sábado, 3 de setembro de 2011

Lido: Le. Pra:

Le. Pra: (bib.) é uma longa noveleta de uma ficção científica algo fantasiosa, de Clifford D. Simak, que tem como protagonista um homem socialmente isolado à exceção de um sobrinho, de alguns vizinhos que evita, e de outros conhecimentos que basicamente o incomodam, um homem que vive para um seu passatempo que acabara por transformar também em negócio: uma coleção de selos que lhe atravanca o apartamento ao ponto de mal se conseguir mexer lá dentro. Mas não se trata duma coleção de selos vulgar, sublinhe-se. São selos provenientes de planetas distantes, concebidos por raças alienígenas e tão estranhos como seria de esperar. Selos que, sem que seja explicado como, ultrapassam as distâncias interestelares para lhe chegar à caixa do correio em cartas e encomendas que por vezes incluem objetos mais estranhos ainda do que eles.

Às tantas, uma dessas encomendas vai operar uma mudança fundamental na vida do nosso protagonista, pois traz consigo a propriedade mágica (e toda a tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia, não é verdade?) de organizar o que à sua volta está desorganizado. Seja roupa suja, seja um quarto desarrumado, seja um apartamento mergulhado no mais profundo dos caos... seja até outras coisas menos palpáveis.

Achei a ideia curiosa, mas julgo que o texto é um pouco longo demais e o desfecho irónico (ou mesmo satírico) cai algo de paraquedas no contexto da história. Os melhores finais surpresa são aqueles que são preparados desde o início e mesmo assim apanham os leitores em contrapé, e não é o que acontece aqui. Não gostei muito desta história, portanto, mas também não cheguei a desgostar.

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