terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dagon, opinião zero vírgula cinco: as minhas coisas

Não, ainda não comecei a ler a Dagon, mas lembrei-me de que já conheço parte do seu conteúdo: a parte que me diz diretamente respeito. E já agora que também posso dizer o que eu acho sobre essa parte. Pode ser que alguém se interesse por saber. Se for esse o caso, venham daí.

Começando pelo princípio: a entrevista. Não tenho muito a dizer. É uma entrevista que me satisfez. Achei as perguntas relevantes e interessantes, e respondi-lhes o melhor possível. Houve partes das respostas que me deixaram um pouco insatisfeito, porque para realmente expressarem as minhas ideias do princípio ao fim exigiriam artigos completos, e não respostas de dois ou três parágrafos. Mas embora ninguém me tivesse imposto limites ao tamanho das respostas, eu sei que não se pretende obter com uma entrevista um conjunto de artigos. Afinal, já trabalhei como jornalista. De modo que é uma insatisfação inevitável. Mas talvez escreva um dia os artigos.

Segue-se o artigo. Como nele afirmo, trata-se de algo que sai duma reflexão que está iniciada mas não concluída e, embora seja bastante longo, a reflexão ramifica-se de tal modo que houve coisas que tive de simplificar, o que também fiz para tentar mantê-lo interessante. Bem sei como por vezes é aborrecido ler coisas longas no monitor... e se forem chatas então, ui! O facto da reflexão não estar concluída significa que o mais provável é que eu próprio não concorde por inteiro com ele daqui a algum tempo. É uma opinião em processo de construção, e portanto também em mutação. Mas é uma opinião honesta no momento em que foi escrita, e acho que levanta alguns problemas em que vale a pena pensar a sério, com boa fé e honestidade, mesmo que as conclusões a que depois se chega sejam diametralmente opostas às minhas. O que me parece inevitável, sabendo como sei como pensam certas pessoas. À parte isso, talvez haja por lá uma ou outra coisa que gostaria de ter explicado melhor, mas em geral o que lá está é o que lá deve estar.

E por fim, o conto. É uma brincadeira e uma experiência. Não é um grande conto, talvez nem sequer o ache um bom conto, mas acho-o um conto divertido, que é o que pretendeu ser. A experiência consiste em tentar contar uma história de FC recorrendo apenas a diálogos e sem cair na velha armadilha do "como sabes, Bob" que tanto fez sofrer a FC ao longo das décadas. Sendo composto apenas de diálogos, e sendo eu de opinião que os diálogos se querem razoavelmente naturais, não há nele um tratemento cuidado da língua. Para muita gente, talvez, antes pelo contrário, especialmente nas falas dos "chavalos". De modo que quem não tiver sentido de humor, ou quem o tiver pouco compatível com o meu o mais certo é que não goste. Quanto aos outros, se o lerem com um sorriso e acabarem com uma gargalhadinha já me deixam satisfeito.

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