Um título tão longo como A Angustiante História de Thangobrind, o Joalheiro poderia talvez fazer supor que Lord Dunsany escreveria uma história que não fosse só angustiante mas também comprida. Crasso engano. Trata-se de um continho de fantasia com apenas três páginas que, com uma ironia muito bem apanhada, nos conta a história de — adivinharam — Thangobrind, um — a-ha! Aqui já não — ladrão de jóias de grande qualidade que um dia decide roubar uma jóia mágica chamada Diamante do Morto, com o resultado que logo se supõe. O mais interessante desta história, para mim, foi o quanto ela me fez lembrar os ambientes e enredos de escritores americanos bastante posteriores, como o Robert E. Howard das histórias de Conan, ou o Fritz Leiber das do Fafhrd e do Rateiro Cinzento. É um pouco como se Dunsany tivesse escrito um contito rápido delineando um território e dito aos outros "OK, tomem lá, desenvolvam lá isto".
Curioso, muito curioso.
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