Em 2011, voltei a ler bastante menos do que costumava ser hábito em mim. O principal motivo para isso foi não ter lido praticamente nada durante os três primeiros meses do ano, mas também contribuiu ter tido entre mãos um número invulgarmente elevado de livros volumosos, incluindo dois com mais de 900 páginas cada. Mas mesmo assim, li mais do que há dois anos. Na verdade, tirando três anos que passei fora do país e tinha dificuldade em arranjar leituras em português, 2009 deve ser o ano em que menos li desde que me tornei leitor a sério, no início da adolescência.
Este ano, as leituras foram menos ecléticas do que no ano passado, com menos mainstream e muito mais fantasia. Mas vamos às listas.
Os livros propriamente ditos, lidos por lazer mas todos comentados na Lâmpada ao longo do ano, não passaram de 18 e, entre estes, 12 têm qualquer coisa de ficção científica. A lista completa é a seguinte:
1- O Livro das Configurações, de Mário Cabral (novela de fantasia mística);
2- O Jardim de Infância, de Geoff Ryman (romance de ficção científica);
3- O Homem que Perdeu o Cérebro, do Repórter X (contos de aventuras e mistério);
4- Una Luz en la Noche, de Daniel Mares (dois romances de ficção científica);
5- Golfinho de Júpiter, de Mary Rosenblum / Pela Sombra Morrerão, de Carla Ribeiro (uma novela de ficção científica e outra de horror);
6- Pago Para Esquecer, de Philip K. Dick (contos principalmente de ficção científica);
7- Novas Cosmicómicas, de Italo Calvino (contos surrealistas com toques de ficção científica);
8- O Lagarto do Âmbar, de Maria Estela Guedes (noveleta fantástica com toques de ficção científica);
9- E Outros Belos Contos de Natal, organizado por Miguel Neto (contos humorísticos, muitos deles fantásticos, sobre o Natal);
10- Imaginários 2, organizado por Tibor Moricz, Saint-Clair Stockler e Eric Novello (contos de fantasia, ficção científica e terror);
11- A Canção de Kali, de Dan Simmons (romance de horror);
12- Os Marcianos Divertem-se, de Fredric Brown (romance satírico de ficção científica);
13- O Homem que Via o Futuro, de Clifford D. Simak (contos de ficção científica);
14- Uma Récita do Roberto do Diabo, de Júlio César Machado (conto fantástico);
15- Darwinia, de Robert Charles Wilson (romance de ficção científica);
16- História de Portugal, Director's Cut, de Renato Carreira (livro de humor);
17- 15 Histórias de Ficção Científica, organizado por Bertrand Solet e Maria Adelaide Couto Viana (contos de ficção científica);
18- A Mão Esquerda das Trevas, de Ursula K. Le Guin (romance de ficção científica).
A acrescentar aos livros li também revistas, que funcionam praticamente como se fossem antologias periódicas e portanto também contam para o total. E já tinha dito isto no ano passado. São mais 4:
19- Ficções, nº 16 (contos mainstream e fantásticos);
20- Mundos, nº 1 (contos de ficção científica);
21- Asimov's, nº 325 (contos de ficção científica);
22- Samizdat, Especial 1 (contos de ficção científica).
Este ano, li vários livros por motivos laborais que, no entanto, não teria sido obrigatório ler. Refiro-me aos volumes já publicados de As Crónicas de Gelo e Fogo, que reli para voltar a entrar no mundo martiniano, antes de deitar mãos à nova tradução. Lembrar-me de como traduzi certas coisas, voltar ao ambiente de escrita e história, etc. São mais 8:
23- A Guerra dos Tronos, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
24- A Muralha de Gelo, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
25- A Fúria dos Reis, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
26- O Despertar da Magia, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
27- A Tormenta de Espadas, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
28- A Glória dos Traidores, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
29- O Festim dos Corvos, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
30- O Mar de Ferro, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica).
Por fim, e de novo tal como no ano passado, também li alguns livros por obrigação laboral, mas este ano foram só 2, ainda que ambos bem gordos. Na verdade, foram os dois livros mais extensos do ano. Ei-los:
31- A Dance with Dragons, de George R. R. Martin (romance de fantasia épica);
32- Fool's Fate, de Robin Hobb (romance de fantasia).
Este ano não me é tão fácil decidir o livro do ano como foi no ano passado. Tirando destas contas as minhas traduções (aí, A Glória dos Traidores destaca-se), tenho um trio de livros de que gostei particularmente: A Canção de Kali, A Mão Esquerda das Trevas e A Dance With Dragons. Não foram muitos mais os que me agradaram mais do que a média; nisso, o ano não foi famoso, até por causa da relativa escassez da escolha, mas posso citar o Darwinia, as Novas Cosmicómicas e Os Marcianos Divertem-se. Provavelmente por esta ordem.
Quanto aos piores do ano, houve dois que se destacaram dos demais: O Livro das Configurações e O Lagarto do Âmbar. Somando-se a estes dois o nº 1 do Mundos, fico com um triozinho de leituras que me desagradaram bastante, seguido de não muito longe pelo Samizdat, Especial 1.
E é isso. Para o ano, provavelmente, haverá mais.
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