Mais uma semana de luta, na labuta.
OK, esqueçam. Muito trabalho dá nisto.
E também em 72 páginas a acrescentar à pilha das já traduzidas e a subtrair das por traduzir. O livro vai, pois, na página 966, e ainda faltam 162. A parte que falta ainda dava um romance dos da Argonauta...
No wiki a semana foi calma, o que significa que cresceu pouco. Tem agora 13 076 artigos, mas 40 do que na semana passada. Se não der um salto valente nas próximas duas semanas (e é provável que não dê), este vai ser outro mês fraco.
Quanto a leituras, foram lidos alguns contos. O Senhor da Terra, de David Garnett, uma sátira de fantasia razoavelmente divertida (que a tradução se esforça por estragar) sobre um mago de um mundo paralelo que se apanha de repente nos EUA da era hippie. Nada de especial, mas leu-se bem. Pânico, de Octávio dos Santos, um continho inconsequente que tenta ser insólito mas não consegue. Muito fraquito. Imenso Adeus, de João Aniceto, um conto de ficção científica sobre o que significa partir para as estrelas. Literariamente melhor do que é hábito neste autor, o suficiente para o tornar razoável. Li também uma série de sonetos da Sor Juana Inés de la Cruz, poetisa e freira mexicana, uma espécie de Mariana Alcoforado lá do sítio, e O Testamento de Heiligenstadt, texto breve de Beethoven (sim, o compositor) em que ele dá largas ao desespero que lhe causou o ensurdecimento. Em "estrangeiro", li Strood, de Neal Asher, um conto curioso de FC sobre o modo como um doente terminal de cancro tem a maior surpresa da sua vida. Bom, apesar de só no fim ter chegado a essa conclusão. E li várias coisas do Mário-Henrique Leiria: Teobaldo, o Meu Amigo, um conto de vampiros bem esgalhado; As Portas, um daqueles contos de ciclo, e muito bem feito, por sinal, que a FC nos trouxe em grande quantidade numa dada época; O Repouso do Guerreiro, continho que pisca o olho à Ilha do Dr. Moreau do Wells; A Praia, mais um conto de ciclo, este não tão bom como o das portas; Anfibiologia, uma pequena perolazinha anedótica; Basta!, um poema irritado de que não gostei lá muito, o que aliás é comum acontecer-me com os poemas do MHL. Mas tirando o poema, tudo muito bom.
Pratinho cheio, portanto. Na semana passada avisei que ficava para esta, não foi? Os avisos são para se cumprir.
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