Lendo este Quotidiano, uma coisa fica evidente ao primeiro verso (que é «Riiiinnngggg....», já agora): António Mesquita leu muito, e gosta muito de, Álvaro de Campos. E pela parte que me toca tem bom gosto. Não que eu perceba alguma coisa de poesia, mas também li Álvaro de Campos e também gostei bastante.
À parte isso, Quotidiano é uma espécie de estudo sobre a monotonia, a chatice, o ramerrame do dia-a-dia, escrito sob a forma de lista daquelas coisas e momentos que todos os dias são feitas, vestidas, tocadas, sentidas, seja o que for. O verso final («igual igual igual igual...») sublinha essa ideia de uma forma que não permite seja a quem for a menor dúvida.
Vale o que vale, que eu não percebo nada disto, mas gostei.
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