Acabei de dar-me conta de um curioso fenómeno. Costumo ser um leitor de coisas curtas. Gosto muito de contos e os romances longos tendem a aborrecer-me muito antes de chegar a meio. Tenho pouca a nenhuma tolerância para a palha com que os autores por vezes enchem páginas e mais páginas. E mais páginas.
E no entanto, no ano passado o livro de que menos gostei (ou, neste caso, que mais detestei, porque o detestei superlativamente) foi uma coisa pequenina com contos curtos e três prefácios, posfácios, introduções, o que seja. Não se ficou por menos. E eram estes os melhores textos de todo o livro, o que fala de forma cristalina da qualidade dos outros. Pelo contrário, aquele de que mais gostei é um épico gigantesco, montes de volumes e milhares de páginas, precisamente o oposto daquilo que costuma agradar-me.
Ano bizarro, este de 2007.
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