domingo, 23 de novembro de 2008

Tristes tristezas seixianas

O João Seixas gosta de falar mal. De tudo, de todos, menos dele e dos amiguinhos. E o último amor de estimação do João Seixas parece ser o Bibliowiki. Em vez de contribuir para o projecto, corrigindo os erros e omissões que necessariamente nele haverá, não: compraz-se em tentar destruir a credibilidade do projecto em posts sucessivos. É a atitude habitual na personagem, que já deixou um longo rasto de carinho, amizade e consideração e certamente contribui para transformar em sucesso tudo aquilo em que ele toca, e vá lá que pelo menos se conseguiu desta vez escapar a epítetos mais contumazes, pelo menos até ver.

Mas o mais divertido é que o João Seixas, que destrata o Bibliowiki por nem sempre ser credível, incorre, ele próprio, em erros de palmatória que, se eu quisesse ser mauzinho, diria que em muito diminuem o valor dele, João Seixas, como fonte de informação fiável e inteligente acerca do que quer que seja. O caso presente: o livro Estação de Trânsito de Clifford D. Simak, que é tema do seu último post.

Neste post, o João Seixas inventa que o livro em causa é o número 200 da colecção Argonauta, e parte para o ataque cerrado à Biblioteca Nacional (que é "descredibilizada de vez", pobre coitada) e ao Bibliowiki com base nesta inventona. Ora eu, como tenho o livro, sei que em nenhum sítio se diz que ele é o número 200 da colecção Argonauta. Se o João Seixas antes de falar mal usasse a massazinha cinzenta que tem debaixo do penteado, teria talvez reparado que no livro aparece apenas uma das habituais listas de livros da colecção, no caso a da Vampiro. O lado do volume duplo ocupado pelo romance do Simak vem sem lista de livros. Porquê?

Elementar, meu caro Seixas. Porque o volume duplo não é comemorativo dos 200 volumes das colecções Vampiro e Argonauta e sim apenas da Vampiro. Porque as duas colecções não são simultâneas, tendo a Vampiro surgido primeiro. De facto, a lista de livros da Argonauta que em tempos esteve publicada no site da Livros do Brasil listava o Estação de Trânsito com o número 130-A. Suponho, dadas as datas envolvidas numa e noutra edição (e partindo do princípio que esta informação é fidedigna, e não tenho motivo nenhum para supor que não seja), que a Livros do Brasil tenha resolvido editar este livro em separado mais tarde, mas não o quis incluir na numeração habitual da Argonauta, não me perguntem porquê.

E eu ao Seixas sugeriria que em vez de procurar por todas as formas desqualificar o trabalho alheio se esforçasse por ele próprio fazer um trabalho decente, porque há poucas coisas mais deprimentes do que ler artigos incompetentes cobertos por telhados de vidro rachados, em que se procura atirar pedras aos telhados dos vizinhos.

É só uma sugestão amigável que eu faço ao Seixas. Afinal de contas, convém que o homem conserve alguma credibilidade. E não é com posts destes que a conserva, muito pelo contrário.

1 comentário:

  1. Olá Jorge Candeias,

    Tinha lido já há muito tempo o seu tópico de 23 de Novembro de 2008 no
    lampadamagica, relativo à problemática sobre o título "Estação de Trânsito",
    que era o único volume que faltava na minha colecção.

    Consegui recentemente adquiri-lo, após muitos anos de tentativas, e tenho um
    videozito de apresentação do mesmo e esclarecimento sobre a confusão feita
    por algumas pessoas sobre essa obra, publicada tanto na Argonauta como na
    Vampiro, como aliás o Jorge refere.

    Deixo-lhe aqui o link, talvez ache interessante e como deve conhecer muitos
    coleccionadores da Argonauta, sinta-se livre para o indicar, se achar que
    pode ser de alguma utilidade para eles. Fi-lo com o objectivo de dar a
    conhecer a colecção e a desfazer os equívocos relativos a este título em
    particular.

    http://www.youtube.com/watch?v=hOMRzNEP5wQ

    Grato,

    João Vagos

    ResponderEliminar

Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.