domingo, 19 de dezembro de 2010

Lido: A Conspiração dos Abandonados

A Conspiração dos Abandonados (bib.), livro de "contos neogóticos" de António de Macedo, conforme se esclarece à laia de subtítulo, contém as seis ficções listadas abaixo, com links para as opiniões sobre cada uma. Apesar da unidade sugerida pelo título da coletânea e pelos títulos das histórias, estas são bastante diferentes umas das outras e vão desde registos próximos ao conto tradicional até exercícios que se achegam ao horror cósmico à Lovecraft, passando pela recuperação de temas e ambientes que o autor já antes tinha explorado.

É um livro em que as qualidades e defeitos das prosas de Macedo estão bem patentes. Como acontece quase sempre, agradaram-me muito mais as histórias em que Macedo se dedica a um fantástico mais tradicional do que aquelas em que trilha outros caminhos, sempre mais ou menos esotéricos. Curiosamente, ou talvez não, aquelas são as histórias mais curtas que este livro contém e o grosso do volume é composto por estas. Para o meu gosto pessoal isso é problema sério e faz com que, embora tenha mais ou menos gostado de dois dos contos não tenha gostado do livro como um todo. Gostos diferentes terão opiniões diferentes, como é natural. Mas há um problema que é mais objetivo e teria sempre impedido que eu tivesse gostado muito deste livro: os diálogos. Com raras exceções, falta aos diálogos de Macedo a naturalidade, o saber usar o registo oral, que lhes daria vida e interesse. Todas as personagens falam da mesma forma, e todas soam insuportavelmente presunçosas. E eu cada vez gosto menos de quando isso acontece.

Quanto às histórias, são estas:

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