Quem acompanha a Lâmpada com regularidade certamente saberá que gastei os tempos livres que fui tendo ao longo de cerca de uma semana a dissecar o Vocabulário da Mudança, para tentar perceber o que há de verdade e o que há de mentira em toda a propaganda anti-nova ortografia que tem vindo a lume nos últimos tempos dando conta de uma pretensa divergência ortográfica gerada por ela.
Quem não acompanha aqui o meu velho bloguezinho, no entanto, provavelmente só terá tomado contacto com essa análise através de um artigo em que resumi os resultados principais e que o jornal Público acabou por publicar. Para surpresa minha, há que dizê-lo, dada a consabida sanha anti-nova ortografia de que esse jornal tem dado vastas provas desde que as mudanças começaram a sair da teoria legislativa e a ganhar lugar na vida prática dos falantes e escreventes de português.
O artigo no Público, contudo, está atrás da pagarede (que tal este neologismo para substituir paywall? Podem usar à vontade) do jornal. Mas como o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa tem vindo a republicar todos os tipos de artigos sobre a controvérsia, achei que seria boa ideia mandar-lho, e eles, claro, publicaram-no.
Depois surgiu uma questão: eu tinha feito uma análise muito mais detalhada do que aquilo que, por constrangimentos de espaço, foi possível incluir no artigo enviado para o Público. Não seria boa ideia dar aos interessados uns lamirés sobre os mais relevantes desses resultados? Está certo que eles já estavam publicados aqui na Lâmpada, mas se os resultados gerais chegaram à muito maior visibilidade do Ciberdúvidas, não seria boa ideia que os detalhes principais também chegassem? Achei que sim. E o pessoal do Ciberdúvidas também. Portanto escrevi um artigo complementar, que também foi publicado no Ciberdúvidas, com aquilo que me parecia mais necessário dizer sobre este assunto.
Entretanto, no post que deu início à divulgação da análise aqui na Lâmpada voluntariei-me para fornecer a folha excel com os resultados a qualquer um que ma pedisse. Até agora, só duas pessoas o fizeram. Uma levou-a ainda numa fase inicial da análise, a outra levou-a já completa.
Não posso dizer que isso me surpreenda.
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