Voltei a lançar a mão ao baú dos versos perdidos, e saiu de lá o menos mau de entre três. Este data de Março de 1994 e consta do seguinte:
Cidade Para Quê?
Motores da engrenagem da cidade
qual o vosso objectivo?
Que moléculas transportam
as vossas hemoglobinas?
Que melodias cantam
as vossas baleias?
Que sonhos embalam
os vossos tubarões?
Os fumos que respiram não sabem a flores
Os ruídos que semeiam não cheiram a mar
As cores que escurecem não soam
às brisas que brincam na floresta
Que sonhos mecânicos vos incitam?
Que lugares imaginados vos reclamam?
Que Atlântidas ressurgidas?
Que cândidas vidas?
Que contradições?
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