quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

As curiosas noções de respeito dos peluches

Ali os bonecos de peluche têm uma noção de respeito (absoluto, dizem eles a negrito) curiosa. Permitam-me uma citação: "Alguém insultou um de nós. E apesar de reconhecermos que temos um mau feitio do caraças, temos a noção dos limites. Não vamos à casa dos outros para os insultar: aplaudir, sim; discordar, sim; contrapor, com certeza. Mas com a consciência que somos visitas, e que devemos respeito ao anfitrião. Respeito absoluto [era aqui o negrito - NdoE]. E é exactamente esse respeito que esperamos de quem nos visita.".

Ou seja, trocando por miúdos: eles, como são os "anfitriões com noção dos limites" podem escrever coisas como "É a chamada simpatia do caralho. Ora, meu caro, vai-te foder.". Assim está tudo bem. Mas se quem é assim tratado responde à altura (sem dizer um palavrãozinho para amostra — O Statler não sabe, mas pode-se insultar sem se ser carroceiro) já está mal. A primeira parte é "respeito absoluto"; a segunda é sabe-se lá o quê, crime de lesa-marreta no mínimo. Enfim, os tipos são uns cómicos.

A seguir afirmam a firme intenção de me passarem a ignorar. Óptimo. É bem mais agradável ser ignorado do que mandado foder. E de minha parte, esse foi blog que já saiu ali das listas (com pena pelo Animal e pela metade bem educada da dupla de velhos ranhetas, mas é a vida — juntam-se a ovelhas negras, pagam as favas) e a que continuarei a ir provavelmente durante dois ou três dias, por inércia e curiosidade mórbida, mas depois chapéu. Não só a vida é mais do que blogues, como com alguns 2000 por onde escolher, bonecos de peluche malcriados não fazem falta nenhuma.

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