Na sexta-feira o número de spams voltou a subir muitíssimo: só os que atravessaram os filtros foram 81. E, como é hábito nestas situações, apareceu um daqueles títulos que titilam qualquer coisa cá por dentro: «A "loja do vidro"». Só lhe tirei as aspas:
A loja do vidro
A loja do vidro vendia cigarros
que tiniam quando o lume alumiava
a sua ponta e a punha em brasa
A loja do vidro vendia carpetes
translúcidas feitas de fios pontiagudos
e quebradiços que voltavam a crescer
A loja do vidro vendia vassouras
que varriam com um som de violinos
que dominavam o pó como pastores
A loja do vidro vendia mulheres
de vidro. Comprei uma, enchi-a dos meus
sonhos transparentes e perdi-me nela
para sempre
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