Ontem foram-me ditas algumas coisas muito, muito acertadas. A mais acertada de todas, embora não propriamente original, foi o velho adágio: se queres conhecer alguém passa-lhe poder para as mãos.
Aquilo que se faz com o poder define o carácter (ou a falta dele) de cada um. E isto funciona a todos os níveis: do poder quase supremo de vida e morte para milhões de pessoas que têm os líderes políticos dos países mais fortes do planeta à mesquinhez do poderzinho miudinho de funcionários burocráticos ou de gestores de comunidades virtuais, passando pelo poder daquilo que dá todo o ar de serem bandos de criminosos armados de camiões, que paralisam um país inteiro graças à ameaça de violência (ultrapassando por vezes a simples ameaça) e à intimidação.
A constatação que fica, a triste, a deprimente constatação que se torna inevitável quando olhamos para o que faz a miríade de criaturinhas que se apanha com um bocadinho de poder nas mãos, é que ou esta espécie é composta principalmente por pequenos e grandes canalhas, por pequenos e grandes pulhas, por pequenas e grandes bestas quadradas, ou então estes têm uma especial apetência para procurar situações de poder em que possam "revelar-se" em toda a sua pujança.
Bem que o macaco nu podia já ter sacudido um bocadinho mais de selva de cima das espáduas. Já teve tempo mais que suficiente para isso.
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