Desta vez ao domingo, que ontem não me apetecia escrever nem uma linha (acontece, e quando acontece não fale a pena forçar, desde que se possa não o fazer), eis a semana que passou numa penada. Ou em duas ou três.
Trabalho? Acabou. O livro está traduzido, revisto e enviado ao editor, alguns dias antes do prazo terminado. Segue-se, claro, o próximo. 757 páginas de texto miudinho, denso e quase sem margens, que irão ser divididas em dois volumes, cada um, imagino, mais perto das 400 do que das 350.
Ah, sim, e claro que há versejos. Nem podia deixar de haver. O que vale é que é só um. Comprido, mas só um.
O wiki esteve amodorrado. Não passaram de 16 as páginas que se estrearam na última semana, aumentando o total para 16 480.
E quanto a leituras, acabei dois livros e li mais umas coisas.
Com O Povo Branco, terminei O Grande Deus Pã, de Arthur Machen. O conto é capaz de ter sido aquele que mais me agradou de entre os quatro que compõem o livro. Consta de um longo texto "escrito" por uma rapariga adolescente, rodeado por um prólogo e um epílogo que situam o leitor no que toca a quem e o quê é a rapariga. Particularmente bem sucedido é o modo como Machen altera o estilo para dar "voz" à rapariga, e o próprio texto desta é muito interessante, funcionando quase como pot-pourri de contos maravilhosos do folclore britânico, cheio de magia e criaturas fantásticas da floresta. Mesmo muito bom. E é um óptimo fecho para um livro de que acabei por gostar, apesar de por vezes me ter aborrecido bastante, em especial no primeiro conto.
E com Planeta que Nada tem Para Dar, de Olga Larionova, terminei Poção de Marte, antologia de FC&F soviética. O texto de Larionova é uma noveleta de ficção científica que acompanha a exploração de um planeta que vamos aos poucos reconhecendo no espaço, ainda que não no tempo, por parte de uma espécie alienígena metamórfica e totalitária. Apesar da história ter aspectos interessantes, em particular se tivermos em conta o contexto em que foi escrita, não me agradou lá muito. O mesmo posso dizer da antologia como um todo: nem o romance que lhe empresta o título, nem os contos que o acompanham, são propriamente maus. Mas tampouco são bons, antes reúnem aspectos interessantes e falhas num todo que acaba por ser mediano.
Além destes dois livros, li também Curse of the Immortal's Husband, poema de Bruce Boston que não me pareceu lá muito bem conseguido, e dei um bom avanço num romance bastante grosso que já me acompanha há algum tempo.
E é só isto. Para a semana há mais.
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