sábado, 6 de junho de 2009

Semana

Olá a todos, caros nãoseiquantos leitores, aqui o mordomo dos sábados dá-vos as boas vindas a mais um. Isto hoje vai ser rápido, que tenho de ir ali. Onde? Ali.

O livro está cada vez mais quase traduzido. Faltam agora 54 páginas para o fim. Na próxima nota semanal deverei dizer que "o livro está traduzido". Ou então que "o livro acaba-se hoje". Não sei, e mesmo se soubesse não vos diria; afinal há que manter algum suspense nestas coisas.

O wiki, depois de duas semanas parado, mexeu finalmente um tudo-nada. 4 páginas novas, acrescentadas ontem. Não faço prognósticos para a semana; tanto pode voltar ao crescimento rápido como continuar na modorra dos últimos tempos. É com ele.

E agora as leituras.

Uma das coisas que li esta semana foi mais um conto totalmente surreal de Rhys Hughes, Horizonte Eterno, no qual um tal Luís Rodrigues (de onde é que eu conheço este nome? Hm...), navegador, depois de ser lançado borda fora do seu veleiro por piratas, entra numa tórrida relação amorosa com uma deusa e percorre meio mundo em surreais peripécias, entre as quais se destaca o problemático aparecimento de um segundo horizonte, mais próximo de nós do que o original. Divertido, mas de novo senti falta de um fio condutor mais firme para gostar realmente desta história.

Noutra versão da língua portuguesa li Toda Forma de Amor, de Carlos Orsi, um conto de ficção científica com toques de horror sobre uma mulher que tem um encontro poético com uma misteriosa personagem que responde pela alcunha de Grafo. Cheio de ideias sofisticadas sobre matemática, computação e literatura, é um conto explanatório clássico, que até tem uma versão modernizada do cientista louco da velha FC do início do século XX. É um esforço competente e bem desenvolvido, mas confesso que não gostei muito, provavelmente porque põe a ideia à frente de tudo o mais.

Voltando à minha versão do português, li As Palavras, de Saramago, uma crónica que se debruça sobre as palavras (óbvio) e a comunicação em tempos de ditadura. Também não gostei por aí além.

A coisa mais curta que li esta semana foi Os Gafanhotos, de Bradbury, mais um dos tais contos que têm mais importância para o livro do que valor como textos independentes.

E mudando finalmente de língua encontra-se a jóia da semana. The Ice, novela de Steven Popkes, conta a história dum clone clandestino duma lenda do hóquei sobre o gelo. É uma história excelente sobre a identidade e as relações interpessoais, sobre aquilo que somos e até que ponto isso é determinado pelos genes que herdamos ou pelas escolhas que fazemos ao longo da vida. Muito bom.

E pronto, post feito, resta ir ver se não houve alguma gralha a enfiar-se nele à má-fila, etiquetá-lo e clicar em "publicar mensagem".

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