quinta-feira, 10 de maio de 2012

Lido: A Espada Encantada

A Espada Encantada (bib.) é um conto clássico de terror, de Rui Zink, que parte de uma história verdadeira de crime, provável loucura e violência e a ficciona recorrendo ao sobrenatural e ao apagamento da fronteira entre sonho e realidade. A história centra-se num rapaz que é atormentado por terrores noturnos provocados por um monstro, que aparentemente está relacionado com uma espada de brinquedo, do He-Man. A família, preocupada mas sem grande sensibilidade para as necessidades do filho, tenta resolver o problema o melhor que pode e sabe. Mas não é o suficiente, e tudo vai acabar mal.

É daqueles contos que se leem, não parecem maus, mas se depressa se esquecem, não causam impacto. Tem coisas que me pareceram bem feitas (o fim, por exemplo), mas também outras que me pareceram gratuitas e desnecessárias (por exemplo: o filho, a páginas tantas é levado a um psiquiatra, o qual como que é contagiado pelos pesadelos do rapaz, mas isto não parece ter nenhuma relevância para o desenlace da história) ou até contraproducentes (Rui Zink tem uma forte veia de humorista, e não parece ser capaz de evitar introduzir no que escreve pequenas notas irónicas... o que em geral está muito bem e só enriquece, mas quando se pretende que um texto tenha uma atmosfera pesada e terrorífica a ironia torna-se descabida). E está em geral bem escrito, apesar de algum excesso na adjetivação, em particular no início.

Ou seja: pareceu-me um conto mediano. Não mais do que isso.

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