sexta-feira, 23 de junho de 2006

O caso da Opel

Verdade, verdadinha, a presença em Portugal da General Motors era estranha. Afinal de contas, quantos Chevrolets, Buicks, Pontiacs, GMCs, Saturns, Hummers, Saabs, Cadillacs, Holdens, Opels ou Vauxhalls se vêm pelas nossas estradas? Poucos, não é verdade?

Seja como for, o que se espera agora é que o número destes carros entre nós tenda a descer a zero. Que nunca mais ninguém os compre. É que a única língua que estas sanguessugas das multinacionais entendem é o dinheiro, portanto o que temos a fazer se não queremos que o país se esvazie por completo é dá-lo a quem investe em nós, e não o entregar nunca a quem recebe subsídios estatais para depois se pôr na alheta à primeira oportunidade(*).

Que se comprem Volkswagens com fartura. Que se comprem outros carros do grupo VW. Que se comprem Audis, Seats, Skodas, Bentleys, Bugattis ou Lamborghinis. Mas que se mande a General Motors em Portugal para um caixote do lixo definitivo.

* E o que se diz do mercado automóvel, pode também dizer-se de todas as áreas industriais que sofrem a tentação da "deslocalização". Falta a Portugal chauvinismo económico.

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