sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Lido: A Torre de Vigia

A Torre de Vigia é outro conto muito curto do Lorde Dunsany. Desta feita, trata-se de um conto de fantasmas, no qual um viajante, presumivelmente inglês, passeia-se por um campo do sul de França, junto de uma velha torre de vigia da época medieval, e aí encontra o fantasma da torre. É um fantasma do tipo obcecado, daqueles que têm uma ideia fixa e passam a eternidade presos a ela. No caso, a ideia fixa do fantasma é o perigo sarraceno, e boa parte do conto é uma conversa entre o fantasma e o (muito fleumático) viajante, na qual este tenta convencer aquele de que o perigo dos sarracenos já não existe, ao que aquele retorque que o interlocutor não conhece até que ponto são insidiosos os infiéis. Pareceu-me ser um conto algo banal, em que Dunsany, em vez de desbravar território para os escritores que vieram depois, resolveu revisitar territórios já muito batidos por escritores que vieram antes, ainda que com a originalidade de substituir o típico castelo inglês das histórias góticas por uma velhíssima e arruinada torre de vigia. Bom, mas não muito.

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