Mais uma das minhas leituras intercalares foi o número 5 do fanzine Dragão Quântico, o mais antigo dos fanzines portugueses ligados à ficção científica e ao fantástico (Rogério Ribeiro, 48 p., 2005). Com ficção de Nuno Fonseca, Alberto Figueiredo, João Ventura, João Madeira, João Henrique Silva e João M. S. Silva (deve ser o número dos Joões), não-ficção de Rogério Ribeiro e João Ventura e uma entrevista a Sara e Teresa Costa, é um número cheio de sumo.
Mas...
Mas à excepção de alguns dos contos mais curtos, à excepção da entrevista com as irmãs Costa, cujo site sobre ciação de mundos é interessante se bem que, como elas mesmas admitem, fica (ainda) bastante aquém de algumas coisas que há em inglês e se bem que tenha o enormíssimo defeito de estar optimizado para Internet Explorer e não funcionar a contento com outros browsers (coisa que partilha, aliás, com gente que teria a obrigação de fazer muitíssimo melhor, como a Simetria). Mas divago. Pois à excepção desta ficção, de algumas crónicas e críticas, desta entrevista e, principalmente, de um artigo do João Ventura que, no entanto, eu já conhecia de outros carnavais, o conteúdo deste número pareceu-me muito fraco, muito aquém de outros números do mesmo fanzine. Especialmente no que diz respeito à ficção, e especialmente na ficção mais longa.
Mesmo assim, vale a pena dar uma vista de olhos. As coisas interessantes talvez compensem as que não o são, e, de resto, só lendo a primeira parte de Zuron será possível saber se vale ou não a pena ler a segunda, que deverá sair no número 6.
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