O Físico Prodigioso (bib.) é uma novela de Jorge de Sena que pega em duas histórias encontradas no Orto do Esposo, uma compilação de lendas portuguesas feita no fim da Idade Média por um monge anónimo, e as combina para criar uma fantasia medieval que...
Mas esperem lá.
Isto foi uma releitura. E eu já tinha escrito sobre esta história há dez anos (e o tempo, irritantemente, passa, caraças!), nos velhos tempos do E-nigma. Uma crítica que continua disponível. Ao reler hoje algumas das velhas críticas que escrevi para o E-nigma dou por mim a torcer o nariz, por um motivo ou por outro. Mas esta poderia tê-la escrito agora mesmo, logo a seguir a reler esta novela de Jorge de Sena. Portanto remeto-vos para lá. É basicamente aquilo.
Só há uma diferença significativa: gostei mais da releitura do que da leitura original. Mergulhei melhor na história, julgo que me apercebi melhor de certas subtilezas. Já não encontro defeitos na conjugação das duas lendas, não que tivesse encontrado muitos para começar. É verdade que, emocionalmente, a história continua a não me entusiasmar muito, mas reafirmo: este é sem dúvida alguma dos melhores exemplos que conheço da literatura fantástica portuguesa. De toda a literatura fantástica, não só da fantasia. Se há textos de leitura obrigatória para quem quiser dizer com propriedade que percebe do fantástico português, este é um deles.
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