quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

António Mesquita: O Pôr do Sol de um Louco

Não que eu perceba alguma coisa de poesia, e se calhar repito-me, mas uma vez mais tudo me leva a crer que António Mesquita é fã de Álvaro de Campos. E não que eu perceba alguma coisa de poesia, mas digamos que há coisas bem piores de que se ser fã.

O Pôr do Sol de um Louco é, pois, um poema — outro poema — que me parece fortemente influenciado pelas poesias do caro heterónimo racionalista, mostrando o mesmo tipo de caos pujante que este costuma mostrar nesses textos. É bastante mais curto do que é hábito ver-se nos poemas saídos da pena de Campos, ocupa só uma página, mas quem gosta de Campos provavelmente gostará dele, apesar (ou por causa?) do caráter aparentemente desconexo das imagens que as palavras surreais e enlouquecidas de Mesquita despertam. E eu gosto.

Não que eu perceba alguma coisa de poesia.

Textos anteriores deste livro:

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