Ora aqui está uma surpresa! É que quando peguei neste livrinho esperava encontrar muita coisa, mas um poema com grande proximidade com a ficção científica não seria certamente uma dessas coisas. Especialmente com um título como Exorcismos Poéticos.
E no entanto, é precisamente isso o que António Dinis aqui apresenta. Um poema escrito num estilo que parece claramente influenciado por Álvaro de Campos, embora em versão significativamente mais iconoclasta, juntando-lhe um surrealismo reminiscente de Mário-Henrique Leiria, em que se fala se transmissões do centro da galáxia, de extraterrestres fêmeas, de dinossauros produzidos em proveta, e por aí fora.
O resultado é muito interessante. Não sei bem até que ponto o poema é bom, propriamente, mas também não creio que fazer um poema convencionalmente bom tivesse estado minimamente nos objetivos do autor. O que estava era fazer um poema com interesse, e isso conseguiu em pleno.
Gostei. Bastante.
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