quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Lido: Paradojas

Paradojas, de José Brox (que pode ser lido aqui) é um conto curto muito surreal que não me agradou particularmente. Bem, na verdade não me agradou mesmo nada. Explico porquê:

Como sabe quem tem lido estas notas de leitura, eu gosto de alguns contos surrealistas. Até já escrevi alguns. Mas para que me agradem, há uma coisa de que não prescindo. Ou melhor: há duas. Uma é estarem bem escritos. Outra é que, apesar do onirismo inerente à escrita surrealista, tenham um fio condutor qualquer, uma estrutura, uma coluna vertebral.

E é precisamente aqui que me parece que Paradojas falha. Não me parece que essa coluna vertebral exista neste caso, ou pelo menos que seja eficaz. E isso deixa o humor que o conto contém assim um bocadinho a pairar no nada, pronto a estampar-se ao comprido se o leitor não tiver o sentido de humor retorcido do autor. Parece que eu não tenho.

Outros terão, evidentemente.

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