quinta-feira, 8 de maio de 2003

O que vale é que eles às vezes são muito incompetentes

Se seguirem o link que vos leva até esta página do site The Memory Hole, irão deparar com uma análise detalhada de uma primeira página de um diário inglês, acerca da "libertação" de Bagdade.

A fotografia é grosseiramente falsa, como se demonstra no site. Mas mostra duas coisas muito importantes: em primeiro lugar a completa falta de escrúpulos dos "jornalistas" e dos "jornais" a soldo do Pentágono (casos semelhantes aconteceram nos EUA) e da sua contrapartida inglesa, que não hesitam em falsificar a realidade de um modo perfeitamente orwelliano, e em segundo lugar que no mundo actual é necessário estarmos com muita atenção a todos os sinais da realidade, a todos os padrões de que ela se compõe, antes de podermos ter alguma segurança de que aquilo que estamos a ver não foi falsificado.

Felizmente, por vezes ainda surgem casos de incompetência gritante na manipulação, como o do Evening Standard, que nos servem como lembretes de que no século XXI teremos de encarar o que nos querem vender como informação isenta com uma dose elevada de paranóia. Mas infelizmente, por cada caso destes, relativamente fácil de detectar, muitos outros casos de falsificação das notícias são simplesmente indetectáveis para o comum dos cidadãos.

A opção mais segura para evitarmos transformar-nos em fantoches permanentemente manipulados por aquilo que nos mentem é, muito simplesmente, não acreditar em nada. Em particular sempre que a informação vem de militares ou governantes. Ou, em geral, de gente com muita coisa a esconder.

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