quinta-feira, 23 de setembro de 2004

Sobre "Relatório de Activos do Sistema de Epsilon Indi"

OK, este spam fiction tem muito de que falar. Para começar, não é um conto: é uma carta comercial ficcionada. Este tipo de experiências não costuma resultar particularmente bem quando isoladas, mas integram-se muitas vezes perfeitamente em trabalhos mais longos. Esta não é excepção quanto à primeira parte (penso eu de que), e quanto à segunda, é possível que acabe por ser esse o seu destino.

Depois, que raio vem a ser Epsilon Indi? Trata-se de uma estrela anã laranja, uma das estrelas que ficam mais perto do Sistema Solar, a apenas 11,8 anos-luz de distância. Já se lhe conhecem dois companheiros substelares que, no entanto, não são planetas: são anãs castanhas. Aqui, ganha não só mais alguns planetas mas vida indígena e uma exploração comercial terrestre que obedece a todas as regras do capitalismo ultraliberal.

Depois, que é isso do "ansible"? O ansible é um aparelho "inventado" pela escritora americana Ursula LeGuin numa série de romances de FC, que permite a comunicação instantânea em distâncias interstelares. Partindo do pressuposto de que a matéria se pode reduzir a um estado especial de informação, eu tomo algumas liberdades com o venerável aparelho da não menos venerável Ursula, utilizando-o como um meio de transporte.

Quanto ao resto, acho que ou é compreensível pelo contexto, ou não interessa particularmente saber-se o que é.

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