Nem sempre é assim, mas por vezes acontece: os autores não só desenvolvem a sua própria voz, como parecem ganhar uma espécie de obsessões temáticas que os acompanham ao longo de tudo ou de parte daquilo que escrevem. Não sei se é o caso de Mark Cox — dois poemas são muitíssimo insuficientes para tirar esse tipo de conclusão, mesmo que aproximada — mas o facto é que este Sill tem muito em comum com Natural Causes.
Incluindo o facto de não me lembrar de todo de o ter lido pela primeira vez. E incluindo o facto de muito rapidamente a memória de o ter lido da segunda se começa a desvanecer.
E incluindo o facto de, apesar disso, até o ter achado relativamente interessante.
É outro poema cheio de quotidiano, que parte da morte de uma tia-avó e das mudanças que ela traz para tentar chegar a alguma espécie de entendimento do sentido da vida através do efeito que isso tem na sobrinha-neta. Gostei bastante da capacidade que Cox mostra de construir uma atmosfera complexa em muito poucas palavras, mas não foi realmente um texto que me tivesse acionado os botõezinhos do gosto da forma mais completa.
O que, como eu de poesia pouco percebo, deverá ser para Cox completamente igual ao litro. E para vocês também.
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