Hoje vem o meu nome no suplemento Ípsilon do Público. Está razoavelmente escondido no meio de um artigo intitulado "O Toque de Midas", sobre Stephen King, assinado pela jornalista Dulce Furtado. Diz que eu disse o seguinte: "[Carrie] se fosse filmado de outra forma, noutra altura, muito provavelmente ter-se-ia tornado num trash movie". E que King é "um escritor bom mas não tão excepcional para justificar todo o alarido que provoca".
A primeira citação está correcta. A segunda nem por isso.
É que o que eu lhe disse foi que o sucesso de King se explica pelo talento (e expliquei que o homem é magnífico na criação de personagens e na descrição dos seus ambientes característicos da Nova Inglaterra) mas também pela sorte que teve na carreira, que a ligação ao cinema ajudou muito, que se Carrie não tivesse acabado como filme de culto - porque foi bem filmado, e na altura certa - provavelmente a carreira de King teria sido bem diferente, e que acho que ele merece o sucesso que tem, mas há muitos outros autores que o mereceriam tanto como ele, mas não o têm porque não tiveram a sorte que ele teve.
Conheço, compreendo e aceito a necessidade de resumir (também já fui jornalista), mas julgo que pôr na minha boca palavras que não disse e que nem sequer reflectem bem o sentido do que disse não será a melhor forma de satisfazer essa necessidade. Não é grave, mas visto que posso rectificar, rectifico.
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