sexta-feira, 1 de agosto de 2003

A Wikipedia

Já conhecia a coisa, mas há dias, por causa de um parecer jurídico americano que fazia um uso extenso dela, resolvi passar a conhecê-la melhor. Afinal de contas, quando algo que pretende ser uma enciclopédia online, livre e construída pelos próprios cibernautas sai da internet e começa a entrar no mundo burocrático dos papéis jurídicos, é sinal de que o hobby ganhou importância e relevância.

A Wikipédia de língua inglesa é, como seria de esperar, a maior, mas está longe de ser a única. É que o projecto é multinacional e multilingue, e há wikipédias em 39 línguas. A inglesa tem mais de 140 mil verbetes e artigos bastante elaborados e completos; a de língua portuguesa, por outro lado, é a 17ª maior, com 909 entradas, atrás de línguas tão irrelevantes internacionalmente como a interlíngua, o latim, o finlandês ou o Catalão. Pior: a nossa está pejada de lixo, cheia de páginas vazias. Muito, muito pior: a espanhola é uma wikipédia com pés, cabeça e quase 5 mil artigos!

E que seria necessário para pôr a nossa wikipédia a funcionar? Bem, por exemplo que cada luso-blogger se abstraísse do seu umbigo todos os dias aí por uns 15 minutos e adicionasse à Wikipédia alguma informação que caísse dentro da sua esfera de conhecimentos. Afinal de contas, dizem por aí que nós somos um grupo de elite, logo se calhar sabemos algumas coisas de alguns assuntos. Enfim, há essa esperança, pelo menos...

E quem fala de bloggers, pode também falar de visitantes não-bloggers. É muito mais fácil adicionar conteúdos à Wikipédia do que fazer um blog, quase tão fácil como pôr um comentário num blog. E mais: ao contrário do que acontece nos blogs, a Wikipédia tem tudo explicado...

Sim, porque tá bem que não consigamos fazer algo tão bom como o original inglês. Mas tão mau, também, é vergonhoso!... Falamos e escrevemos uma das mais importantes línguas do mundo, que diabo!

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