar perto do Euro, não é?
- Bem-vindos ao admirável mundo novo dos hospitais-empresa
- O (meu) jogo inaugural do Euro 2004
Ficções
Spam Fiction
4. A Vida Bela de Klaus Miragata
Literaturas
- Sobre "A vida bela de Klaus Miragata"
- Ena, ena, uma crítica à séria!
- E viva o PÚBLICO e a sua promoção da leitura!
- Críticas e catalogações
- Spam Fiction
- Entretanto, noutro local...
- Aguarfurtadas nº 6
Política e afins
- E lá se foi o Reagan
- Na morte de Sousa Franco
- Respira-se um pouco melhor neste país
- Esquerda/direita aditivado
- Um post "vagamente" sádico
Tentativas de humor
- Sobre o dia de reflexão
Este blog e os outros
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Literaturas
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Política e afins
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Tentativas de humor
- Sobre o dia de reflexão
Desculpa lá qualquer coisinha
Epah, desculpa lá que haja quem ache que um teste, ainda que de uma arma, ainda que provavelmente de uma arma nuclear, ainda que por um regime que é a maior aberração que existe hoje em dia à face da Terra, ainda que gravíssimo pelo que pode significar para o futuro, é menos grave no imediato do que o assassínio de inocentes às centenas ou aos milhares. Até porque perigos futuros são evitáveis, mas assassínios consumados não.
Posts como este fazem-me cá um asco!
(hum... e ali a listinha de blogues está se calhar mesmo a precisar de uma desinfecção)
Posts como este fazem-me cá um asco!
(hum... e ali a listinha de blogues está se calhar mesmo a precisar de uma desinfecção)
Mira elevada?
Não acham estranho que a malta da GNR, querendo sempre acertar nos pneus, acabe sempre por acertar nos passageiros dos carros? Serão as armas que têm a mira elevada? Serão lombas na estrada que se intrometem (sempre) nos disparos? Será deus-nosso-senhor a desviar a trajectória das balas, na sua infinda misericórdia, para que elas acertem nos culpados e não nos pobres pneus, coitadinhos, que de nada têm culpa? Será?
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
A Lâmpada Mágica, Maio de 2004
Outro mesito de arquivos, para não deixar atrasar. É neste mês que termina aquilo que a Lâmpada teve de mais interessante ao longo de toda a sua existência. De então para cá, decadência. Bem sei.
Spamesia
361. Ar
362. A tua música
363. Boing (o som que faz uma pequena pílula)
364. A tua fotografia
365. Lacunas
366. Tema de mensagem
Literaturas
- Fim
- Fast Fiction? Not for me!
- A Lâmpada Mágica apresenta...
- Spamesia em papel
- Uma spam fiction parente do Roger Rabbitt
- Sobre "Flor do Trovão"
- O que está incompleto na spam fiction?
- Sobre "A triste sina de uma rapariga triste"
- Sci-fi teen pop?
- Correcção de um erro
Ficções
- Tosse
- Resmungo redondo que rola
- Joselito
- As armas de destruição maciça
- A promessa do futuro
Spam Fiction
2. Flor do Trovão
3. A triste sina de uma rapariga triste
Tentativas de humor
- Uma pergunta e uma resposta provável
- Como funcionam pelo menos 95% dos políticos portugueses
Da língua que se escreve e fala
- Uma questãozinha ortográfica
FC
- Mais FC no Blog de Esquerda
Política e afins
- 22 dicas sobre como ser um homem às direitas
- Estão bem uns para os outros
- 150 mil provas
- Assassinos
Internet
- Spam do além
- 19 megabytes
Este blog e os outros
- A Lâmpada Mágica apresenta...
- Quantos?
- Anúncio importante
- Quem estiver mais de um mês sem dar notícias, leva com um †
- O grande paradoxo deste blog...
Livros
- <-------- Os livros que estão ali
- <-------- Os livros que estão ali
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362. A tua música
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- Resmungo redondo que rola
- Joselito
- As armas de destruição maciça
- A promessa do futuro
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3. A triste sina de uma rapariga triste
Tentativas de humor
- Uma pergunta e uma resposta provável
- Como funcionam pelo menos 95% dos políticos portugueses
Da língua que se escreve e fala
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Todas as medalhas têm um reverso
E o reverso desta medalha do Bandeira é que a maior parte das pessoas que preferem o caminho diagonal para as palavras fá-lo para poder mascarar o insulto e a falta de respeito pelo(s) interlocutor(es) com um véu de dubiedade. Não é por haver candelabros no mato que ele deixa de ser mato. E não é obrigatório que o discurso directo ande despido de subtilezas e figuras de estilo.
A mais séria sondagem da história?
O Público online tem uma nova encarnação. Acho óptimo. Boa parte daquilo que foi pago por uns tempos voltou a ser gratuito, dando razão a todos os que sempre acharam que passar aos conteúdos pagos era uma patetice (ó um deles aqui). Mas o mais engraçado da nova versão do Público é uma sondagem que todos os artigos trazem agora. É assim:
Achou este artigo interessante? [ ] Sim
Uau! Mas que variedade de escolha!
Achou este artigo interessante? [ ] Sim
Uau! Mas que variedade de escolha!
A praga das ordens
Dei, por vias travessas, com um post que subscrevo por inteiro acerca desse cancro nacional que são as ordens profissionais. Vamo-nos aproximando pé ante pé do ideal salazarista do estado corporativo, em que a "ralé" nunca poderá chegar às profissões que não são "próprias" para a "ralé". É cada vez mais evidente que a destruição do sistema das ordens é condição prévia para a existência em Portugal de uma democracia social que vá além, ainda que apenas um pouco, de uma retórica vazia de conteúdo.
Ufa e comentários
Mais um "pedimos desculpa por esta interrupção o programa segue dentro de momentos" causado por uma maratona laboral que terminou ontem à noite. O programa segue já. Entretanto, os comentários passaram ao estado moderado devido a uma invasão de lixo nazi. Quando/se desampararem a loja, voltar-se-á ao normal, regressando-se à moderação sempre que for necessário (mas essas mudanças não serão anunciadas).
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