O português do Brasil tem peculiaridades curiosas. Uma delas é a palavra "queima" que, para lá do significado vulgar assume também o de "saldo". A expressão, suponho, deverá ter vindo de "queima de stocks" ou algo de semelhante, e que dito assim a coloca num plano mais banal e menos exótico.
Outra das peculiaridades do português do Brasil é ter-se optado por não traduzir a sigla inglesa de Objecto Voador Não Identificado, que por cá deu no neologismo ovni. Por lá ficou ufo (de Unidentified Flying Object), e deu origam a mais algumas palavras, como por exemplo ufológico.
Vem tudo isto a propósito de um spam que eu recebi e que anunciava cheio de entusiasmo uma "grande queima de material ufológico".
E eu desejei que se tratasse de uma quema a sério, com altas labaredas. Afinal de contas, um dos processos aceites para nos desembaraçarmos de lixo é a incineração.
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