Desculpem lá a ausência: tenho andado cheio de trabalho e metido numas confusões que me têm levado todo o tempo que normalmente dedicava a isto de blogar. Mas hoje apetceu-me cá vir, deixar-vos uma citação levemente alterada para a tornar mais genérica. Já percebem porquê. É esta:
Vimos um fenómeno curioso associado a grupos rebeldes que se separam do Império [...] e tentam alcançar a autonomia. Em quase todos os casos, o [Imperador] não precisou de enviar o exército para reconquistar os rebeldes. Quando os seus agentes chegaram os grupos já se tinham derrubado a si mesmos.Faz-vos lembrar alguma coisa? A mim fez lembrar a esquerda portuguesa. Acho que está aqui escarrapachadinha.
Mas não, o livro não é sobre a esquerda portuguesa. Nem é sobre Portugal. Nem sobre nenhuma região, passada, presente ou futura, do planeta Terra. É o livro que estou a traduzir, um livro de fantasia passado num mundo secundário.
Há muito quem diga que a fantasia, como a ficção científica e as literaturas do imaginário em geral, é escapista. E alguma é, sem dúvida. Mas outra está cheia de sumo e nem é preciso espremer com força para o encontrar. Basta querer encontrá-lo.
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